Com tanta violência, onde vamos parar?

Assistindo o programa Esquenta  agora está sendo feito uma homenagem ao DG. Muito merecida a homenagem eu acho. A atriz Leandra Leal acabou de fazer uma grande chamada a toda a sociedade quanto aos números de assassinatos que estão ocorrendo no País. A juventude sendo assassinada. Na fala dela achei legal pq ela não falou de classes sociais, ou de bandidos ou inocentes. A questão é que cada vida é uma vida. O jovem que foi  assassinado na saída da escola, o trabalhador que ao largar do trabalho foi morto e roubado, a mulher e a jovem que foi morta e estuprada, a família que morreu num acidente por imprudência de um motorista bêbado, a do menino Bernardo e outras crianças também assassinadas por seus pais, também as vidas  dos vilões desses  crimes hediondos que em algum momento perdem, perderam  ou perderão suas vidas. Enquanto estas estatísticas de horror forem tratadas banalmente como números teremos mais e mais violência. Tá na hora de todos nós sociedade e autoridades, gestores (as)  competentes começar a refletir sobre os valores que estão embasando a vida das famílias, rever as leis de segurança, o Estatuto da Criança e Adolescente, o sistema penitenciário arcaico, enfim, o tratamento que está sendo dado a educação, a saúde no País, os direitos negados: o de ir e vir em segurança, o de moradia digna, o de ter emprego,  a má distribuição de renda, enfim, o alerta é geral.

Regina Casé falou agora em seu programa dos sonhos do DG que foram interrompidos. Fiquei aqui pensando: realmente, muito absurdo, muito triste, porém, lembremos que infelizmente outras vidas também tiveram seus sonhos interrompidos. Pessoas que se foram de forma cruel, por assaltos, sequestros, acidentes, drogas, balas perdidas...... seja de qualquer classe social. Não suporto quando falam dos índices de violência com enfase em discriminações: condição social, cor, raça..... Gente, vida é vida. Não podemos tratar a violência apenas nos aspectos sociais. Vida é vida. Quando as pessoas resgatarem o valor a vida (sua e das outras pessoas), essa violência será reduzida a zero.