segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A quem cabem às soluções - Prof. Luiz Renato (Situação da seca no Nordeste)


Na semana passada, a convite do Deputado Assis Quintans, tive a oportunidade de participar do lançamento da campanha SOS Seca Paraíba, promovido pela Assembléia Legislativa da Paraíba, no hotel Tambaú, em João Pessoa. A campanha é o desdobramento da caravana da seca e visa chamar a atenção do governo federal para os problemas acarretados pelos períodos de estiagem na Paraíba e no Nordeste, exigindo assim ações emergenciais e duradoras de convivências com a seca.
O evento teve a participação da classe política da Paraíba, presidentes de assembléias dos estados vizinhos, de líderes religiosos, pesquisadores, representantes de organizações sociais, universidades e uma importante participação popular.
Os grandes períodos de estiagens no Nordeste deve ser um problema de todos, pois afeta de forma cruel o homem do campo que fica impossibilitado de gerar seu próprio sustento, e a própria destruição da economia do semiárido, repercutindo em toda região: do litoral ao sertão.
O conceituado professor Luiz Carlos Baldicero Molion, PhD em Meteorologia, foi o palestrante convidado pelo evento. Ele mostrou a relação da seca com os fenômenos que ocorrem no Oceano Pacífico. A quantidade de chuva na nossa região está diretamente ligada às variações de temperaturas da água do Pacífico. Este fenômeno ocorre periodicamente, alternando entre períodos em que as águas do pacifico esquentam e períodos que elas esfriam. O professor Molion fez referência à seca de 1951, 1962 e 1972.
Logo, a seca não é um problema dos dias atuais. Nós nordestinos já convivemos com essa realidade há bastante tempo. No entanto, nunca houve uma vontade política de executar soluções de convivência com a seca, para que essa questão seja resolvida em definitivo.
Segundo alguns especialistas, a transposição do rio São Francisco, entre outras ações, parece ser uma iniciativa fundamental para a convivência do homem com a seca. Entretanto, encontra-se na sua grande parte abandonada e sem previsão de conclusão.
Dois líderes religiosos nos fazem refletir: o sempre atuante e respeitado Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, citou os “industriais da seca” que utilizam da calamidade para se beneficiarem e o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira, preocupado com a eternização do problema, questionou: A quem cabem às soluções?

Esse tema é tão antigo que dispensa comentários. O que é preciso mesmo é vontade dos organismos competentes em soluciona-lo. Quanto a essa questão, só Deus na causa. Sou de 1964 e, quando dei meus primeiros passos na escola para compreender o mundo eu já escutava a frase "é grande a Indústria da sêca". Hoje ainda falam sobre essa questão nos meios políticos, na realidade do povo do sertão, nas entidades organizadas da sociedade......... Todo mundo conhece essa história e até podemos como leigos arriscar apontar as soluções de tanto que já escutamos sobre o assunto. Muito bla, bla, bla e solução nada. Ufa! Anadja


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