segunda-feira, 23 de maio de 2011

Violência nas Universidades

A violência no Brasil tem tomado proporções alarmantes. É quase impossível não encontrar uma pessoa que não tenha sofrido algum tipo de violência, diretamente ou indiretamente. A própria pessoa, um amigo, um filho, um parente, etc., ou seja, ninguém está imune a esse mal que se alastrou nos quatro cantos do nosso país.
         Essa violência também não escolhe lugar: nas ruas, nas praças, nas casas, nas igrejas, enfim até mesmo dentro das universidades. As pessoas estão sendo violentadas de diferentes maneiras da sua condição de cidadãs.

         Recentemente, um estudante da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo foi assassinado no estacionamento daquela conceituada instituição.

         Na Universidade Federal do Matogrosso do Sul (UFMS) uma jovem foi estuprada dentro da instituição, após ser rendida por um homem com uma faca e ser levada para dentro de um matagal.

O assassinato e o estupro desses jovens dentro da universidade reproduzem infelizmente um quadro que já se tornou corriqueiro em todas as cidades brasileiras. Fatos lamentáveis dessa natureza não ocorrem apenas nessas duas instituições. Casos semelhantes vêm ocorrendo com certa frequência em muitas outras universidades brasileiras.

         A segurança nas Universidades Públicas Brasileira vem sendo realizada na grande maioria por empresas de segurança privadas contratadas pela instituição ou em alguns casos podemos observar um misto de seguranças do quadro efetivo de vigilantes das universidades e os terceirizados.

         O vice-reitor da UFMS, João Ricardo Tognini, em reunião realizada com uma comissão dos estudantes afirmou que as mudanças na legislação extinguiram os vigilantes do quadro funcional das universidades e com isso agravou a crise da segurança nas mesmas.  

         No meu entendimento, a segurança das universidades deveria, mesmo respeitando a idoneidade das empresas de vigilâncias privadas, serem realizada por agentes de segurança pertencente ao próprio quadro da universidade. É importante registrar que a falta de contratação de vigilantes para o quadro funcional fez com que o número dos mesmos fosse reduzido drasticamente ao longo do tempo por aposentadoria ou por falecimento.

         Este número reduzido de vigilantes impossibilita o atendimento de toda instituição, fazendo com que os reitores sejam obrigados a terceirizar parte da segurança das universidades com recursos que deveriam estar sendo utilizados para outro fim.

         Acredito, portanto, que os Reitores devem mostrar ao governo federal, através da Andifes, a importância de termos um quadro de vigilantes pertencentes às próprias universidades. Modificando a legislação, se for o caso, com o objetivo de ampliar o quadro funcional dessa categoria.
          
Luiz Renato de Araújo Pontes
Pró-Reitor/UFPB

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário se preferir!