terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Expansão articulada - Luiz Renato de Araújo Pontes

As Universidades, no Brasil e no mundo, sempre desenvolveram um papel importante no ensino, pesquisa e na extensão. Logo, são sem sombra de dúvidas um lócus do pensamento, que irradia para a sociedade novas teorias nos diversos campos de atividades, contribuindo assim para o avanço desta mesma sociedade.

Se quisermos conhecer um país ou uma região, basta verificar como as Universidades estão inseridas: sua forma de atuação, suas relações com a sociedade, enfim, como elas se integram, participam e contribuem.

As maiores potências econômicas do mundo, como Estados Unidos das Américas, França, Alemanha, Inglaterra possuem grandes universidades de prestigio internacional. Assim, não é difícil de entender que existe uma relação direta entre Universidades e desenvolvimento de uma região.

No Brasil, até pouco tempo, era a Região Sudeste, a mais desenvolvida do país, que detinha as Universidades de maior reputação: Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No Nordeste, citando Pernambuco, Estado rico para a realidade nordestina, tem também como destaque a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Talvez, nesta relação, Universidade/Desenvolvimento, seja o nosso Estado à exceção. Pois, possui a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que sempre se destacou a nível nacional, hoje, dividindo com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) esse prestígio, mas que o Estado ainda não atingiu seu desenvolvimento pleno.

Assim, em função da importância das Universidades no contexto do desenvolvimento do País, o governo anterior, do presidente Luís Inácio Lula da Silva, adotou uma política agressiva de expansão das Universidades Públicas.

Os Reitores das Universidades Federais responderam a esta iniciativa, apresentando ao Ministério da Educação projetos de expansão de suas universidades. Entretanto, algumas iniciativas precisam urgentemente ser discutidas para que essa expansão possa realmente contribuir para o desenvolvimento daquela região onde o campus foi instalado.

É preciso uma articulação das Universidades com as Secretarias de Educação dos Estados e Municípios para elevar o nível de educação destas localidades. Caso contrário, o acesso a Universidade, via processo seletivo, ficará impossibilitado, gerando assim vagas ociosas que jamais serão ocupadas por aqueles jovens.

É preciso também uma articulação dos governos Federal, Estadual e Municipal com o Setor Empresarial, na perspectiva de desenvolver pólos de trabalho, para que aquele profissional, após terminar seu curso, possa permanecer na localidade.

Enfim, se não fizermos esta discussão, as Universidade continuarão sendo Centro de Excelências, mas não retratarão a realidade de onde estão inseridas.

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