A vida de estudante requer uma dedicação e disciplina para que o mesmo
consiga atingir os objetivos desejados. Todos aqueles que vivenciaram
esses momentos como estudantes sabem que muitas vezes é preciso
renunciar aos encontros com os amigos nos finais de semana e outras
atividades, visando melhor se preparar para uma prova ou outra atividade
na semana seguinte.
Durante a fase do ensino fundamental e médio temos o apoio frequente
dos pais ou familiares que nos ajudam até no deslocamento para as
escolas, seja a pé, de moto, de bicicleta, de carro, não importa o meio,
nem a condição social, tem sempre alguém ali, ao lado, dando proteção e
orientação.
Terminada essas fases do ensino fundamental e médio, o estudante se
depara com outra experiência que é a realização do ensino superior.
Nesse momento, o aluno tem que decidir por um curso que venha a atender
aos seus sonhos de se tornar um profissional competente e capaz de
contribuir para o desenvolvimento da sociedade.
O governo federal promoveu à interiorização das universidades públicas,
aumentando, assim, a possibilidade dos jovens das diferentes cidades do
interior do país terem acesso ao ensino superior. Entretanto, nem
sempre, naquela universidade tem o curso que o estudante deseja, sendo
ele obrigado a se deslocar para outro centro, a fim concretizar seu
objetivo. Nesse sentido, as dificuldades começam a surgir para os
estudantes que pertencem a famílias menos favorecidas. As despesas com
moradia, alimentação, transporte, entre outras podem acabar com o sonho
de muitos jovens.
As universidades públicas brasileiras não têm uma politica de
assistência estudantil capaz de atender a demanda necessária para que os
jovens de baixo poder aquisitivo possam com dignidade se manter na
instituição. A falta de vagas nas residências, além da péssima
manutenção das mesmas, restaurantes universitários insuficientes, entre
outras, tornam difícil a permanência dos alunos mais necessitados na
universidade.
Não basta aumentar o número de vagas e interiorizar as universidades
públicas. É preciso dar as condições para que os estudantes possam se
manter na instituição com dignidade.
Luiz Renato de Araújo Pontes
É Professor e Pesquisador da UFPB e Coordena o Laboratório de Materiais e Produtos Cerâmicos – LMPC/CT/UFPB.
E-mail: professorluizrenato@gmail.com
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