A
liberdade de ação que a Doutrina Espírita permite, é uma forma de educar o
espírito para o destino de evolução estabelecido pelas Leis Divinas. O livre
arbítrio que nos acompanha desde a individualização espiritual, constitui o
início de um longo caminho de aprendizado moral. Visto sermos herdeiros de nós
mesmos, devemos pensar nas nossas ações, pois, o resultado delas é o fruto que
um dia colheremos. A simplicidade deste mecanismo prova mais uma vez a grande
sabedoria de Deus, que estabelece suas leis de forma clara a fim de que todos
possam compreendê-las. Mas, o homem não entende, ou não se esforça para
entender a justiça Divina. Como resultado desta postura, temos o nosso mundo
habitado por uma maioria de espíritos em débito com as contas divinas. E, mais
uma vez o contexto de vida com que nos defrontamos é a resultante da nossa
postura frente à própria vida, muitas vezes vivenciando culpas e resgates
dolorosos. Lembramos que a pedra basilar do Espiritismo é o Livro dos
Espíritos, o primeiro da codificação que Kardec estruturou de forma tão
grandiosa. A disposição didática que encontramos nesta publicação é exatamente
para facilitar a compreensão dos ensinamentos dos espíritos que traduzem as
Leis Divinas. O Livro dos Espíritos está dividido em quatro partes, abordando
assuntos como: As Causas Primárias – Mundo Espírita ou dos Espíritos – As Leis
Morais – Esperanças e Consolações. Especificamente, abordaremos aqui o livro
terceiro que trata das Leis Morais. As orientações contidas nesta parte do
livro são um roteiro seguro para o procedimento humano. Kardec não se preocupou
apenas em transmitir conhecimentos a respeito da Natureza e do Mundo que nos
envolve. Aprofundou-se nas questões morais, sabendo da necessidade que temos de
melhorar nossos pensamentos e atitudes. O caminho do aprendizado moral é árduo
porque o homem tem de lutar ao mesmo tempo contra a sua natureza íntima ainda
imperfeita e aprender a conviver com os recursos naturais imprescindíveis à
própria vida. A maioria das pessoas quer e fala de liberdade, seja de forma
individual ou coletiva. Mas, o estado de liberdade implica em assumir
responsabilidades, o que nem sempre é entendido. Quando o ser humano se depara
com certas limitações que lhe tolhem desejos ou anseios, isto muitas vezes é
conseqüência das Leis Divinas que o impedem de cometer ações que seriam motivo
de comprometimento para o seu evoluir. A liberdade que detemos é proporcional
ao nosso grau de evolução e isto traduz a bondade e sabedoria do Pai, que
através de suas leis nos impõe restrições para que não venhamos a sofrer em
demasia, pois, no estágio que nos encontramos atualmente, pensamos primeiro em
liberdade e só mais tarde nos lembramos da responsabilidade. Mas, sabemos que
não pode haver liberdade sem responsabilidade...Sempre que praticamos um ato,
estamos inscritos na lei de causa e efeito e isto quer dizer assumir a
responsabilidade da própria ação. Evoluir é tarefa difícil e demorada,
dependendo de fatores como: aprimoramento da consciência, compreensão da lei de
causa e efeito, vontade própria e outros mais. Kardec teve a capacidade de
analisar estas circunstâncias e ofereceu à humanidade um código de preceitos
embasados nas necessidades do próprio existir. As Leis Morais apresentadas no
Livro dos Espíritos, são um poderoso auxiliar na conquista deste objetivo
superior. As Leis Morais Atualmente, com o homem em estado de avançada
tecnologia, é muito deprimente verificar que muitas das ações praticadas não
dignificam o comportamento humano. Necessário, portanto, que as Leis Morais
sejam lembradas e respeitadas, ajudando as criaturas a repensar os próprios
atos. Para que possamos evoluir e nos preparar na direção das esferas mais
elevadas, é imprescindível a moralização do comportamento humano, a fim de que
o futuro não fique comprometido e lutas dolorosas não aconteçam. O estudo das
Leis Morais, é um poderoso auxiliar, ajudando-nos a compreender a maneira mais
sadia de atuar no palco da vida, onde todos nos encontramos em busca da
melhoria espiritual. Mais uma vez, o nosso agradecimento ao trabalho
humanitário de Kardec, que através de uma dedicação impar nos legou a
Codificação, onde podemos encontrar os melhores conselhos e advertências no
sentido de nos poupar de sofrimentos. Ana
Gaspar
http://nossolar.org.br/site/atualidades/
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