sábado, 15 de agosto de 2015

A HISTÓRIA DA PIPOCA

A PIPOCA




A pipoca é um alimento que historicamente foi importante na dieta dos índios e outros povos. Para falar sobre a pipoca primeiro precisamos resgatar a história do cultivo do milho. Segundo Mary Poll, em seu  trabalho publicado na revista PNAS, os primeiros registros do cultivo do milho datam de  7.300 anos, e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, no golfo do México e seu nome é de origem indígena caribenha que significa “sustento da vida”. Era uma alimentação  básica para várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e na religião.
O milho era plantado por índios americanos em montes, usando um sistema complexo diversificando a espécie cultivada de acordo com o seu uso. Esse método foi substituído por plantações de uma única espécie.
No século XVI e  início do processo de colonização da América, trazendo as grandes navegações, a cultura do milho se expandiu para outras partes do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes. No Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus.
Os índios, principalmente os guaranis, tinham o alimento, (que é um cereal) como o principal ingrediente de sua dieta e que, com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.
O milho foi fundamental para a dieta e cultura de antigas civilizações americanas. Na América é conhecido por diferentes nomes: milho, choclo, jojoto, corn, maíz, elote. Ressaltamos que existem tipos diferentes de milho, como: o dentado, o duro, o macio ou farinhoso, o doce e o pipoca.
No Brasil, na década de 20, a Escola Agrícola de Lavras - MG, atual Universidade Federal de Lavras, teve grande participação no melhoramento de milho, o que culminou com a publicação de dois livros, sendo o primeiro sobre a cultura e melhoramento do milho no Brasil e o segundo sobre genética e melhoramento de plantas, publicado por Hunnicutt (1924) e Paiva (1925).
“A Pipoca”,  também chamada de  pororoca originou-se do termo tupi pï'poka, "estalando a pele", formado pela junção de pira (pele) e poka (estourar). "Pororoca" originou-se do termo tupi poro'rokagerúndio de poro'rog, "estrondar". Além de ser  usada pelos índios como alimento servia também   como enfeite para o cabelo.
Para fazer a pipoca, utiliza-se milho dos tipos everta ou rastrata, que apresentam grãos pequenos, duros e cristalinos. São considerados tipos extremos do milho duro (indurata). Ao serem aquecidos  os grãos explodem de maneira rápida porque  sua umidade interna é convertida em vapor. Num determinado ponto  a pressão estoura a casca externa, transformando a parte interna numa massa pouco consistente de amidos e fibras.
No século XIX a pipoca já era vendida em feiras e parques nos Estados Unidos. No fim desse século  surgiram os primeiros cinemas americanos, e, com eles, vieram os ambulantes e seus carrinhos com pipoca e guloseimas, mistura de pipoca, amendoim e açúcar queimado. No começo, os donos dos cinemas faziam pouco caso e achavam que a pipoca distraía os espectadores dos filmes.
Durante a Grande Depressão, a pipoca era relativamente barata e se tornou popular. Assim, o negócio da pipoca prosperou e se tornou uma fonte de renda para alguns agricultores em dificuldades.
A pipoca, além de ser um alimento saboroso, se preparada e consumida da forma correta, pode trazer vários benefícios para nossa saúde, pois possui nutrientes importantes para o organismo. Ela pode até  ajudar na prevenção de doenças por conter altas doses de polifenóis, antioxidantes que protegem as células do organismo contra os danos causados pelos radicais livres. A  pipoca desacelera o envelhecimento, além de prevenir doenças degenerativas, como o câncer. Também eleva a concentração de antioxidante, que auxiliam na prevenção do diabetes, câncer, controle dos índices de colesterol, triglicerídeos e da glicemia, retardando o processo de esvaziamento gástrico, contem ainda a zeaxantina e luteína que são duas substâncias antioxidantes que contribuem com a saúde dos olhos, prevenindo  a catarata e degeneração macular. A pipoca   pode ser industrializada ou caseira. Atualmente existem vários tipos e sabores  de pipocas: doces, salgadas, com pasta de amendoim, picante, temperada com manteiga, com caramelo, entre  outras. Assim, seja  assistindo a um bom filme em casa ou no cinema, lendo um bom livro, em grupos de amigos e/ou família, nas praças, no jogo de futebol, no frio ou no calor, comer pipoca faz a diferença. 

Sites pesquisados
https://www.google.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pipoca
http://www.bolsademulher.com/gourmet/pipoca-faz-bem-a-saude-nao-engorda-e-ate-previne-algumas-doencas
http://www.fiesp.com.br/sindimilho/sobre-o-sindmilho/curiosidades/milho-e-suas-riquezas-historia/ - Milho e suas riquezas – História – Sindicato da Indústria do Milho, Soja e seus Derivados no Estado de São Paulo - SINDMILHO & SOJA

http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads//2013/09/projeto-de-viabilidade-economica-fabrica-de-pipocas-pipocrok.pdf - PROJETO DE VIABILIDADE ECONOMIA FÁBRICA DE PIPOCAS - PIPOCROK - L TOA - Anderson Otero Paulo Ferreira dos Santos,  Regina Krause Bretzke,  Rosane França  e Sandro Aniceto – Curitiba – 2003

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