quarta-feira, 24 de novembro de 2010

“Eco-economia” - coluna no Jornal Correio da Paraíba - Prof. Luiz Renato

Eco-economia
Nos últimos anos tem se intensificado em todo o mundo as discussões com relação às questões ecológicas. As catástrofes ambientais, com forte poder de destruição, têm levado à morte e deixado desabrigadas inúmeras pessoas.
Os fóruns internacionais promovidos por organizações da sociedade civil organizada, universidades, organização das nações unidas, etc. onde estão sempre presentes tanto os países ricos como os países pobres, responsáveis em maior ou menor grau pelas catástrofes que vem ocorrendo, têm apontado para alternativas viáveis visando impedir a destruição do nosso próprio habitat.
Entretanto, o que se observa é que a maior resistência passa pelos dois países com mais comprometimento em relação à poluição do nosso ambiente - os Estados Unidos da América e a populosa China.
Lamentavelmente, parece-me, que a única lógica viável para os dirigentes desses países é a “lógica econômica”. Produzir cada vez mais - não importando os métodos de produção utilizados e qual a matriz energética -, contanto que possam garantir as respectivas posições no ranking, ou seja, de maior potência econômica do mundo.
Todavia, parece-me também que esses países começam a enxergar uma possibilidade de lucrar, dominando tecnologias verdes que venham a ser utilizadas nos seus próprios meios de produção, além de vender essas tecnologias para o resto do mundo.
Desta forma, eles continuam na lógica do mercado, independente das suas posições ideológicas, e ainda estarão alinhados com os discursos dos países progressistas e da sociedade em defesa da preservação de nosso planeta!
Na semana passada, os Estados Unidos da América e a China, em parceria, inauguraram um Centro de Pesquisas de Energias Renováveis com um investimento conjunto - entre os dois países - de US$ 150 milhões, em cinco anos. Cientistas e engenheiros - americanos e chineses - irão pesquisar inicialmente sobre carvão renovável, veículos elétricos e tecnologias eficientes para a construção.
No Brasil, a General Eletric (GE) anunciou a criação de um centro de pesquisa no Rio de Janeiro, denominado de “Centro de Pesquisa Global”, que irá pesquisar também energias renováveis, além de estudar tecnologias para as indústrias de óleo e gás, mineração, transporte ferroviário e aviação.
O projeto está previsto para ser concluído em 2012 e vai empregar 200 engenheiros e pesquisadores das áreas envolvidas.
Iniciativas como essas mostram que potências econômicas como USA e China e empresas do porte da General Eletric perceberam que as tecnologias verdes são os grande nichos de mercado da economia mundial.
Enfim, “sempre na lógica capitalista”, parece que resolveram preservar a galinha dos ovos de ouro (o planeta terra)! A natureza agradece.

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