Desde os primórdios, os meios de transporte e comunicação têm evoluído de forma significativa, facilitando assim a vidas das pessoas e a sua integração. O homem por muito tempo teve apenas as suas próprias pernas como meio de transporte. Depois foi descobrindo os diferentes instrumentos que possibilitaram o seu deslocamento mais rápido e eficiente por terra, água e ar.
A evolução na comunicação passa por caminhos extraordinários. Por exemplo, os índios americanos, usavam sinais de fumaça para se comunicarem a distância. Faziam uma fogueira e colocavam sobre ela uma coberta, ao removê-la formavam-se tufos de fumaça. Dependendo do tamanho do tufo e da frequência de repetição do mesmo indicava a condição do inimigo. Dessa maneira eles se defendiam dos soldados americanos. Esse sistema de comunicação chegou a ser usado pelos nativos do Brasil, Cuba e Austrália.
Atualmente, os meios de comunicações são mais rápidos e eficientes. O desenvolvimento da internet, telefones fixos e móveis, etc., aproximaram os diferentes povos ao redor do mundo, diminuído às distâncias ao longo do tempo e tornado o mundo mais plano.
Apesar da evolução dos dois sistemas, transporte e comunicação, não é raro vermos pessoas do povo utilizando conjuntamente os instrumentos tradicionais e modernos de comunicação e transporte. Em um dos meus deslocamentos a cidade Rainha da Borborema, Campina Grande, deparei-me com uma cena interessante: um homem subindo a Serra da Borborema, montado em seu jumento e se comunicando com alguém pelo seu telefone celular.
O jumento foi imortalizado na voz de Luiz Gonzaga através da letra “Apologia ao jumento”. Ele faz referência a esse animal como um meio de transporte que conduziu o maior nome da historia da humanidade, Jesus... “E na fuga para o Egito, Quando julgo anunciou, O jegue foi o transporte, Que levou nosso Senhor, Vosmicê fique sabendo, Que o jumento tem valor...”.
O homem que subia a Serra da Borborema, montado no seu jumento, não era Jesus, mas certamente era também um filho de Deus. Novamente, o “jumento nosso irmão” cumpre o seu papel de aliviar o sofrimento daqueles que precisam de sua ajuda.
Assim, este homem do campo, sabendo que seu meio de transporte é leal e seguro, mas que caminha a passos lentos utilizou o meio de comunicação moderno, o telefone celular. Provavelmente, avisou a sua família que ia demorar, mas que chegaria com segurança.
Luiz Renato de Araújo Pontes
Pró-Reitor/UFPB
Web site: www.professorluizrenato.com
Em cidades interioranas, principalmente no Nordeste, é comum vermos esses encontros entre o tradicional e o moderno. Para nós que moramos em capitais, quando vamos até essas cidades, percebemos esses encontros entre o tradicional e o moderno em pequenas coisas do cotidianos. Em cidades pequenas é comum agente vê um enterro (sepultamento) caminhando nas ruas. Ou seja, quatro pessoas carregando um caixão com a pessoa falecida e parentes e amigos acompanhando em caminhada (a pé) pelas ruas até o cemitério, (um costume antigo). Em cidades grandes a caminhada é motorizada (todos em carros, inclusive o caixão com a pessoa falecida). Esse é apenas um exemplo dentre outros. Anadja
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