segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Universidades e Construção Sustentável - Luiz Renato de Araújo Pontes


Universidades e Construção Sustentável
As universidades, seja no Brasil ou no exterior, são centros de referências para toda a sociedade onde elas estão inseridas. Nessas instituições, os diferentes pensamentos, reflexões e experimentações são desenvolvidos nos diversos campos do conhecimento e em seguida absorvidos pelas comunidades.
As universidades como indutoras do desenvolvimento econômico, social e educacional, devem entender que todas as suas ações, desde a gestão universitária a execução delas, têm um efeito pedagógico no que diz respeito à evolução da sociedade.
Nesse sentido uma questão, entre outras, que precisa ser bastante debatida e praticada é a questão da ambientalização e consequentemente a sustentabilidade nas instituições. Esse processo passa necessariamente pelo ensino, pesquisa, extensão e uma nova prática de gestão focada no futuro.
No governo Lula, as universidades brasileiras tiveram uma grande oportunidade de colocar na prática os princípios de sustentabilidade através do reordenamento de seus espaços e das novas construções. O programa Reuni do governo federal, responsável pela expansão e interiorização acadêmica das universidades públicas brasileiras, através dos recursos disponibilizados, transformou as universidades em todo país em um verdadeiro canteiro de obras. Deveriam os gestores das universidades, responsáveis pela execução do Reuni, terem utilizado esses recursos de forma pedagógica, fazendo com que as novas construções obedecessem ao princípio de sustentabilidade, envolvendo professores, pesquisadores, alunos e profissionais da própria instituição.
Segundo o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (IDHEA), existem nove passos para a construção sustentável: planejamento da obra de forma sustentável, aproveitamento dos recursos naturais, eficiência energética, gestão e economia de água, qualidade do ar e ambiente interior, conforto térmico e acústico, uso racional das materiais e uso de tecnologias e produtos que não agridam ao meio ambiente.
Dentro desses nove passos citados pelo IDHEA podemos encontrar nas universidades, particularmente na UFPB, excelentes profissionais e linhas de pesquisa nas diferentes áreas. A integração desses profissionais na elaboração dos projetos seria uma grande oportunidade de evoluirmos na direção de uma cultura sustentável, além de transferirmos para nossos alunos esses conhecimentos. A comunidade universitária e a sociedade agradeceriam.
Luiz Renato de Araújo Pontes
É Professor e Pesquisador da UFPB e Coordena o Laboratório de Materiais e Produtos Cerâmicos – LMPC/CT/UFPB.

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