segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Marcha contra corrupção é o tema da coluna semanal do Prof. Luiz Renato

Marcha contra corrupção é o tema da coluna semanal do Prof. Luiz Renato

Marcha contra corrupção
Pela segunda vez, este ano, as pessoas saíram às ruas para realizarem uma marcha contra a corrupção. No dia 12 de outubro em pelo menos 28 cidades brasileiras o povo protestou contra impunidade, pediu ficha limpa e voto aberto.
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado do ponto de vista econômico e social através de políticas governamentais que de certa forma tem surtido efeito com geração de trabalho e distribuição de renda. Entretanto, o principal mal em nosso país insiste em se manter que é a corrupção.
Este ano, uma revista brasileira de circulação nacional publicou uma matéria, a qual divulga que 6,89 bilhões de reais podem ter sido desviados dos cofres públicos, entre janeiro de 2002 e junho de 2011, segundo a Controladoria Geral da União.
Na mesma matéria podemos ver ainda que “12.001 contratos, em todas as pastas do governo, apresentam indícios de irregularidade. Só no Ministério da Saúde 2,2 bilhões de reais foi o valor que pode ter sido surrupiado pela corrupção. Com esse dinheiro desviado, 60.000 transplantes de coração poderiam ser pagos pelo SUS e 2.446 unidades de pronto-atendimento poderiam ter sido construídas.
Segundo a Organização não Governamental Transparência Internacional, o Brasil ocupa a 69ª posição no ranking de percepção de corrupção, numa lista de 170 países. Esta posição ocupada pelo Brasil deve além de nos envergonhar e nos indignar, provocar uma reação do povo brasileiro contra essa situação responsável pelos males que atingem o nosso país há muito tempo, como: violência, pobreza, prostituição infantil, entre tantos outros.
A marcha contra a corrupção, iniciativa da própria sociedade brasileira, é uma manifestação clara que o povo já não suporta esse estado em que nos encontramos.
Algumas opiniões publicadas na imprensa acreditam que, em algumas cidades onde a marcha ocorreu poderia ter tido uma adesão maior. Entretanto, é preciso entender a marcha não apenas do ponto de vista quantitativo, mas como um processo que provoca na consciência das pessoas uma reflexão do comportamento ético do outro, e, sobretudo do seu próprio comportamento.
Como exemplo: podemos verificar o comportamento reprovável de algumas pessoas durante um processo eletivo, seja na eleição de representante sindical, prefeito, governador, presidente da republica, representes nas diferentes câmaras legislativas, diretor de colégio e até mesmo Reitor das Universidades, cujo voto é direcionado em função do benefício puramente pessoal. Esquecendo os mesmos que os benefícios devem ser coletivos e, sobretudo é obrigação do gestor melhorar as condições do todo e não comprar consciências. É um ato de corrupção.
É preciso construir no dia a dia os princípios éticos e morais para termos um país livre da corrupção e que possamos nos orgulhar dos nossos gestores e de nós mesmos.
Luiz Renato de Araújo Pontes
É Professor e Pesquisador da UFPB e Coordena o Laboratório de Materiais e Produtos Cerâmicos – LMPC/CT/UFPB.

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