domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um novo planeta descoberto, talvez alguma esperança de encontrarmos vida fora da Terra

Olá pessoal,
Gosto muito dessa frase: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia - Hamlet.” (William Shakespeare). Em minha opinião essa frase resume a minha visão de mundo, das coisas que vemos e tocamos, as que não conseguimos enxergar nem tocar e as que supomos existir mas, que só na hora certa elas acontecem. Por isso adoro essas discussões sobre planetas, Extra terrestres, etc. Vejam abaixo:
QUINTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2010

Um novo planeta descoberto, talvez alguma esperança de encontrarmos vida fora da Terra

Ao sair de casa, pego o meu celular e vejo que há uma mensagem. Tenho um aplicativo que informa quando é descoberto um novo exoplaneta (algo bem de "nerd", mas é muito interessante). A informação é sobre a descoberta de dois planetas extrasolares, sendo que um deles está na chamada zono habitável.
Os dois planetas foram descobertas entorno da estrela Gliese 581, que está a cerca de 20 anos-luz da Terra. Um deles tem 7,85 vezes a massa da Terra (Gl 581 f) e o outro 3,47 (Gl 581 g), sendo que o último completa uma translação ao redor da estrela em aproximadamente 36 dias e meio e o outro em 433 dias. Ao redor dessa estrela, que tem apenas cerca de 30% da massa do Sol, já foram identificados outros 4 planetas.  Devido a massa estimada ele deve ser rochoso e ter a gravidade semelhante a terrestre, e por isso, teria chances de manter uma atmosfera semelhante a nossa.
Contudo, ele tem sempre uma de suas faces voltadas para a estrela, o que torna apenas um lado iluminado e o outro em escuridão perpétua. Isso pode limitar a possibilidade de vida no planeta, uma vez que existiria apenas uma região habitável, que seria na parte intermediária entre a luz e a escuridão.
O interessante é que o planeta (Gl 581 g)   está no que se chama de "zona habitável" desse sistema estelar, como o Gl 581c, descoberto alguns anos atrás. Essa é a região na qual o planeta não está tão próximo da estrela, a ponto de ser muito quente e impedir a existência dos elementos essenciais a vida com a conhecemos, e nem tão distante, a ponto de apresentar temperaturas muito baixas. Mas, ainda estamos muito distantes para detectar qualquer forma de vida, seja ela primitiva ou inteligente.
Olhando aqui da Terra, a estrela Gliese 581 é apenas uma pequena anã vermelha, que talvez tenha na sua volta algo que nos mostre que não estamos sozinhos nesse universo. Somente o tempo dirá.
http://pordentrodaciencia.blogspot.com/2010/09/um-novo-planeta-descoberto-talvez.html

Novo Planeta com Condições de Vida
Postado por Fernando Moreira em outubro 2, 2010 na categoria Mundo
O novo planeta, chamado Gliese 581g, seria o primeiro mundo com características semelhantes a da Terra com uma região onde a temperatura do planeta poderia abrigar e manter água e líquidos em sua superfície. Os descobridores do planeta estão otimistas sobre as perspectivas de encontrar vida ali. Dada a onipresença e a propensão da vida florescer onde é possível, os descobridores dizem que as chances de vida no planeta são 100 por cento, disse Steven Vogt, professor de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia Santa Cruz.
CONCEITOS - NOVO PLANETA COM CONDIÇÕES DE VIDA
É uma descoberta tanto incremental e monumental. Incremental, pois o método utilizado para encontrar o novo planeta já encontrou diversos corpos astronômicos a maioria dos planetas conhecidos na zona das suas estrelas habitáveis, com planetas diferentes da Terra dentro da zona habitável.
É realmente monumental se você aceitar isto como o primeiro planeta semelhante à Terra já encontrado na zona habitável da estrela, disse Seager, que não esteve diretamente envolvido na descoberta. O planeta recém descoberto se junta aos mais de 400 outros mundos alienígenas conhecidos até agora. A maioria são gigantes cheio de gás, embora vários são apenas algumas vezes do mesmo tamanho da massa da Terra.
LOCALIZAÇÃO - CARACTERÍSTICAS
Gliese 581g é um dos dois novos mundos a equipe descobriu que estão na órbita Gliese 581, que conta com cerca de seis planetas em sua órbita. O outro planeta recém descoberto, Gliese 581f, está fora da zona habitável, disseram os pesquisadores. A estrela fica a 20 anos-luz da Terra, na constelação de Libra. Um ano-luz corresponde a aproximadamente 10 trilhões de km. As estrelas que lá residem são cerca de 50 vezes mais escuro do que o nosso sol. Uma vez que estas estrelas são muito frias, seus planetas orbitam muito perto deles e ainda permanecer na zona habitável.
As estimativas sugerem que o novo planeta possui apenas 0,15 unidades astronômicas de distância de sua estrela, perto o suficiente dela para ser capaz de completar uma órbita em apenas 37 dias. Uma unidade astronômica é a distância média entre a Terra eo sol, que é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros. Com o apoio da National Science Foundation e pela NASA, os cientistas pesquisaram por 11 anos os dados de velocidade radial da estrela. Este método analisa movimentos minúsculos de uma estrela devido à força gravitacional de corpos orbitais. Gliese 581g tem uma massa de três a quatro vezes à da Terra, segundo estimativas dos pesquisadores. Do tamanho de massa estimado, eles disseram que o ambiente é provavelmente um planeta rochoso com gravidade suficiente para reter uma atmosfera. Assim como Mercúrio está parado virado para o sol, o novo planeta está preso à sua estrela, de modo que um lado se aquece na luz do dia enquanto o outro permanece na escuridão. Esta configuração travada ajuda a estabilizar o clima da superfície do planeta. Entre o calor abrasador do lado das estrelas e enfrentando um frio congelante do lado escuro, a temperatura média da superfície pode variar de 31 graus abaixo de zero a 74 graus Celsius.
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Astrônomos encontram novo planeta "habitável"

Michel Mayor (esq) e Stéphane Udry posam ao lado de uma impressão artística do novo planeta. (Keystone)
A PROCURA POR UMA SEGUNDA "CASA" FOI APARENTEMENTE BEM-SUCEDIDA: UMA EQUIPE DE ASTRÔNOMOS EUROPEUS (QUE INCLUI GENEBRINOS) AFIRMA TER ENCONTRADO UM PLANETA NAS PROFUNDEZAS DO UNIVERSO, ONDE AS CONDIÇÕES SERIAM SEMELHANTES AS DO PLANETA TERRA.
Sua superfície pode estar repleta de água em temperaturas moderadas. O único problema é a distância: 20,5 anos-luz ou 80 trilhões de quilômetros.
A primeira descoberta de um planeta fora do nosso sistema solar ocorreu há quinze anos atrás. Agora astrônomos conseguiram aparentemente alcançar um objetivo há muito tempo sonhado na caça de planetas extrasolares: encontrar um mundo semelhante ao planeta Terra, onde possa existir vida.
O grupo de pesquisadores coordenados por Stéphane Udry e Michel Mayor, do Observatório de Genebra, encontrou o planeta na órbita da estrela Gliese 581. Há dois anos, a mesma equipe já havia descoberto um planeta do tamanho de Netuno na órbita em torno da estrela-anã vermelha. Segundo eles, existem indícios que mostram que Gliese 581 - que, distante 20,5 anos-luz, é uma das 100 estrelas mais próximas da Terra - seja um sistema com pelo menos três planetas.
A surpresa da notícia está no fato dos astrônomos terem descoberto um planeta semelhante à Terra. Isso, pois pedaços de rochas, cujo peso e tamanho se aproximem dos da Terra - são extremamente diminutos e, dessa forma, difíceis de serem encontrados em comparação com os 200 exoplanetas já conhecidos. "Eu calculava mais três ou cinco anos para chegar a esse resultado", esclarece Sean Raymond, da Universidade do Colorado. Ele fala de "uma descoberta sensacional".
TEMPERATURAS ENTRE ZERO E QUARENTA GRAUS
O planeta recém-descoberto é 50 vezes maior do que a terra e cinco vezes mais pesado. "Segundo nossos cálculos, a temperatura média na sua superfície varia entre zero e quarenta graus", explica Udry. "Além disso, os modelos prevêem que o planeta possa ser rochoso ou coberto de oceanos".
Essas informações colocam os cientistas em polvorosa: a existência de água em estado líquido sob temperaturas moderadas é considerada como a condição mais importante para o surgimento da vida. "Obviamente outros elementos são necessários como oxigênio ou gás carbônico, mas que devem devem estar provavelmente disponíveis no planeta", diz Thierry Forveille. "A partir disso, é preciso ter um mecanismo que desencadeie o início da vida, da qual ninguém sabe como ela deve parecer".
Xavier Delfosse, outro pesquisador participante no projeto, já sonha com uma missão espacial em direção ao novo planeta. Afinal, ele oferece boas condições para a vida e está relativamente próximo à Terra.
OBSERVAÇÕES DIRETAS IRÃO COMPROVAR A DESCOBERTA
Para obter os resultados apresentados, Udry e seus colegas utilizaram o potente telescópio de "caça de planetas", também conhecido pela denominação "Harps", do Observatório Europeu Meridional (Eso), instalado em La Silla, no Chile.
A descoberta do novo planeta foi somente possível graças a sua oscilação em torno da sua estrela, um efeito comparável com o movimento realizado por um lançador olímpico de martelos.
Brevemente a equipe de pesquisadores irá apresentar os resultados dos seus estudos na revista científica "Astronomy & Astrophysics". Enquanto isso, o Eso já publicou o trabalho no seu site na Internet.
Apesar do impacto da descoberta, os cientistas ressaltam que não sabem se o planeta oferece realmente condições de vida para a raça humana. Apenas o espectro de luz de um planeta pode revelar a composição química da sua atmosfera e, dessa forma, provar que já tem vida ou pelos menos condições ideais. Para isso é necessário observar diretamente o planeta, o que com a tecnologia atual ainda não é possível. Apenas a próxima geração de novos instrumentos - como o telescópio americano James-Webb ou o mais recente satélite europeu "Corot" serão capazes de fazê-lo.

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