Muitos
corações angustiam-se diante dessa perspectiva, pois presos que estão a uma educação
religiosa mística e a palavra simbólica não conseguem entender o verdadeiro
significado da palavra Apocalipse. Apocalipses são revelações feitas a profetas
(médiuns) da antiguidade. Apresentam diferentes aspectos e tanto podem
referir-se a assuntos limitados como gerais; como também podem ter sentido
extensivo, figurado, analógico ou místico. Há vários apocalipses, e entre
tantos o de João que tem todos os sentidos acima citados e, segundo seu
discípulo Policarpo, foi escrito na ilha de Pátmos, fronteira a Éfeso, no mar
Egeu, Ásia Menor, para onde fora exilado no ano 95 pelo governo romano de
Domiciano, local também, onde segundo a maioria dos seus Autores, escreveu o
evangelho que tem o seu nome. Morreu com 94 anos aproximadamente. As vidências
que o apóstolo teve em Pátmos, durante dias e semanas sucessivas, cheias de
alegrias e repletas de lembranças da sua convivência com Jesus deram ao
contexto um avultamento e distensão exagerada. Muitas vezes em estado de
desdobramento ou êxtase viu nos planos espirituais quadros e projeções que
deveriam gravar-se em sua mente psíquica, mas que as falhas da memória física e
a solidão em que vivia não lhe permitirem transmitir com muita fidelidade, e a
sua narrativa envolveu-se de muito misticismo. O Comandante Edgard Armond cita
em seu livreto “Considerações sobre o Apocalipse de João”, que devemos
considerar nessas revelações como mais importante, àquelas que proporcionam o
avanço evolutivo da Humanidade - O desvio religioso do Cristianismo primitivo;
o obscurantismo da Idade Média - as Invasões dos Bárbaros, a queda do Império
Romano; a Cisão Protestante - as duas guerras mundiais - o advento do
Espiritismo - a eclosão do comunismo ateu. Allan Kardec coloca no livro “A
Gênese” capítulos 17 e 18 explicações claras e racionais sobre as transformações
que nada mais são do que um processo evolutivo natural. No cap. 18 da “Gênese”
- Kardec inicia falando dos “Sinais dos Tempos” onde sucederão grandes
acontecimentos para a regeneração da Humanidade. “Em que sentido se devem
entender estar palavras proféticas? Para os incrédulos, elas não têm a mínima
importância; a seus olhos, não passam de expressão de uma crendice pueril, sem
fundamento. Para a maior parte dos crentes, elas possuem algo de místico e de
sobrenatural que lhes parece ser o precursor da alteração das leis da Natureza.
As duas interpretações são errôneas: a primeira por implicar a negação da
Providência; a segunda porque aquelas palavras não anunciam a perturbação das
leis da Natureza, porém o cumprimento delas”. A Terra, no dizer dos Espíritos,
não deverá absolutamente ser transformada por algum cataclismo, que aniquilaria
subitamente toda uma geração. A geração atual desaparecerá, gradativamente, e a
nova a ela sucederá igualmente sem que nada seja mudado na ordem natural das
coisas.
---------------------------------------------------------Bibliografia 1) Kardec, Allan - A Gênese 2) Armond, Edgard - Considerações
Sobre o Apocalipse
http://nossolar.org.br/site/atualidades/
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