· 12/03/2014 - Por nossolar Em
A cada semana estaremos publicando um
estudo de capítulos escolhidos dos livros da codificação – O Livro dos
Espíritos; O Livro dos Médiuns; O Evangelho Segundo o Espiritismo; A Gênese; O
Céu e o Inferno.
Com este canal esperamos oferecer mais
uma oportunidade de conhecimento da Doutrina Espírita.
Nesta Semana iniciamos O
Evangelho Segundo o Espiritismo
O Evangelho Segundo o
Espiritismo publicado em abril de 1864.
Este livro é ele a bússola religiosa do
Espiritismo.
Dedicado à explicação das lições e da
moral do Cristo.
Todos os capítulos apresentam instruções
passadas pelos Espíritos Superiores.
A leitura e o estudo são imprescindíveis
aos espíritas, e a todos que se preocupam com a formação moral das criaturas,
independente da crença religiosa. É fonte inesgotável de sugestões para a
construção de um Mundo de Paz e Fraternidade.
Não vim destruir a Lei - Aliança da
Ciência e da Religião - cap. I
Vamos encontrar nos Evangelhos de Mateus,
17; 10-13; Marcos, 18: 10-12, a passagem onde Jesus afirma: digo-vos, porém,
que Elias já veio e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram.
Então compreenderam os discípulos que de João Batista é que ele lhe falara.A
reencarnação fazia parte dos dogmas judeus, sob o nome de ressurreição.
Somente os Saduceus, que pensavam que
tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As idéias dos judeus sobre essa
questão, como sobre muitas outras, não estavam claramente definidas, porque só tinham
noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles
acreditavam que um homem podia reviver, sem terem uma idéia precisa da maneira
porque isso de daria, e designavam pela palavra ressurreição o que o
Espiritismo chamava, mais justamente, de reencarnação.
Com efeito, a ressurreição supõe o
retorno à vida do próprio cadáver, o que a ciência demonstra ser materialmente
impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já estão há muito
dispersos e consumidos. A reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida
corpórea, mas num outro corpo, novamente constituído e que nada tem a ver com o
artigo.A idéia da reencarnação é muito antiga, mas foi o Espiritismo quem
criou, como muitos afirmam. No antigo Egito, 3.000 anos a.C. as tradições desse
povo já afirmavam "que antes de nascer a criança já tinham vivido e que a
morte não era o fim". No Papyrus Anana de 1320 a.C. a reencarnação era
retratada com uma clareza surpreendente, chegando a dizer que "o homem
volta à vida várias vezes, mas não consegue recordar-se das existências
prévias, exceto de vez enquanto, em um sonho sou pensamento relacionado a
alguns acontecimentos duma vida anterior..."Na Cabala, doutrina judaica
esotérica sobre Deus e o Universo, surgida 200 anos a.C., estuda a teologia e
filosofia dos hebreus.
Na Cabala a criação é um ato de amor e
virá o tempo que Deus receberá de novo a todos e a vida será uma festa eterna,
aceitam a reencarnação. Annie Besant, teosofista inglesa, escreveu o livro A
Sabedoria Antiga e lá deparamos com a frase muito importante: " Excluindo
a reencarnação do número de suas crenças, o mundo moderno arrebatou a Deus a
sua Justiça e ao homem a sua esperança".Psicoterapeutas atuais como Dra.
Edith Fiori comprova a reencarnação através de seus pacientes e demonstra em
seu livro Possessão Espiritual.
O mesmo faz a Dra. Helen Wambach no seu
livro Vida antes da Vida, que aconselhamos as pessoas que se interessam por
esse lado mais científico e menos filosófico. Os espíritas, além de aceitarem
todas essas comprovações e afirmações mais variadas de épocas remotas de forma
filosóficas e compreendendo que Deus é Pai de amor, justiça e bondade, vê na
reencarnação o único modo de evolução, aperfeiçoamento para o espírito desde
que é criado como princípio espiritual.
Essa compreensão afasta a idéia de prêmio
ou castigo na lei de causa e efeito e sim no aspecto de burilamento para sua
perfeição. E encerramos este pequeno trabalho com esta frase de Herminio
Miranda: Em cada encarnação de purificação, pela correção dos desvios de
comportamento.
Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. 2– O
Ponto de Vista
A análise de Kardec é perfeita sobre os
diversos ângulos que o mesmo ponto dá a cada um e conforme a sua maneira de
interpretar e entender o que vê e como será a vida futura.
“Para aquele que se coloca, pelo
pensamento, na vida espiritual, a vida corporal não é mais do que rápida
passagem, uma breve permanência num país ingrato. A morte nada tem de pavoroso,
não é mais a porta do nada, mas a da libertação, que abre para o exilado a
morada da felicidade e da paz. Pela simples dúvida sobre a vida futura, o homem
concentra todos os seus pensamentos na vida terrena. Incerto do porvir
dedica-se inteiramente ao presente. Não entrevendo bens mais preciosos que os
da terra, ele se porta como a criança que nada vê além dos seus brinquedos e
tudo faz para os obter sob o ponto de vista da vida terrena, em cujo centro se
coloca tudo se agiganta ao seu redor. O mal que o atinge, como o bem que toca
aos outros, tudo adquire aos seus olhos enorme importância.
É como o homem que, dentro de uma cidade,
vê tudo grande em seu redor: os cidadãos eminentes como os monumentos; mas que,
subindo a uma montanha, tudo lhe parece pequeno. Assim acontece com aquele que
encara a vida terrena do ponto de vista da vida futura: a humanidade, como as
estrelas no céu, se perde na imensidade ele então se apercebe de que grandes e
pequenos se confundem como as formigas num monte de terra; que operários e
poderosos são da mesma estatura; e ele lamenta essas criaturas efêmeras, que
tanto se esfalfam para conquistar uma posição que os eleva tão pouco e por tão
pouco tempo."O ponto de vista da vida futura nos incentiva a construir
hoje para possuir paz amanhã; a entender as injustiças aparentes e perde-se o
desejo obsessivo de termos tudo na vida presente. Aceitar a dor sem
desequilíbrios a visão da morte não será mais aterradora "apenas uma porta
que permite entrarmos na vida espiritual", assim como foi colocado no
começo deste texto.Para encerrar essa mensagem gostaríamos de apresentar o
livro Os Mortos Nos Falam escrito pelo Padre François Brune, já em 2ª edição e
que teve imensa repercussão quando lançado aqui no lado ocidental do mundo.
É o autor que diz- Escrevi este livro
para tentar derrubar o espesso muro de silêncio, de incompreensão, de
ostracismo, erigido pela maior parte dos meios intelectuais do ocidente. Para
eles dissertar sobre a eternidade é tolerável; dizer que se pode entrar em
comunicação com ela é considerado insuportável.
Podemos assim avaliar um outro ponto de
vista, o de um padre que afirma em seu livro no início do 3º capítulo: - Todos
os cemitérios estão vazios. Isto nunca será repetido o bastante. Mais
exatamente: os túmulos não contêm mais do que velhas vestimentas em processo de
decomposição.
Bibliografia Evangelho Segundo o
Espiritismo, Kardec, Allan
Os Mortos Nos Falam, Brune, Pe. François
Charles Antoine
O Livro dos Espíritos
Publicado em 18 de abril de 1857
Considerado o livro básico da Filosofia
Espírita, o marco inicial, contém os princípios fundamentais do Espiritismo,
tais como foram transmitidos pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec por meio
de vários médiuns.
Os ensinamentos deste livro conduzem o homem
à redescoberta de si mesmo, no campo Espiritual, fornecendo-lhe recursos para
que compreenda, sem mistério, quem é, de onde veio e para onde vai. Nele se
cumpre a promessa do Consolador.
O início de uma compreensão raciocinada
da fé em Deus.
Natureza das Penas e Gozos Futuro-
analise das questões 965 a 982
Após a morte a vida prossegue para o
espírito com a mesma intensidade e vamos deparar com as consequências de nossos
atos e pensamentos. O homem pela falta de conhecimento julga os sofrimentos e
recompensas como algo material; não podem ser materiais, desde que a alma não é
de matéria.
Essas penas e esses gozos nada têm de
carnal e por isso mesmo são mil vezes mais vivos do que os da Terra.
A Felicidade dos bons espíritos consiste
em conhecer todas as coisas: não conhecem o ódio, o ciúme, a inveja, nem angustia
e sofrimentos da vida material. Entre os perfeitos e os maus há uma infinidade
de graus.
Os espíritos puros compreendem Deus e o
auxilia na construção dos mundos e a supervisioná-los. Quanto aos espíritos
inferiores o sofrimento é interno; aí também existem graus, mais e menos
penosos. Comprazem-se em tirar do caminho do bem os que tentam melhorar,
principalmente os encarnados. O maior sofrimento para eles é o de imaginar que
esse sofrimento é eterno.
A idéia do inferno, do fogo eterno é
muito antiga e o inferno cristão é cópia do inferno pagão. Geeno era o inferno
dos antigos hebreus, sete séculos a.C. Homero, poeta e historiador grego 600
anos a.C. já citava o fogo eterno. Virgílio, poeta latino, guia de Dante
Alighieri, autor de A Divina Comédia, também falava do fogo eterno. As visões
de Dante sobre o Inferno -Céu e Purgatório, segundo Kardec traduzem o que
acreditamos ver e a influência muito grande da época ( A Divina Comédia, foi
escrita em 1314 a 1321).
Esse tipo de orientação jamais conseguiu
refrear os instintos inferiores, somente a fé raciocinada é que consegue. Na
concepção da Doutrina Espírita esses sofrimentos são temporários. Podemos
verificar na última parte do livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec, inúmeros
depoimentos de espíritos que falam sobre seus sofrimentos após a morte e a
grande esperança em futuras reencarnações. André Luiz no livro Os Mensageiros,
cap. 22 , " Os que dormem".
Diz André Luiz que num grande salão vê
2.000 espíritos em sono profundo, com fisionomia desagradável, são aqueles que
nunca fizeram o bem, outros por indiferença e comodismo não acreditavam na vida
após a morte, estão magnetizados pelas próprias concepções negativistas.
Só que cada um traz dentro de si os
momentos dolorosos e graves que haviam provocado.
Crimes, indiferenças, irresponsabilidade
no lar com os filhos e familiares. Irão despertar um dia e regressarão a
reajustes necessários. Evidentemente todos serão felizes um dia, pois para isso
fomos criados. O sofrimento age como um tratamento e um despertamento aos
espíritos mais endurecidos.
http://nossolar.org.br/site/o-centro/estudando-kardec/
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