segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Amizade

Estamos vivendo uma época cujos meios de comunicação e as redes sociais aproximam as pessoas de forma muito rápida e ao mesmo tempo as deixam tão distantes do contato físico. No entanto, é importante na relação afetiva: o aperto de mão, o beijo, o abraço, a troca de olhares numa conversa franca e amiga; enfim, ações inerentes que caracterizam as pessoas, sobretudo o brasileiro.

A importância desse contato pessoal e não apenas virtual nos marca pelo resto de nossas vidas. Todos nós, durante nossa infância, construímos amizades nas ruas que moramos, nos colégios, nos clubes, e com o passar do tempo esses amigos de infância vão, cada um, tomando o seu destino. Alguns morando na mesma cidade, outros tendo que partir para outras localidades, o que torna o contato cada vez mais distante. Contudo, fica sempre a lembrança dos bons momentos da infância e da adolescência.

Independente do tempo da “separação” presencial, esses amigos que construímos na infância, cuja relação afetiva se deu pela presença constante no dia a dia, faz com que o reencontro pessoal, seja de uma felicidade impar como se aquela separação temporal não tivesse existido.

Acredito que precisamos cada vez mais buscar todos os meios para que as pessoas possam se encontrar, sair da frente das telas dos computadores, dos televisores e irem ao reencontro carinhoso dos amigos e amigas.

Esta semana tive a oportunidade e a felicidade de poder abraçar tantos amigos e amigas num mesmo momento. Por iniciativa de meus amigos, foi organizada uma homenagem pela passagem de meu aniversário. Fiquei sabendo, para minha alegria, que na frente da organização estavam professores, servidores técnico-administrativos e estudantes da nossa Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Em 1985, entrei por concurso na UFPB com apenas 24 anos de idade. Às vezes, tinha até dificuldade de colocar os alunos para dentro da sala de aula, porque eles pensavam que eu era um estudante mais antigo querendo “passar um trote”, dado a minha aparência ainda estudantil.

Nesses 26 anos na UFPB já ocupei, além de professor e pesquisador, várias funções administrativas em nível de coordenação, departamento, direção de centro, conselho superior e atualmente como pró-reitor. Durante todo esse tempo aprendi com a comunidade universitária que fazemos parte de uma mesma família. Em alguns momentos discordamos em algumas posições, mas como uma família unida encontramos sempre o melhor caminho para a nossa Instituição.

Enfim, obrigado aos amigos da UFPB e a todos os amigos que ali estavam pela homenagem. Este dia ficará marcado para sempre no meu coração.
Luiz Renato de Araújo Pontes
Pró-Reitor/UFPB

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