segunda-feira, 4 de julho de 2011

Desarmamento e segurança

       Esta semana será lançada no Estado da Paraíba a campanha do desarmamento, seguindo a Campanha Nacional pelo Desarmamento 2011, lançada pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no Rio de Janeiro, em maio do ano em curso.

Desde a primeira campanha do desarmamento, em 2009, as opiniões se dividem entre os que são a favor da campanha e os que são contra.

É natural que esse tema, no Brasil, gere polêmica, devido ao clima de insegurança que vive o cidadão brasileiro. Os indicadores de violência em todo país, independente do tamanho da cidade onde nós habitamos é impressionante.

Parece até que vivemos em plena guerra civil pelo número de mortes de jovens e adultos, todos os dias. Sequestros, assaltos a mão armada, execução de jovens por organizações criminosas, estupros, invasões de bandidos em domicílios, enfim todo tipo de atrocidades passaram a fazer parte da rotina dos telejornais e lamentavelmente uma ameaça concreta a todo cidadão brasileiro, sobretudo, o cidadão comum.

Atualmente, o clima de insegurança é tão grande, que as pessoas vivem num verdadeiro clima de terror. Elas não têm a certeza que ao saírem de casa podem voltar são e salvo. A qualquer momento podem fazer parte de um dado estatístico como mais uma vitima de um assalto, seguido de morte ou simplesmente de uma bala perdida entre uma disputa entre bandidos e policiais ou mesmo entre bandidos. Como foi vítima, recentemente, uma criança na cidade de Cabedelo que estava brincando em frente da sua casa.

Diante da incapacidade do Estado brasileiro de dar uma resposta concreta a esse clima de insegurança e violência, os brasileiros assustados e acuados pela bandidagem procuram encontrar alternativas para aliviar as suas angústias e medos.

As pessoas mudaram seus hábitos saudáveis de vida e relacionamento, como conversar na calçada com seus vizinhos, e passaram a levantar os muros das casas, tornando-as num verdadeiro presídio. Outra alternativa, ilusória, foi procurar se armar, como se um cidadão de bem portando uma arma garantisse a sua integridade contra uma abordagem de um bandido. Ora, a única coisa que pode acontecer com um cidadão de bem armado, caso ele consiga abater o bandido durante o assalto, é tornasse, lamentavelmente, num “criminoso”.

Entretanto, dados estatísticos mostram que raramente um homem de bem armado leva vantagem sobre o bandido ao reagir a um assalto. Uma, porque o cidadão de bem armado exita em atirar, o que não é o caso do bandido, e outra, é que o marginal sempre tira proveito do efeito surpresa.

Enfim, não é nos armando que vamos nos proteger da violência em nosso país, mas exigindo do Estado brasileiro políticas públicas que garantam a segurança do cidadão e a paz social em nosso país.

Luiz Renato de Araújo Pontes
Pró-Reitor/UFPB

Recebi essa matéria após ter postado a minha (o que será, que será), falamos das mesmas preocupações, usando palavras diferentes (minha linguagem é mais coloquial). Quanto ao desarmamento eu concordo plenamente, só espero que seja extensivo a quem usa   arma como meio de sobrevivencia, aqueles que quando são indagados por ter roubado e/ou assassinado, sequestrado, estuprado, respondem: eu entrei no crime porque tava sem emprego e passando fome, ou, eu tenho problema de cabeça........

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