A PIPOCA
A pipoca é um alimento que historicamente
foi importante na dieta dos índios e outros povos. Para falar sobre a pipoca
primeiro precisamos resgatar a história do cultivo do milho. Segundo Mary Poll,
em seu trabalho publicado na revista
PNAS, os primeiros registros do cultivo do milho datam de 7.300 anos, e foram encontrados em pequenas
ilhas próximas ao litoral do México, no golfo do México e seu nome é de origem
indígena caribenha que significa “sustento da vida”. Era uma alimentação básica para várias civilizações importantes
ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal
na arte e na religião.
O milho era plantado por índios
americanos em montes, usando um sistema complexo diversificando a espécie
cultivada de acordo com o seu uso. Esse método foi substituído por plantações
de uma única espécie.
No século XVI e início do processo de colonização da América,
trazendo as grandes navegações, a cultura do milho se expandiu para outras
partes do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes. No
Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus.
Os índios, principalmente os guaranis,
tinham o alimento, (que é um cereal) como o principal ingrediente de sua dieta
e que, com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à
base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.
O milho foi fundamental para a dieta e
cultura de antigas civilizações americanas. Na América é conhecido por
diferentes nomes: milho, choclo, jojoto, corn, maíz, elote. Ressaltamos que existem
tipos diferentes de milho, como: o dentado, o duro, o macio ou farinhoso, o
doce e o pipoca.
No Brasil, na década de 20, a Escola
Agrícola de Lavras - MG, atual Universidade Federal de Lavras, teve grande
participação no melhoramento de milho, o que culminou com a publicação de dois
livros, sendo o primeiro sobre a cultura e melhoramento do milho no Brasil e o
segundo sobre genética e melhoramento de plantas, publicado por Hunnicutt
(1924) e Paiva (1925).
“A Pipoca”, também chamada de pororoca originou-se do termo tupi pï'poka,
"estalando a pele", formado pela junção de pira (pele)
e poka (estourar). "Pororoca" originou-se do
termo tupi poro'roka, gerúndio de poro'rog,
"estrondar". Além de ser usada pelos índios como alimento servia também como
enfeite para o cabelo.
Para fazer a pipoca, utiliza-se milho dos
tipos everta ou rastrata, que apresentam grãos pequenos, duros e cristalinos.
São considerados tipos extremos do milho duro (indurata). Ao serem
aquecidos os grãos explodem de maneira
rápida porque sua umidade interna é
convertida em vapor. Num determinado ponto a pressão estoura a casca externa, transformando
a parte interna numa massa pouco consistente de amidos e
fibras.
No século XIX a pipoca já era vendida em feiras e
parques nos Estados Unidos. No fim desse século surgiram os primeiros cinemas americanos, e,
com eles, vieram os ambulantes e seus carrinhos com pipoca e guloseimas,
mistura de pipoca, amendoim e açúcar queimado. No começo, os donos dos cinemas faziam
pouco caso e achavam que a pipoca distraía os espectadores dos filmes.
Durante a Grande Depressão, a pipoca era relativamente barata
e se tornou popular. Assim, o negócio da pipoca prosperou e se tornou uma fonte
de renda para alguns agricultores em dificuldades.
A
pipoca, além de ser um alimento saboroso, se preparada e consumida da forma
correta, pode trazer vários benefícios para nossa saúde, pois possui nutrientes
importantes para o organismo. Ela pode
até ajudar na prevenção de doenças por conter altas doses de polifenóis, antioxidantes que protegem as
células do organismo contra os danos causados pelos radicais livres. A pipoca desacelera o envelhecimento, além de
prevenir doenças degenerativas, como o câncer. Também eleva a concentração de
antioxidante, que auxiliam na prevenção do diabetes, câncer, controle dos
índices de colesterol, triglicerídeos e da glicemia, retardando o processo de
esvaziamento gástrico, contem ainda a zeaxantina e luteína que são duas
substâncias antioxidantes que contribuem com a saúde dos olhos, prevenindo a catarata e degeneração macular. A pipoca pode ser industrializada ou caseira.
Atualmente existem vários tipos e sabores
de pipocas: doces, salgadas, com pasta de amendoim, picante, temperada
com manteiga, com caramelo, entre
outras. Assim, seja assistindo a um bom filme em casa ou no
cinema, lendo um bom livro, em grupos de amigos e/ou família, nas praças, no
jogo de futebol, no frio ou no calor, comer pipoca faz a diferença.
Sites
pesquisados
https://www.google.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pipoca
http://www.bolsademulher.com/gourmet/pipoca-faz-bem-a-saude-nao-engorda-e-ate-previne-algumas-doencas
http://www.fiesp.com.br/sindimilho/sobre-o-sindmilho/curiosidades/milho-e-suas-riquezas-historia/ - Milho e suas riquezas – História – Sindicato da Indústria do Milho, Soja e seus Derivados no Estado de São
Paulo - SINDMILHO & SOJA
http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads//2013/09/projeto-de-viabilidade-economica-fabrica-de-pipocas-pipocrok.pdf
- PROJETO DE VIABILIDADE ECONOMIA FÁBRICA DE PIPOCAS - PIPOCROK - L TOA -
Anderson Otero Paulo Ferreira dos Santos,
Regina Krause Bretzke, Rosane
França e Sandro Aniceto – Curitiba –
2003
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