segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Espionagem industrial - Luiz Renato de Araújo Pontes

Espionagem é uma prática utilizada ao longo do tempo para obter informações privadas de pessoas, governos, indústrias, igrejas, etc., sem o consentimento dos indivíduos ou instituições.
O filósofo chinês, Sun Tzu, no livro a Arte da Guerra, escrito há mais de 2.500 anos, já fazia referência a espionagem: “... o conhecimento do espírito do mundo tem de ser obtido por adivinhação; a informação sobre a ciência natural deve ser procurada pelo raciocínio intuitivo; as leis do universo podem ser comprovadas pelos cálculos matemáticos; mas a disposição do inimigo só é averiguada por espiões e apenas por eles”.
Vários filmes abordando esse tema fizeram e faz ainda muito sucesso nas telas de cinemas em todo o mundo, como: A Casa da Rússia, estrelado por Sean Connery, Michely Pfeiffer e dirigido por Fred Schepsi; Topázio, estrelado por Frederick Staford, Michel Picoli e dirigido por Alfred Hitchcok, entre tantos os outros.
Esta prática, espionagem, foi bastante utilizada durante o período da guerra fria, onde agentes soviéticos e americanos eram “plantados” nos países, ditos inimigos, e igualmente nos países aliados a fim de obter informações que os colocassem em posições privilegiadas na luta pelo domínio político, econômico e militar do mundo.
Após o período da guerra fria, a prática de espionagem ressurge com uma nova roupagem e objetivo. A espionagem industrial.
Dentro de um mundo globalizado e competitivo, o desenvolvimento e a inovação tecnológica e científica são pilares importantes para que uma indústria possa se consolidar no mercado internacional. Nesta guerra de consolidação e ocupação do mercado alguns grupos empresariais são suspeitos de investir recursos também em espionagem a fim de saber o que o seu concorrente está desenvolvendo.
Recentemente, a Renault, montadora francesa de automóvel, afastou três executivos por suspeita de espionagem do carro elétrico. Segundo a imprensa francesa, o serviço secreto francês levanta a hipótese do envolvimento da China no caso Renault. Os três executivos da montadora teriam recebido dinheiro para passar informações aos chineses sobre dados confidenciais da bateria elétrica.
A Renault tem investido fortemente no desenvolvimento de carros elétricos. Atualmente mil engenheiros trabalham nesse projeto. Além de já ter investido, junto com sua associada Nissan, 4 bilhões na pesquisa e 1,5 bilhão somente para as baterias elétricas.
O porta-voz, Hong Lei, do ministério chinês das Relações Exteriores, afirmou a imprensa que a acusação contra a China é “totalmente sem fundamento, irresponsável e inaceitável”.
Enfim, se a China é culpada, as investigações dirão. O pior é que na luta para sair na frente e ocupar o mercado, desconsidera-se a ética e parte-se para o vale tudo. O que é lamentável.





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