segunda-feira, 25 de julho de 2011

Quando eu crescer


Quando eu crescer é o nome do documentário realizado pelos alunos do Curso de Extensão em Produção de Documentário da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Este documentário tem como personagem principal o menino José Davison Fernandes, de apenas 10 anos, que morreu recentemente arrastado pelas águas provenientes das fortes chuvas que caíram na cidade de Campina Grande.

As crianças, quando ainda só pensam em brincar com seus amigos são geralmente abordadas pelos adultos, com insistência, perguntando o que eles querem ser quando crescerem. Ora, para uma criança que tem todo o tempo a sua disposição, o que é mais importante para ela é brincar, estudar e ser feliz e de preferência não serem abordadas por adultos que insistem em impor escolhas, que na própria evolução do crescimento, no momento próprio, irá se realizar.

A pergunta “o que você vai ser quando crescer?” para uma criança não é evidente, mesmo quando ela tem a felicidade de nascer dentro de uma família com condições de dar uma boa educação, saúde e afeto. Imaginem fazer esse mesmo questionamento para grande parte das crianças brasileiras que vivem nas ruas e semáforos, cujas famílias pela condição de miséria são obrigadas a colocar seus filhos em trabalhos inapropriados para ajudar no pequeno orçamento familiar.

No Brasil, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Organização Mundial do Trabalho (OIT), mostra que 5,4 milhões de crianças trabalham no país. O estudo revelou ainda que das 5,4 milhões de crianças que trabalhavam, 296 mil tinha de 5 a 9 anos e 1,9 milhão de 10 a 14 anos.

O pequeno Davison, vitima da chuva, da sociedade e do poder público, pertencia a esses quase dois milhões de crianças que trabalham em nosso país. Davison era um catador de lixo.        

Esta criança apesar das intempéries da vida dizia que era feliz: “Eu gosto da minha vida. Sou feliz fazendo gol”. Ele tinha ainda um sonho que era ser vendedor de sapatos. Queria poder comprar roupas e sapatos, porque só usava roupa suja e todo mundo ria dele, chamando-o de “Zé do Grude”.

Quando as pessoas riam de Davison, chamando-o de “Zé do Grude”, não estavam rindo do menino, mas da própria ignorância de uma sociedade e dos que fazem o poder público, que cada vez mais se voltam para seus próprios interesses. Não percebem que todos nós pertencemos a uma teia humana e que a infelicidade de um, mais cedo ou mais tarde será a infelicidade de todos.

Luiz Renato de Araújo Pontes
Pró-Reitor/UFPB

Essa é uma história que abre espaço para grandes reflexões acerca do comportamento da sociedade e das Leis que a rege. Ao meu ver, trabalho infantil deve realmente ser proibido, pois lugar de criança é na escola, é brincar, é ser feliz. Mas, é saudável um adolescente a partir de seu 15 anos experimentar o mundo do trabalho, desde que não o atrapalhe nas suas atividades escolares, pois pior é a osciosidade que podem levá-lo a experimentar situações que podem comprometer o resto de sua vida. Na nossa sociedade planejamento familiar é algo sem importância, dai famílias pobres colocam filhos no mundo para criar como Deus criou batata, e, quando abordamos uma mãe de 08 ou 10 filhos e mais um na barriga, e perguntamos por que ainda tem filhos já que a situação é tão difícil, ela diz: porque Deus quer, ou, porque meu marido não gosta de usar camisinha, ou....... hoje, muitas famílias aumentam sua prole por conta do bolsa família. Precisamos discutir essas questões, através de trabalhos educativos fazer essas famílias compreenderem a responsabilidade de gerar um filho para educá-lo bem, proporcionar o básico para sua sobrevivencia, preservando seu direito de estudar, brincar, ser criança. Sou radicalmente contra qualquer tipo de benefícios como bolsa família, merenda escolar...... As pessoas têm que ter condições de prover seu sustento e de sua família, o lanche de seus filhos para levar a escola...... Há muitas contradições em conceitos defendidos por muitos na nossa sociedade. Se por um lado é proibido ao adolescente trabalhar e ser punido por um delito cometido, por outro, o adolescente frequenta determinados tipos de ambientes e grupos de carater duvidoso. No mundo moderno, os valores que são defendidos aguça o ter que ter de todo jeito. A todo momento estamos sendo trabalhados para acompanhar padrões pré definidos, de beleza, de moda, de casa, de tudo...... A frase do professor em seu artigo acima diz tudo:  "Não percebem que todos nós pertencemos a uma teia humana e que a infelicidade de um, mais cedo ou mais tarde será a infelicidade de todos".Gente, tá na hora de tirarmos a nossa venda. Precisamos refletir:  As leis que temos no País está dando conta de proporcionar uma vida mais digna, de qualidade a nossa sociedade? eu, pelo menos, com essa onda de violência e impunidade, estou até tomando anti depressivos e me tornando uma pessoa medrosa, vivo ligando para meus filhos, estou adoecendo de pavor. O nosso estatuto da Criança e Adolescente está dando conta de ser um instrumento de proteção? temos inúmeros professores agredidos, ameaçados e até assassinados por seus alunos, que aliás, conhecem bem as brechas do ECA. Os professores não têm mais autonomia de avaliar seus alunos, pois se algum aluno não tiver mesmo condição de passar de ano o professor não pode  reprová-lo, pois corre o risco de morrer assassinado. Os Pais perderam a autonomia de criar seus filhos, pois para mim existe uma diferença imensa entre dar umas palmadas quando necessário e espancamento. Tem muita criança bem levada e, se a mãe der uma palmada corretiva por merecimento, ele, o filho pode denunciá-la. Quem de nós que tem mais de 30 anos nunca levou uma palmada corretiva? ou um castigo merecido? Se fizermos uma pesquisa entre os delitos cometidos por jovens de décadas anteriores e os de hoje, aliás, nem é preciso fazer uma pesquisa, é vísivel os resultados de jovens e adolescentes atuais  que cometem graves delitos. A nova Lei que foi aprovada e que hoje está soltando mais bandidos fará bem a sociedade? ou o pavor aumentará? é muito bom, uma pessoa infrige Leis, comete um ato de prejudicar alguém, desrespeita o próximo e continua vivendo muito bem obrigada. Parece que os errados somos nós que ralamos para viver dignamente, que lutamos para fazer de nossos filhos pessoas de bem para que respeitem as Leis. Ontem uma pessoa fez uma colocação que me fez refletir: Nós em algum momento soltamos um papel, uma piola de cigarro no chão, usamos vagas de portadores de necessidades especiais quando nem somos, não cedemos lugar no ônibus para uma pessoa idosa ou gestante, usamos de influência para conseguir ser atendido com prioridade seja na fila do SUS, no banco...... Em algum momento de nossas vidas as vezes fazemos algo desse tipo e nem percebemos. Lixo nas ruas, a céu aberto, nas valas, pode contribuir para proliferação de doenças, entupimento de valas que quando chove impedi a água de escoar, enfim, as vezes esquecemos de fazer a nossa parte, pois temos direitos e deveres. está na hora de começarmos a refletir sobre nosso comportamento na sociedade. Anadja.

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