segunda-feira, 30 de maio de 2011

Microempreendedores

O povo brasileiro apresenta uma característica importante, entre muitas qualidades, que é sua capacidade de empreender. O brasileiro é um empreendedor por natureza. Podemos constatar essa qualidade em todas as camadas sociais, através de toda sorte de empreendimento: pequeno, médio ou grande.

O saudoso José Alencar, vice-presidente da República do Brasil no governo Lula, é um grande exemplo. Ainda muito jovem, com 14 anos, José Alencar começou a trabalhar como vendedor de tecidos. Em seguida, abriu sua própria loja, pequena, que com a força de vontade, trabalho e visão empreendedora tornou-se um dos maiores grupos têxteis do Brasil, a Coteminas. Inclusive, hoje, o grupo tem uma grande participação na economia da Paraíba, gerando emprego e renda para o nosso povo.

Poderíamos, aqui, registrar inúmeros casos de sucessos de diferentes brasileiros em todo país que conseguiram empreender através de suas próprias iniciativas. Entretanto, empreender no Brasil, sobretudo nas camadas mais baixas da escala social nunca foi fácil.

Até pouco tempo, era voz corrente que os Bancos Estatais ou Privados no Brasil só emprestavam dinheiro a rico, ou seja, para obter um financiamento era preciso ter no mínimo bens que garantisse o seu cadastro no determinado Banco.

Por falta de apoio e financiamento que viabilizasse a sua idéia ou a possibilidade de crescimento de seus pequenos negócios, milhares de micro empreendedores brasileiros de baixa renda deixavam de crescer e consequentemente de contribuir para o seu próprio desenvolvimento e do país. Nos últimos anos, essa realidade de falta de financiamento para as classes de baixa renda vem mudando.

O Banco do Nordeste através dos programas de microcrédito rural e urbano tem dado a oportunidade de crescimento a esses micros empreendedores. O programa promove a redução das desigualdades sociais na região Nordeste, Norte de Minas Gerais e Norte do Espírito Santo.

Na semana passada o Banco do Nordeste realizou a 8º edição do Prêmio BNB de Microcrédito. Nessa solenidade, foram premiados os vencedores das diferentes categorias: agropecuário, não-agropecuário, agroindustrial, subsistência, acumulação simples e acumulação ampliada.

Tive o prazer de participar, novamente, a convite do Banco do Nordeste, da comissão julgadora. A maior dificuldade foi ter que selecionar apenas um por categoria, pois na realidade todos os casos apresentados para mim foram casos de sucessos e seria também merecedor de nossos aplausos. Esses casos de sucesso mostram que a política de microcrédito produtivo está no caminho certo, garantindo assim a expansão e a qualidade de vida de nosso micro empreendedor nordestino.


Luiz Renato de Araújo Pontes
Pró-Reitor/UFPB

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