segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Nesta semana trago o tema: “2012: continuar dialogando” - Luiz Renato de Araújo Pontes

Nesta semana trago o tema: “2012: continuar dialogando” em minha coluna semanal

Durante todo o ano de 2011 passamos abordando temas, sempre com o objetivo de dialogar com os nossos leitores e leitoras, para juntos refletirmos como contribuir para a evolução de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.
O diálogo, pelas diferentes formas de comunicação, é sempre enriquecedor. É através dele que pontos aparentemente conflitantes terminam convergindo para a mesma direção e com mais qualidade. Entretanto, para que um diálogo flua positivamente é preciso que os interlocutores estejam abertos e com o espírito desarmado.
Todas as pessoas independentes de seu nível intelectual, cultural, econômico e social possuem um conhecimento acumulado capaz de contribuir para o engrandecimento dos diferentes temas. As pessoas representam suas experiências individuais e coletivas ao longo de suas existências; portanto, todos nós somos imprescindíveis na construção de qualquer pensamento e da nossa própria evolução.
O diálogo sempre foi, para mim, a melhor maneira de enxergar o mundo e eliminar conflitos. Parece uma afirmação óbvia, mas não é. Apesar de todos admitirem que esse seja o caminho que devemos trilhar, algumas pessoas têm dificuldade de dialogar. Para essas pessoas é muito difícil abrir mão de suas verdades, como suas verdades fossem únicas e absolutas.
Desde menino tenho o hábito de dialogar, seja com as pessoas da minha idade, com os mais novos ou os mais velhos. Aprendo e cresço, em todos os sentidos, com as diferentes gerações.
Ainda menino, eu lembro-me que morava na minha rua, Seu Fragoso, pai de Dom Fragoso, primeiro bispo de Crateús-CE. Logo cedo, quando eu passava em frente a sua casa, para ir à escola, ele já se encontrava sentado no terraço, ao lado de sua esposa. Da calçada, eu acenava desejando-lhes um bom dia. No retorno das aulas, eu ficava esperando uma oportunidade para falar com ele. Com sua tranquilidade e experiência de vida transmitia ensinamentos que nos enriqueciam.
Como é bom falar com os mais idosos. É uma pena que na nossa cultura esse hábito venha a cada dia se perdendo, seja por falta de orientação dos próprios pais, seja por falta da merecida valorização do idoso. Quantos ensinamentos estão sendo perdidos, quantas experiências de vidas estão deixando de ser aproveitadas. Quantos jovens estão se perdendo por falta de um diálogo com alguém que adquiriu sabedoria ao longo da vida.
Enfim, gostaria de agradecer a todos vocês por terem contribuído com nossos diálogos durante todo ano de 2011. Na certeza que, em 2012, vamos continuar dialogando na busca de um mundo melhor.
Luiz Renato de Araújo Pontes
É Professor e Pesquisador da UFPB e Coordena o Laboratório de Materiais e Produtos Cerâmicos – LMPC/CT/UFPB.

Sem dúvida dialogar é a forma mais coerente para um bom relacionamento entre pessoas. Mas há alguns elementos em nossa personalidade que, dependendo da intensidade de como  praticamos e da importância que damos, esses elementos acabam dificultando a arte de dialogar: vaidade, orgulho, falta de humildade, resistência, egocentrismo, egoísmo..... Então se faz necessário nos avaliarmos sempre para que possamos ajustar e reajustar alguns sentimentos e as vezes até se livrar de alguns. Outro ponto do Artigo acima é, infelizmente, a desvalorização que os idosos sofrem em nosso País. Seja em filas, em ônibus, em casa, e em vários outros lugares e situações. Apesar do Estatuto do idoso, que traz algumas grantias para melhoria da qualidade de vida dos mesmos, não é bem assim que funciona realmente. O respeito humano, a valorização da experiência de vida, o cuidar bem dos idosos, valores morais, são questões que envolve primeiramente a educação doméstica (da família), e posteriormente  a escola e as religiões. Pois independente de qual religião seja, ela é importante na construção e prática dos valores morais, da vida. Claro que há aqueles que respeitam e valorizam os idosos, mas, a juventude atual, boa parte dela, infelizmente não sabe o que é isso e, pior, acham que o tempo não passará para elas e nunca irão envelhecer. Ledo engano, o tempo passa para todos que conseguirem sobreviver na selva de pedras. Por isso é fundamental essa frase: Não faça ao outro o que não gostaria que fizessem com você. Nesse sentido, não tem caminho melhor para tais ensinamentos do que o diálogo. Anadja

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