sábado, 22 de janeiro de 2011

Bill Gates ou a história do homem mais rico do mundo

Prezados (as),

Sempre tive uma imensa curiosidade de conhecer a história de Bill Gates. Tenho profunda admiração por ele e seu trabalho  no mundo da tecnologia. Aliás, minha admiração se estende aos seus  parceiros que tiveram  grande papel em no desenvolvimento de seus projetos e sucesso no mundo tecnológico. Minha admiração por Bill Gates aumentou ao conhecer o homem cidadão, ser humno solidário e filantropo (preocupado com os outros). É muito difícil encontrarmos num mundo capitalista bili ou milionários com esse tipode preocupação  "ajudar a humanidade, naquela maior parcela menos favorecida. Encontrei num um pouco da história desse bilionário e decidi colocá-la aqui neste meu espaço pequeno a história desse grande visionário tecnológico e humanitário. 

Anadja


Bill(ionário) Gates

Todos nós desejamos ser milionários, nem que seja por um dia. Há quem trabalhe arduamente, em jornadas de quase 24 horas, e quem guarde todos os tostões por debaixo do colchão, a fim de arrecadar mais uns trocos. Há também aqueles que preferem uma via mais fácil e que optam por usar outros meios menos legais para obter o tão desejado quinhão. E depois há ainda os que, simplesmente, nascem com o rabo virado para a Lua.

Pois, quem olha para William Gates III, provavelmente pensa que é um homem igual a muitos outros. Os óculos que um dia já foram desproporcionais à cara, o cabelo penteado à "tótó", o sorriso tímido e a postura de low-profile que sempre fez questão em manter ao longo destes cinquenta anos, tantos quanto completou na passada sexta-feira, são a sua imagem de marca.
E a verdade é que ninguém seria capaz de imaginar que uma pessoa com esta imagem, alguém que não completou o curso universitário e que tem um aspecto de pseudo-intelectualóide "simplório", é mesmo o homem mais rico do Mundo

Pois é, as aparências iludem, e no caso de Bill Gates é mesmo assim.

COMO NASCE UM BILIONÁRIO?

Segundo um provérbio italiano, existem três maneiras de fazer dinheiro: herdando-o, casando com ele ou roubando-o. Mas o patrão da Microsoft é muito mais esperto que isso e no que respeita à sua fortuna, essa começou a ser criada, há 50 anos e dois dias.

William Gates III nasceu na cidade de Seattle a 28 de Outubro de 1955. O seu bisavô, J. W. Maxwell, já era um homem dado a cifrões e fundou, em 1906, o Banco Nacional de Seattle. O avô, James William Maxwell enveredou cedo pela carreira de bancário e foi ele que "ofereceu" o primeiro milhão de dólares a Bill Gates, através de um fundo criado por altura do seu nascimento.

O pai, William Henry Gates Jr, cedo se tornou num proeminente advogado corporativo e a mãe, Mary, era professora. O casal fazia parte da elite social e financeira de Seattle, por isso, Bill e as suas duas irmãs nunca sentiram grandes dificuldades, pelo menos no que se refere à questão económica.

Mas o jovem Bill era já uma pessoa um pouco à parte, mesmo quando criança. Numa entrevista à Revista Time, o patrão da Microsoft conta que passava muito tempo na cave de casa simplesmente a pensar. A mãe, preocupada, mandou-o a um psicólogo, mas não foi encontrada solução para o problema... Era feitio, não defeito e não valia a pena entrar em ruptura por causa disso.

Os pais optaram por outro tipo de estratégia: matricularam-no na escola de Lakeside, um dos mais caros e selectos estabelecimentos de ensino de Seattle. Com 13 anos, e com uma máquina semelhante à que os cientistas da Universidade de Stanford e do MIT - Massachussets Institute of Technology, a DEC PDP-10, Bill descobriu o "milagre" da tecnologia e esse foi mesmo o princípio de tudo. Foi também em Lakeside que Gates conheceu Paul Allen, com quem mais tarde fundaria a Microsoft. Os dois amigos, juntamente com outros dois "hackers", formaram, em 1968, o "Lakeside Programmers Group" e, mais tarde, apenas com Allen, criou a Traf-O-Data, uma empresa que durou até 1973.

O jovem Gates era um aluno de "20", tido como um rebelde que nem pegava nos livros. Mas a sua preocupação ia muito além das notas e dos relatórios dos professores. Com apenas 17 anos, Bill vendeu o seu primeiro programa informático (um programa de organizar horários) pela bela soma de 4 mil e duzentos dólares.

Depois, com o final do secundário, veio a universidade. Sem problemas em termos de notas ou de dinheiro, e mesmo sem saber bem aquilo que pretendia, o futuro bilionário inscreveu-se em Direito na Universidade de Harvard. E até que se saiu bem, no mesmo modo com que passou os anos de liceu, mas era mais que evidente que o seu coração e cabeça não estavam nos livros. Mantendo-se em estreito contacto com o amigo de infância, Paul Allen, juntos criaram a primeira linguagem de programação para computadores: o BASIC e foi este instante na história que marcou a diferença.

O PRINCÍPIO DE UM IMPÉRIO

Gates e Allen depressa começaram a pensar na criação de uma empresa de software, mas Bill não sabia ao certo se devia ou não desistir da faculdade. Mas tudo iria mudar em 1974, quando se deparou com um exemplar da revista "Popular Science" que fazia capa com o "Altair 8800", intitulado como o primeiro microcomputador do Mundo. Dias depois, Bill Gates entrou em contacto com a MITS, empresa criadora do "Altair" e informou-os que ele e Allen tinham criado uma linguagem BASIC que poderia ser utilizada por aquela máquina. A MITS gostou tanto do programa que depressa adquiriu os direitos da referida linguagem de programação. Foi este o momento decisivo para Bill Gates: desistiu de Harvard e, com Paul Allen, fundou a Micro-Soft em 1975, empresa que mais tarde passaria a ser conhecida como a Microsoft Corporation.

O mercado do software estava mesmo nos primórdios, mas a dupla era perfeitamente visionária e sabia que, mais cedo ou mais tarde, o sucesso iria bater-lhes à porta. E não demorou assim tanto. Em 1980, a IBM assinou um contrato com a Microsoft para que esta criasse um sistema operativo que seria instalado nos computadores pessoais (PC) que estavam prestes a ser comercializados. Porém, a empresa de Gates e Allen não tinha, até à data, nenhum sistema do género, então a opção foi comprar um clone do então existente CP/M a uma pequena empresa de Seattle. O sistema chamava-se QDOS, mas a Microsoft renomeou-o de MS-DOS e vendeu-o à IBM.

Com o crescente mercado de computadores e com uma série de máquinas semelhantes às produzidas pela IBM (caso da Compaq) e devido a uma "benesse" contratual, a Microsoft foi premiada com o facto de poder vender o sistema operativo a outros fabricantes de PCs. Depressa a empresa familiar de Gates e Allen passou a dar cartas na indústria dos computadores, tornando-se uma das mais importantes criadoras e fornecedoras de software.

Em 1986, os lucros eram já de 61 milhões de dólares. Paul Allen, já milionário, decidiu optar pela reforma mais que antecipada, mas Gates não quis abandonar a Microsoft e decidiu apostar naquilo que lhe parecia ser o futuro: a ligação de computadores em rede.

No final dos anos 80, o lançamento do Windows colocou a Microsoft no top das maiores empresas de software do Mundo e em meados dos anos 90, foi este gigante informático que colocou Bill Gates na lista dos Homens Mais Ricos do Mundo, da Revista Forbes (em 2004 continuava no topo da lista com cerca de 50 biliões de dólares). O sucesso das várias versões do Windows, a cada vez maior proeminência da Internet e, claro, do Internet Explorer, a criação da consola XBox, entre muitos outros aspectos continuam a fazer com que Gates seja sem dúvida um dos homens mais visionários de todos os tempos, pelo menos no que toca a tecnologia.

HOMEM DE FAMÍLIA E SOLIDÁRIO

Apesar daquela que para muitos é perfeitamente inimaginável fortuna de perto 50 biliões de dólares, aos 50 anos Bill Gates continua a ser um homem de princípios, que preza a sua privacidade e a sua vida familiar e que, acima de tudo, é considerado o maior filantropo do Mundo.

Casado com Melinda French desde 1994, Gates tem três filhas, actualmente com 9, 6 e três anos. Retirado de director da Microsoft (Steve Ballmer assumiu este cargo em 1998), mas continuando com um papel activo na mega-empresa que criou, aquele que é o homem mais rico do Mundo arranjou outros interesses ao longo dos tempos. Investiu em empresas de biotecnologia e fundou a Corbis, que está a desenvolver um arquivo digital de peças de arte e fotografias provenientes de colecções públicas e privadas de todo o Mundo. Conseguiu também arranjar tempo para escrever dois livros, "Negócios à Velocidade do Pensamento" e "The Road Ahead", que depressa atingiram a lista de grandes best-sellers.

Mas o maior espanto vai mesmo para a Fundação Bill e Melinda Gates, uma instituição de solidariedade social cujos fundos se revertem em favor de bolsas de estudo para algumas minorias raciais, apoios a famílias em risco, construção de bibliotecas públicas e investigação médica. Só nesta fundação, Bill Gates despendeu 27 biliões, por isso não podemos mesmo chamá-lo de forreta, nem de egoísta, já que de três em três meses ele vende 20 milhões de acções da Microsoft e reinveste em empresas como os caminhos-de-ferro canadianos ou a Cox Communications.

Quanto ao futuro, esse está bem guardado, embora já se preveja que a próxima versão do Windows, intitulada Vista (anteriormente Longhorn), esteja pronta em 2006 e que a aposta da Microsoft na criação de software de certeza não ficará por aí.

Até lá, Bill Gates continuará resguardado, no seu "palácio" em Medina, Washington, uma verdadeira casa do século XXI, "inteligente" como há quem goste de chamar, já que a tecnologia não é algo que falte. E se as ideias acabarem, ele poderá sempre passar o tempo a contar todos os seus tostões, como faz o Tio Patinhas nas histórias da Disney...

in "DN Madeira"

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