terça-feira, 13 de dezembro de 2011

TV Universitária - Luiz Renato de Araújo Pontes

TV Universitária
As TVs universitárias passaram a atingir um público mais numeroso a partir da Lei 8.977 de 6 de janeiro de 1995, conhecida como lei do Cabodifusão. Essa lei garante a concessão de espaços gratuitos na programação das operadoras de TV a Cabo do país para as universidades localizadas no mesmo município dessas operadoras.
As TVs universitárias podem desempenhar um papel importante nas universidades como parte do tripé ensino, pesquisa e extensão. O envolvimento dos alunos de graduação dos cursos de comunicação e de áreas afins, nos trabalhos desenvolvidos pela TV, repercute de forma positiva na formação desses alunos, capacitando-os para desenvolver um trabalho competente na sociedade. Essas TVs universitária são também um grande laboratório para a pesquisa, na medida em que novas experimentações de linguagens em comunicação podem ser desenvolvidas através dos profissionais da área, contribuindo assim para a evolução da televisão brasileira, além de difundir as diferentes pesquisas, em todas as áreas, desenvolvidas na instituição.
No campo da extensão, a TV tem um papel importante como elo entre a universidade e a sociedade. A sua programação socializa o conhecimento gerado na academia, através do ensino e da pesquisa. Além disso, ela pode gerar e aprofundar temas importantes para sociedade, independente do apelo comercial, fazendo assim a diferença entre os objetivos da TV pública e da TV privada, que precisa do retorno financeiro para sua própria sobrevivência.
Recentemente, participei do XII Fórum Brasileiro de Televisão Universitária, realizado nos dias 7 a 9 de dezembro, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas da UFPB. Desde 1997, a Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) realiza esse evento e conta com a participação de estudantes, gestores e produtores de televisão e tem como objetivo discutir políticas e tecnologias, além da troca de experiência entre as TVs universitárias brasileiras.
Durante o evento tive a oportunidade de conversar com o presidente da ABTU, Prof. Dr. Claúdio Magalhães, sobre algumas ideias, entre elas: a questão do financiamento. Eu defendo que as TVs universitárias, devido a sua importância para a universidade e para a sociedade, devem ter um orçamento próprio e o modelo ideal é que esse orçamento já esteja previsto no orçamento da universidade.
Acredito na integração da universidade com a sociedade, e para atingir esse objetivo é preciso que as universidades tenham instrumentos consolidados. A TV universitária é um desses instrumentos; portanto, deve ser fortalecida pelos gestores das universidades.
Luiz Renato de Araújo Pontes
É Professor e Pesquisador da UFPB e Coordena o Laboratório de Materiais e Produtos Cerâmicos – LMPC/CT/UFPB.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário se preferir!