Esta semana a convite da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), através de Denise Pinto Gadelha, assessora desta conceituada federação empresarial e coordenadora do comitê gestor de inovação, participei do primeiro Seminário Regional de Inovação na Paraíba.
Neste evento, entre outras ações, foi apresentado um diagnóstico de inovação na Paraíba, além da participação de um representante da empresa catalã Acció que proferiu uma palestra sobre o tema: Benchmarketing Catalunya/Espanha.
Através de ações organizadas que envolveram Governo, Setor Empresarial e as Universidades e Instituições de Pesquisa, a Região da Catalunha em 30 anos passou a ser uma das regiões mais rica da Espanha.
Enquanto a Espanha apresenta um índice de desemprego de 19%, à região da Catalunha apresenta um índice em torno de 9%, além de ser a região que possui a maior renda per capita do país.
É claro que não podemos comparar a Espanha com o Brasil e muito menos a região da Catalunha com a Paraíba. São realidades econômicas e, sobretudo culturais diferentes, mas podemos verificar, e isto serve para qualquer parte do mundo, que não há alternativa que não seja a integração e cooperação dos diferentes setores da sociedade para alcançarmos o tão esperado desenvolvimento econômico e social.
No caso específico da Paraíba, apesar de termos as condições favoráveis, através das competentes Instituições de Nível Superior e Centros de Pesquisa e Competências Empresariais para implantarmos um sistema eficiente de inovação, ainda existe um longo caminho a trilhar.
Além da falta de articulação entre as diferentes instituições públicas e privadas, apesar de pontualmente existirem algumas contribuições, não existem no Estado da Paraíba políticas públicas efetivas de ciência, tecnologia e inovação. Fator primordial para a implantação do sistema regional de inovação.
É importante que a Paraíba aprove a lei de inovação e fortaleça a fundação de pesquisa e o conselho estadual de ciência e tecnologia, entre outras iniciativas.
Os estados de Pernambuco e Ceará dão exemplos de que é possível, através de um Sistema Estadual Organizado de Ciência e Tecnologia, aproveitar as competências instaladas nas Universidades e Centros de Pesquisa para transferir inovação e conhecimento para o setor empresarial e atender também as demandas solicitadas pelo próprio Estado