quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Renascer ou reencarnar?

Em Missionários da Luz, André Luis, pela psicografia de Chico Xavier, nos relata fatos surpreendentes. Convidado pelo instrutor Alexandre, observa o desenrolar do fenômeno da reencarnação de Segismundo, que envolve trama de longa data, onde ele, Adelino e Raquel – seus futuros pais – foram protagonistas de dolorosa tragédia. Na caminhada dos séculos a reencarnação é sempre mais um capitulo na busca do equilíbrio e da evolução espiritual de cada um de nós. Dentro dessa perspectiva foi criado no espaço, pelo Plano Espiritual Superior, dentre outras de que nos fala André Luis, uma colônia denominada “Planejamento da Reencarnação”, onde trabalham Espíritos evoluídos e altamente gabaritados, como os engenheiros da genética, por exemplo, a fim de que seja estudado e elaborado cada processo reencarnatório isoladamente. Emmanuel, prefaciando o livro “Missionários da Luz” a que nos atemos, afirma: “Leitor amigo, André Luis vem, uma vez mais, ao teu encontro, para dizer-te algo do serviço divino dos ‘Missionários da Luz’, esclarecendo, ainda, que o homem é um Espírito Eterno habitando temporariamente o templo vivo da carne terrestre (...)”. Os Espíritos do Planejamento da Reencarnação têm um serviço muito importante nesta colônia espiritual, onde André Luiz é acompanha todo o processo reencarnatório de Segismundo. A partir daí ele nos relata a trama maravilhosa que envolve esses abnegados trabalhadores do Senhor, a fim de que possamos reencarnar numa nova chance de resgate, crescimento e evolução. A maioria das reencarnações, explica o instrutor a André, se processa de forma padronizada, como neste caso, outras têm processos diferentes, como no caso de Espíritos Missionários que a solicitam e outros ainda, de Espíritos rebeldes e profundamente devedores que necessitam da Reencarnação Compulsória. A reencarnação, na maioria das vezes desencadeia processos difíceis na nova experiência, de vez que temos necessidade da luta que nos corrige e aperfeiçoa. André encanta-se com o respeito da Espiritualidade em torno de cada elemento formador do novo corpo, importante morada do Espírito, que Jesus classificara como templo do Senhor. Observa os especialistas em biologia e embriologia, elaborarem um mapa genético a cada reencarnante, de acordo com o que deverá vivenciar. “A hereditariedade, se preciso, sofre a influência do Plano Espiritual, podendo ocorrer certas modificações à matéria na parte embriológica, determinando alterações favoráveis ao trabalho de redenção de que necessite.” Acompanha os mapas cromossômicos percebendo que um deles trazia imagens da moléstia do coração que sofreria na idade adulta, como conseqüência de falta cometida no passado, com grandes perturbações dos nervos cardíacos, explicando: “Cada Espírito, encarnado ou não, é um mundo por si mesmo. Aquele que possui a mente alicerçada nas bases do amor emite forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células de seu próprio organismo; quando perturbada, emite raios magnéticos do alto poder destrutivo para estas mesmas células” . Investigando se o ser recebe dos pais, características, enfermidades e disposições criminosas, ouve do instrutor: “O organismo provém do corpo dos pais, que lhes dando a vida, porém, as tendências que cercam cada um desde os primeiros dias, pelo ambiente a que foi chamado a viver ou pelo tipo de corpo com que nasceu, afeta-o mais ou menos, pela força do livre Renascer ou Reencarnar? arbítrio. As qualidades resultam da luta e do esforço individual... Herda-se tendências, nunca qualidades! Se o Espírito reencarnante atém-se a tendências inferiores desenvolvê-las-á, ao reencontrá-las na nova experiência humana, perdendo um tempo precioso, menosprezando o sublime ensejo de crescimento. Se, ao contrário, luta pela auto-elevação, conseguirá sobrepor-se à exigências menos nobres do corpo, da família ou do ambiente, triunfando sobre as condições adversas. Por isto é que ninguém pode se queixar de forças destruidoras ou circunstancias asfixiantes do círculo em que renasceu. As minúcias anatômicas se desenvolverão de acordo com a lei de hereditariedade, a depender dos cromossomos paternos e maternos, da influência dos moldes mentais da mãe, da atuação do reencarnante e dos Espíritos Construtores, verdadeiros funcionários da Natureza Divina. Aprende que reencarnamos para trabalhar os defeitos morais que trazemos de outras vidas; deficiência mental, doenças, famílias difíceis, muitas vezes são necessárias para nosso aprendizado. Por isso, o mapa de provas é estudado e organizado com antecedência; com a cooperação fisiológica dos pais, do lugar e do lar em renasce e a ajuda que lhe será prestada pelos amigos espirituais. Renascer na versão popular ou reencarnar, na versão espírita, nos propicia independência relativa, pois não suprime o livre arbítrio em sua luta pela elevação, estacionamento ou queda. A nova tarefa é sempre concorde com possibilidades, podemos muitas vezes ultrapassar ou não ser cumprida adequadamente. André nos alerta para o fato de que muitas vezes nos alimentamos de formas mentais, que se valem da capacidade de absorção do perispírito, o que nem sempre percebemos. E que esse alimento mental – vibração, energia mental – nos é trazido por aqueles com quem convivemos, acrescido com o magnetismo pessoal de cada um, o que influi, se não dominamos nossas emoções, nos estados de felicidade ou desgosto, de prazer ou sofrimento, porque essa energia mental aloja-se e se somatiza em nosso corpo. È quando sentimos perturbações do fígado depois de um atrito verbal, mal estar ante uma notícia ruim, e até mesmo nas grandes alegrias inesperadas. Porque a desarmonia orgânica mesmo quando tudo é felicidade?... “É que em tais oportunidades se recebe certa quantidade de força mental, como o fio recebe a carga de eletricidade positiva. O ponto de recepção está efetivamente no cérebro, mas se a criatura não possui o controle de suas emoções, permitirá que uma força perturbadora se instale dentro de si mesmo, na parte mais profunda das células orgânicas, com grande prejuízo para as partes mais frágeis e vulneráveis em seu organismo.” André continua as minúcias surpreendentes deste relato onde barreiras inúmeras tiveram que ser travadas e vencidas a fim de que se processasse o reencarne de Segismundo para que uma nova oportunidade, dentro de um encontro familiar, pudesse desenvolver a compreensão, o perdão e finalmente o amor entre estes três seres em evolução e resgate. Finalizando queremos ressaltar que esta obra espetacular tem muitíssimo mais a acrescentar em ensinamentos e informações. Aquele que só se ater a este artigo ficará com apenas uma fatia desta maravilha! Vale a leitura total deste livro ímpar, que por bondade de André Luiz e de nosso bom e querido Chico, foi-nos possível viajar nas imensas maravilhas da reencarnação à nós concedida por misericórdia de Deus.
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Remédios da Natureza

Na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a importância da água. André Luiz em Nosso Lar ensina que todo serviço precisa de energias e braços para ser convenientemente mantido. Sabem que a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Em Nosso Lar ela é empregada como alimento e remédio. Há repartições no Ministério do Auxílio absolutamente consagradas à manipulação de água pura, com certos princípios suscetíveis de serem captados na luz do Sol e no magnetismo espiritual. André Luiz informa que um dia o Homem compreenderá que a água, como fluido criador, absorve em cada lar, as características mentais de seus moradores. A água, no mundo, não somente carreia os resíduos dos corpos, mas também as expressões de nossa vida mental. Será nociva nas mãos perversas, útil nas mãos generosas. Os Espíritos valorizam as plantas e seu magnetismo como um fator da mais natural proximidade ligando o homem à harmonia do meio. Os Espíritos vêem na energia das plantas uma poderosa ferramenta auxiliar de cura, mormente se conduzida por eles próprios, mais aptos a enxergar as suas ações e reações no vivo, é – como dizem os Espíritos Superiores – um irmão secundando a escala evolutiva do homem. Há uma injustificada reação contrária das correntes espíritas que às vezes negligenciam o fato de que o Universo é um todo de complexas manifestações energéticas, cujo intercâmbio harmônico é, antes que uma questão ideológica, uma questão de vida, de sobrevivência, de saúde, e isto em todos os planos de manifestações do princípio inteligente. O tratamento com remédios vegetais é um processo natural: esses remédios entram no corpo na forma de alimento em estado natural e estimulam uma reação salutar que pode produzir efeito curativo. Os remédios vegetais são coisas vivas. Cada ser vivo emite vibrações e uma forma concentrada de energia que armazena. Essa energia vibratória produz a força vital, que, acreditamos é inerente a tudo o que é vivo. Os vegetais como individualidades cujo princípio inteligente administra reações numa complexa teia da variedade de espécies e no qual o dinamismo magnético é uma energia sutil que acoplada ao princípio vital influi na fitoterapia. Em suma, o vegetal é um ser vivo que compartilha com o homem um processo evolutivo que exige uma mútua dependência de vida e reclama uma equilibrada e inteligente interação de existir, de coexistir e unificar e não de distanciar e separar. A água é um ótimo condutor de força eletromagnética e absorverá os fluidos sobre ela projetados, os conservará e os transmitirá ao organismo doente quando ingerida. Basta ter amor e acreditar, dentro do potencial de nossa própria fé, lembrando que Deus nos legou essa imensa e pródiga natureza para que dela nos sirvamos como a um bálsamo de alívio e cura a todos os males. Disse-nos Emmanuel “Jesus quando se referia à benção do copo de água fria, em seu nome, não apenas se reportava a compaixão rotineira que sacia a sede comum. Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos. A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos Remédios da Natureza olhos mortais.” A prece intercessora e o pensamento da bondade representam irradiações de nossas melhores energias. A criatura que ora ou medita, exterioriza poderes, emanações e fluidos que por enquanto escapam à analise da inteligência vulgar. A linfa potável recebe-nos a influenciação de modo claro condensando linhas de força magnética e princípios elétricos, que aliviam e sustentam, ajudam e curam. A fonte que procede do coração a Terra e a rogativa que flui do imo d’alma, quando se unem na difusão do bem oferecem resultados benéficos. O Espírito que se eleva em direção ao Céu é antena viva, captando potências da natureza superior, podendo distribui-las a benefício de todos os que lhe seguem a marcha. Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a boa vontade e a confiança positiva. Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome de sua memória, reportava-se ao valor da providência a benefício da carne e do espírito, sempre que estacionem através de zonas enfermiças. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido, com raios de benção e estará então consagrando o sublime ensinamento do corpo de água pura, abençoado nos Céus.”
Texto elaborado pelo Conselho Doutrinário para Energização/ 2000
Bibliografia Entre a Terra e o Céu – André Luiz Nosso Lar – André Luiz Fitoterapia do Além – João Berbel
Ana Gaspar

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Viciação Alcoólia

Conceito etimológico - A palavra álcool é de origem árabe: al e cohol que significam sutil. As bebidas têm origem remota. Todas as civilizações e povos antigos como tártaros, egípcios, chineses, gregos, romanos, etc, sabiam como fabricar bebidas alcoólicas. Eram feitas com as mais diferentes substâncias como frutas, folhas e cereais fermentados ou destilados. A cerveja, que é uma bebida fermentada, já era conhecida na Babilônia, 5.000 anos a.C. e na China era feita de arroz. Segundo a Organização Mundial da Saúde, “alcoólatras são bebedores excessivos cuja dependência ao álcool chega ao ponto deles apresentarem perturbação mental evidentemente, manifestações afetando sua saúde física e mental, suas relações individuais, comportamento social e econômico ou pródromos de perturbações destes gêneros e que por isto necessitam de tratamento.”Nem todo alcoólatra sofre de alcoolismo, mas está no caminho certo para chegar lá. Depende da tendência, da estrutura psíquica e orgânica de cada um. A O.M.S. realizando um estudo profundo sobre o alcoolismo considera-o um problema de saúde pública e apresenta uma classificação dos bebedores em: moderados, sóbrios, sociais, agudos e crônicos. As complicações físicas se apresentam mais acentuadamente nos agudos e crônicos, o que ocorre é que muitas vezes os moderados e os sombrios aumentam aos poucos as doses passando para bebedores inveterados e irrefreáveis. Motivos: São diversos os motivos pelos quais a pessoa ingere álcool: para evitar e melhorar um dor, por causa de uma preocupação qualquer, de um desajuste em casa ou no trabalho, por um sentimento de inferioridade. De um modo geral, podemos classificar os motivos da seguinte forma: pessoais, culturais, sociais e religiosos. Pessoais – por qualquer problema que cause aborrecimento, a pessoa bebe. Culturais - a produção, a industrialização e a propaganda consolidaram costumes que se incorporam na cultura, tornando um estilo de vida. Tanto o rico quanto o pobre a utilizam e tem o hábito de oferecer a visitas um aperitivo. Sociais – quando por elegância, em reuniões sociais aceita-se bebida, pois do contrário, não tomar nada seria ofensivo. Religiosos – quando a pessoa bebe, julgando prestar uma homenagem à divindade. A bebida alcoólica é utilizada pelas religiões primitivas e dogmáticas. Ação do álcool no organismo humano O álcool exerce uma ação terrível em todo o organismo, como: sangue, coração, cérebro, aparelho digestivo (boca, faringe, esôfago, garganta, estômago, intestinos, fígado e pâncreas), aparelho respiratório (laringe, brônquios, pulmões), órgãos dos sentidos como vista e ouvidos, órgãos secretores da urina, os rins. O sangue nutre o corpo. Leva, através dos vasos sangüíneos, para os tecidos os elementos necessários à sua reconstituição. No sangue há bilhões de glóbulos vermelhos. O álcool altera esses glóbulos e o sangue nutre mal ou deixa de nutrir os tecidos dos pulmões, do coração, do cérebro, etc. O cérebro é o órgão que recebe mais sangue e por isto mesmo é nele que o álcool é mais nocivo. As moléstias produzidas pelo álcool no cérebro são: hemorragia e amolecimento cerebral, alienação mental e loucura. Viciação Alcoólia Conseqüências Espirituais do vício Vício: Defeito Moral. Kardec na questão 265 do O livro dos Espíritos coloca: “Se alguns Espíritos escolhem o contato com o vício, como prova, há os que o escolhem por simpatias e pelo desejo de viver num meio adequado aos seus gostos, ou para poderem entregar-se livremente as suas inclinações materiais?” E a resposta é incisiva: “Há por certo, mas só entre aqueles cujo senso moral é ainda pouco desenvolvido; a prova decorre disso e eles a sofrem por tempo mais longo. Cedo ou tarde compreenderão que a satisfação das paixões brutais tem para eles conseqüências deploráveis, que terão de sofrer durante um tempo que lhes parecerá eterno.” André Luiz no livro Nos Domínios da Mediunidade, cap. 15, mostra o freqüentador de bares que ao sair totalmente embriagado, não está sozinho, junto a ele, num processo de simbiose uma entidade das sombras que se justapunha ao outro exibindo as mesmas perturbações. Explica que é “vampirismo espiritual”, ou seja, ação dos espíritos inferiores desencarnados que viciosos imantam-se às suas vítimas, absorvendo-lhes fluidos vitais. Com o tempo destroem as células Peri spirituais que criará grandes problemas de saúde numa próxima reencarnação. O retorno num novo corpo será doloroso com moléstias muito graves, doenças mentais hidrocefalias- paralisias – cegueiras – idiotismo e vários tipos de câncer. Joanna de Ângelis no livro Após a Tempestade diz, “ ...a vinculação alcoólica, por exemplo, escraviza a mente desarmonizando-a e envenena o corpo deteriorando- o, tem início através do aperitivo inocente, que logo se converte em dominações absoluta. A pretexto de comemorações, festas, decisões não te comprometas com o vício, na suposição de que dele te libertarás quando queiras, pois que se os viciados pudessem querer não estariam sob essa violenta dominação.
Ana Gaspar
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Bibliografia Problemas Atuais- Alcoolismo e suas conseqüência, Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz Após a Tempestade - Joanna de Ângelis/ Divaldo P.Franco
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Quando Chegará a Cura para o Câncer

“A cura para o câncer não deverá surgir nos próximos dez anos” é o que afirma o articulista da Revista Time, Shannon Browlee, transcrita em um caderno especial na Folha de São Paulo de 4 de novembro de 1999. “Talvez os cientistas nunca encontrem uma única resposta, um único medicamento capaz de restaurar a saúde de todos os pacientes com câncer, porque um tumor não é igual ao outro”. Um tumor começa a se desenvolver quando uma única célula sofre pelo menos duas mutações genéticas que fazem com que ela se reproduza desordenadamente. Ao contrário do que se acreditava no passado, o câncer não é resultado de estados depressivos ou repressão sexual, mas do mau funcionamento dos genes. Contatamos com esse artigo o que o Espiritismo nos orienta sobre enfermidades. Não existem doenças e sim doentes, é o que afirma Emmanuel e vimos no artigo da revista Time esse trecho “...um tumor não é igual ao outro”. No livro Pensamento e Vida, Emmanuel diz: “Todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação.” Os cientistas falam da célula que sofre mutações genéticas que fazem com que se reproduza desordenadamente, “formando o tumor, a diferença está que o Espiritismo insiste no estado depressivo que seria a verdadeira causa e a Ciência não aceita mais a depressão como tal. A dra. Marlene Nobre escreveu um artigo no Boletim Médico Espírita de 1986 em julho, portanto, a 14 anos colocando essa temática e incluindo trechos do livro de Emmanuel citado acima, editado em 1971, no qual já encontramos as causas não só do câncer, mas da lepra e da tuberculose que aparecem como fenômenos secundários residindo a causa primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior. Segundo Emmanuel “ A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distônia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindose leito fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência.” ( Pensamento e Vida – cap. 15). Mas, o desequilíbrio não se instala apenas pelo abuso de nossas próprias forças. Existem os prejuízos que causamos aos outros Emmanuel, ainda em Pensamento e Vida, esclarece “ A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação ao qual não se reúne simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções.” Tempo virá, diz a Dra. Marlene Nobre, em que as escolas fornecerão aos alunos, desde a mais tenra idade, possibilidade de educar o pensamento, porque elas serão a extensão natural do lar, onde aprendemos sempre a cultivar o perdão, a tolerância, a bondade e o amor, corrigindo nossas tendências destrutivas do passado. Os médicos, no futuro, agirão muito mais no campo da prevenção das moléstias, atuando, em harmonia com os professores, como construtores da bagagem moral das criaturas”. O Espiritismo inaugura, portanto, um novo conceito de saúde – a perfeita harmonia da alma. Que esse futuro chegue o mais rápido possível.

Ana Gaspar

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Nossos Incansáveis Anjos Guardiões

 É muito confortável saber que temos quem nos protege continuamente do “lado de lá”. Amigos fiéis e devotados que nos acompanham desde a fecundação no ventre de nossas mães e que seguirão ao nosso lado zelando por nós ininterruptamente. Saber disso é mais uma das maravilhas que devemos ao trabalho sério e pesquisador de Kardec, que inquirindo aos Espíritos venerandos sobre nossos “Anjos – Guardiões” ou “Espíritos Protetores”, nos trouxe preciosas informações, que vale ler na íntegra em O Livro dos Espíritos – item 489 a 521. Estes protetores são Espíritos de uma ordem um pouco mais elevada e que não nos abandonando nunca, ficam mais afastados quando nos sentem refratários e inclinados às sugestões de Espíritos inferiores, voltando a interceder tão logo a isto estejamos abertos. Essa fidelidade em que, por mercê de Deus nos foi concedida, e que livremente aceitaram por missão, muitas vezes penosas, nos envolve e nos acompanha de perto onde quer que estejamos: nas prisões, nos hospitais, nos lares, e até esmo na solidão ou lugares menos dignos em que possamos estar. São Espíritos bondosos, que nos estimam, e que em encarnações anteriores foram nossos amigos ou parentes. “... Ah! Se conhecêsseis bem essa verdade! Quanto vos ajudaria nos momentos de crises! Quantas vezes vos salvariam dos maus Espíritos! Mas no dia decisivo, esse anjo do bem terá que vos dizer: “Não te disse isso? E tu não fizeste. Não te mostrei o abismo? E tu aí te precipitaste. Não te fiz ecoar na tua consciência a voz da verdade? E não seguistes os conselhos da mentira? Oh! Interrogai os vossos anjos guardiões, estabelecei entre eles e vós essa ternura íntima que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes esconder nada, porque eles têm o olhar de Deus e não podeis enganá-los... Procurai avançar nesta vida e vossas provas serão mais curtas, vossas existências, mais felizes... Não temais nos cansar com vossas questões. Ao contrário, procurai sempre estar em relação conosco, sereis mais fortes e felizes. Vamos homens, coragem! Atrai para longe de vós de uma vez por todas os preconceitos e idéias preconcebidas. Entrai no novo caminho que se abre diante de vós. Marchai! Tendes guias, segui-os, que a meta não pode vos faltar, porque essa meta é o próprio Deus.” Livro dos Espíritos, cap. IX Inquiridos sobre se o Espírito-protetor sofre quando seu protegido segue o mau caminho, e se, então, sente-se responsável pelo mau resultado dos seus esforços, respondem os Espíritos venerandos que ele lastima, porém não se sente responsabilizado, pois que fez o que de si dependia e sabe esperar o tempo necessário, pois o que não aprendeu hoje, um dia aprenderá. Saber de tudo isto (e de muito mais que o capítulo exemplifica), renova nossa confiança na bondade e maiores dificuldades e angustias, nos oferecendo alento e esperança para os desafios em que a vida, em resposta às nossas escolhas anteriores, hoje nos coloca. Inegavelmente vivemos hoje do que plantamos ontem e, como dois e dois são quatro... Os desafios nunca erram o endereço de onde estamos. Porém, quando abrimos espaço, a misericórdia divina nos envia os Espíritos Benfazejos, para que nos incentivem, amparem e intuam no correr da caminhada de nossa evolução, porque...
Quando erramos a procura do caminho, necessitamos da graça que alumia o retorno.
Doracy M. A Mota
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Bibliografia O Livro dos Espíritos

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Espiritismo e os Animais

Os Espíritos respondem a Kardec, na questão 540 do O Livro dos Espíritos: “... que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo”, na questão 609 uma parte da resposta é: “...durante algumas gerações, pode ele (Espírito) conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se opera na natureza por brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos...”. E ainda na Codificação, no livro A Gênese, cap. VI, que Allan Kardec se refere sobre a formação dos Espíritos e sua adaptação na matéria: “O Espírito não chega a receber iluminação divina que lhe dá o livre arbítrio e a consciência, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização”. Gabriel Delanne em sua extraordinária obra, A Evolução Anímica, tece considerações sobre os animais, sua inteligência e evolução. No capítulo II (pág. 61 da 4ª edição da FEB), vamos encontrar o seguinte trecho: “Do homem ao macaco, deste o cão; da ave ao réptil e deste ao peixe; do peixe ao molusco, ao verme, ao mais ínfimo dos colocados nas fronteiras extremas do mundo orgânico com o mundo inanimado, nenhuma passagem é brusca...Nesta hierarquia dos seres, o homem reivindica o primeiro lugar a que tem direito, mas isso não o coloca fora da série, e quer simplesmente dizer que ele é o mais aperfeiçoado dos animais”. Sabemos que os animais possuem não apenas a inteligência, mas também o instinto e a sensibilidade e considerando o axioma que diz que todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, temos o direito de concluir que a alma animal é da mesma natureza que a humana, apenas diferenciada no desenvolvimento gradativo. Gabriel Delanne amplia ainda em seu livro, na questão 594: “Os animais têm linguagem?”, e a resposta dos Espíritos a esta pergunta de Kardec foi: “- Se pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não, mas em um meio de se comunicarem entre si, então, sim. Eles se dizem muito mais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as próprias idéias, às suas necessidades”. Delanne descreve o exemplo do cão doméstico, diferente dos seus ancestrais selvagens, pois pelo processo das sucessivas reencarnações evolui, e recebendo do homem carinho e atenção age diferencialmente, aliás, Delanne cita: “Erasmus Darwin* nota que nos cães domésticos temos o latido da impaciência, como se dá em caçadas; o da cólera, um rugido; o uivo desesperado do prisioneiro e finalmente o da súplica, para que lhe abra a porta”. Eles usam a inteligência e a reflexão, não são apenas instintos no momento de apanhar a presa. Alguns sofrem muito quando abandonados por seus donos. Algumas pessoas imaginam que admitir tal princípio equivale a rebaixar a dignidade humana. Entretanto, não temos o que perder com esse paralelo a nós favorável, visto que é incontestável que um dado animal não pode nem poderá jamais encontrar a lei das proporções definidas, ou escrever uma peça teatral. Trata-se, simplesmente, de assentar que se o homem é mais desenvolvido que o animal nem por isso deixa de ser uma verdade que a sua natureza pensante é da mesma ordem, em nada difere essencialmente, e sim, apenas, em grau de manifestação. 

*Erasmus Darwin - 1731-1802 - avô do naturalista Charles Darwin, escreveu o livro Zoonomia. Foi um dos mais notáveis médicos ingleses do seu tempo. 
Ana Gaspar 
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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Final dos Tempos - 3º Milênio

Muitos corações angustiam-se diante dessa perspectiva, pois presos que estão a uma educação religiosa mística e a palavra simbólica não conseguem entender o verdadeiro significado da palavra Apocalipse. Apocalipses são revelações feitas a profetas (médiuns) da antiguidade. Apresentam diferentes aspectos e tanto podem referir-se a assuntos limitados como gerais; como também podem ter sentido extensivo, figurado, analógico ou místico. Há vários apocalipses, e entre tantos o de João que tem todos os sentidos acima citados e, segundo seu discípulo Policarpo, foi escrito na ilha de Pátmos, fronteira a Éfeso, no mar Egeu, Ásia Menor, para onde fora exilado no ano 95 pelo governo romano de Domiciano, local também, onde segundo a maioria dos seus Autores, escreveu o evangelho que tem o seu nome. Morreu com 94 anos aproximadamente. As vidências que o apóstolo teve em Pátmos, durante dias e semanas sucessivas, cheias de alegrias e repletas de lembranças da sua convivência com Jesus deram ao contexto um avultamento e distensão exagerada. Muitas vezes em estado de desdobramento ou êxtase viu nos planos espirituais quadros e projeções que deveriam gravar-se em sua mente psíquica, mas que as falhas da memória física e a solidão em que vivia não lhe permitirem transmitir com muita fidelidade, e a sua narrativa envolveu-se de muito misticismo. O Comandante Edgard Armond cita em seu livreto “Considerações sobre o Apocalipse de João”, que devemos considerar nessas revelações como mais importante, àquelas que proporcionam o avanço evolutivo da Humanidade - O desvio religioso do Cristianismo primitivo; o obscurantismo da Idade Média - as Invasões dos Bárbaros, a queda do Império Romano; a Cisão Protestante - as duas guerras mundiais - o advento do Espiritismo - a eclosão do comunismo ateu. Allan Kardec coloca no livro “A Gênese” capítulos 17 e 18 explicações claras e racionais sobre as transformações que nada mais são do que um processo evolutivo natural. No cap. 18 da “Gênese” - Kardec inicia falando dos “Sinais dos Tempos” onde sucederão grandes acontecimentos para a regeneração da Humanidade. “Em que sentido se devem entender estar palavras proféticas? Para os incrédulos, elas não têm a mínima importância; a seus olhos, não passam de expressão de uma crendice pueril, sem fundamento. Para a maior parte dos crentes, elas possuem algo de místico e de sobrenatural que lhes parece ser o precursor da alteração das leis da Natureza. As duas interpretações são errôneas: a primeira por implicar a negação da Providência; a segunda porque aquelas palavras não anunciam a perturbação das leis da Natureza, porém o cumprimento delas”. A Terra, no dizer dos Espíritos, não deverá absolutamente ser transformada por algum cataclismo, que aniquilaria subitamente toda uma geração. A geração atual desaparecerá, gradativamente, e a nova a ela sucederá igualmente sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. ---------------------------------------------------------Bibliografia 1) Kardec, Allan - A Gênese 2) Armond, Edgard - Considerações Sobre o Apocalipse

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Família e reencarnação

A Doutrina Espírita que nos oferece esclarecimentos a respeito de muitos assuntos também se pronuncia sobre a questão “Família”, enfocando o assunto na dimensão terrena e na dimensão espiritual. Muitas pessoas se perguntam como será o encontro do Espírito com seus familiares, quando regressa ao Mundo Espiritual. Preocupam-se, receando encontrar vários pais, vários maridos e esposas, tendo em vista as muitas reencarnações anteriores. O primeiro ponto a considerar é entender que, quando estamos reencarnados, ocupamos na família terrena uma posição ocasional e temporária, de acordo com a necessidade das tarefas que devemos desempenhar. Isto quer dizer, que antes de sermos o Pai, a Mãe, o Marido, a Esposa, o Filho ou a Filha, somos o Espírito, ser inteligente, e que a condição de parentesco e de sexo é uma condição indispensável para vida no Planeta Terra. O Espirito já existe no Plano Espiritual, o que prevalece como elo de ligação entre os espíritos é a semelhança de gostos, os interesses em comum, as afeições profundas e desinteressadas, posições estas que superam o grau de parentescos terreno. Não devemos recear o encontro de muitos pais ou vários cônjuges, porque no Mundo Espiritual o mais importante é o sentimento, positivo ou negativo, de acordo com os acontecimentos e lembranças de fatos que envolveram os espíritos. Na realidade, a ligação entre os espíritos acontece sem a preocupação de grau familiar e mostra a verdadeira família universal, na qual todos somos filhos de Deus e, portanto, irmãos criados pelo Pai a caminho da evolução. No regresso à pátria espiritual é comum reencontrar antigos familiares quando existe o vínculo da afeição verdadeira. Geralmente, isto acontece quando reencarnamos no mesmo grupo de espíritos, devido a ligações do passado. Nestas circunstâncias, forma-se a família espiritual, em que prepondera a afinidade de interesses muito mais que o parentesco. Encarnados ou desencarnados os espíritos interligados pelo amor e pela simpatia continuarão unidos através do pensamento. A dificuldade para entender estas questões é porque avaliamos o que nos cerca limitados pela visão terrena e muitas vezes nos esquecemos que no Mundo Espiritual as situações observam normas específicas de uma outra dimensão. Lembrando que, quanto mais evoluído for o espírito mais elevados serão seus sentimentos e por conseguinte ele se relacionará com um número maior de entidades. Maria de Lourdes.

Psicoses, Esquizofrenia, Psicose Maníaco - Depressiva e a Reencarnação

A esquizofrenia ocupa a maior parte das manifestações psicóticas. Devido a grande variedade dos sintomas foi classificada em quatro tipos: A – Esquizofrenia simples: em que o paciente vive mais o seu mundo interno, com dificuldade de adaptação social. B – Esquizofrenia hebefrênica: própria da adolescência em que predominam os maneirismos risos sem motivos e isolamento. C – Esquizofrenia catatônica: pelas variedades de atitudes estereotipadas, levando a imobilidade por horas e no final podendo levar a imobilidade total. D – Esquizofrenia paranoica: trazendo delírios e mania de perseguição. Tratamentos difíceis pela insistência e fixação dos sintomas. Pelo bloqueio afetivo são perigosos. Segundo Dr. Jorge Andrea, em Visão Espírita nas Distonias Mentais: “As psicoses são autenticas doenças da alma ou do Espírito em severas respostas cármicas, quase sempre demarcando toda a jornada carnal... Os sintomas, por não terem o devido esgotamento no campo do exaustor físico (personalidade) perduram e refletem-se em outra reencarnação.” O doente mental sob a ótica espírita é seguramente um transgressor dos códigos das Leis Divinas. O Dr. Bezerra de Menezes declara: “O esquizofrênico não tem destruído a afetividade, nem os sentimentos; tem dificuldade em expressá-los, em razão dos profundos conflitos consciênciais, que são resíduos das culpas passadas. E porque o Espírito se sente devedor, não se esforça pela recuperação, ou teme-a a fim de enfrentar os desafetos, o que lhe parece a pior maneira de sofrer do que aquele em que se encontra.” Manuel P. de Miranda no livro Loucuras e Obsessão coloca o seguinte ainda sobre o esquizofrênico: “Noutras vezes, desejando fugir à sanha dos inimigos, o Espírito busca o corpo como um refúgio no qual se esconde bloqueando os centros da lucidez e da afetividade, que respondem como: indiferença e insensibilidade, no paciente de tal natureza.” Sugerimos àqueles que tiverem a paciência de ler este artigo até aqui, o estudo de André Luiz No Mundo Maior, que aborda essa temática, título: “Estranha Enfermidade”. Conta-nos o problema de Fabrício que segundo os médicos deveria ser internado, pois apresentava sintomas de loucura. A narrativa de Calderaro a André Luiz completa de forma bem clara o processo ocasionado pelo remorso de atos criminosos na sua juventude. Ana Gaspar

Bipolaridade – Nosso Lado Sombra e Luz

Hoje a ciência prova que cada ser humano é uma fonte de energia. Por sua vez, Divaldo Pereira Franco, o grande tribuno espírita, nos afirma e uma de suas brilhantes palestras: “Se o individuo é um ser, uma energia, seu corpo é um não ser, é sombra. Quando o não ser se desarticula ele se liberta. Quando a sombra se dilui e desaparece, a energia vibra. Se olharmos um raio de luz, por exemplo, veremos que tem variações, porque é constituído de energia e corpúsculos. Energia é matéria, que se transforma em energia”. Destas duas versões concluímos que somos uma energia que tanto pode pulsar no lado negativo quanto positivo, ou seja temos nosso lado Luz, mas também temos nosso lado Sombra. É como se fosse uma árvore em que para cada galho erguido para cima houvesse outro, equivalente, direcionado para baixo. Cada galho erguido para cima representa uma qualidade, ou seja, seu lado Sombra. Vibramos nosso lado Luz quando emitimos as ondas radiosas do amor e seus derivados, como o seja a compreensão, a bondade responsável, e, dentre outras, a ausência do egoísmo. Mas, vibramos também o lado Sombra quando emitimos as ondas magnéticas e deletérias da raiva, da inveja, do orgulho, ou, dentre outras, as da vingança. No entanto, toda vez que buscamos trabalhar nossas dificuldades com a coragem de nos aceitar como pessoa humana, mas ainda frágil em nossas assertivas, com direito de errar, mas que tem, também, o dever de levantar-se aprendendo com os próprios erros, a vida, inegavelmente, nos oferecerá oportunidades de transformações infindas, onde, reparando os desacertos, fortalecemos pouco a pouco a transição de nosso lado Sombra, em direção à Luz da evolução a que somos destinados. Santo Agostinho, venerado pro nossos irmãos católicos como Santo e pelo Espiritismo como Espírito de Luz, que inegavelmente é, há seu tempo tinha por hábito, a cada noite, refletir sobre todas as coisas boas que fizera durante o dia (lado Luz) dando-lhes continuidade no dia seguinte, e, obviamente, sobre as atitudes não tão boas que também praticara naquele mesmo dia (lado Sombra), pelas quais pedia perdão a Deus, dispondo-se a repará-las e corrigi-las no dia seguinte. Seria essa uma tarefa fácil?... Com certeza que não! Mas vale a pena tentar, até conseguir que a luz do galho de cima possa ir, aos poucos, diluindo a sombra correspondente ao galho de nossas iniqüidades representada pelo galho que fica exatamente abaixo. Esta inegavelmente é a maior e mais renhida luta da humanidade de todos os tempos, porque, quando Deus criou o Espírito que habita em cada um de nós, deu-nos também o livre arbítrio e a consciência que, habitando o mais profundo de nosso cerne, faz com que cada um de nós, de alguma forma, saiba o que é certo. Na questão 321 do O Livro dos Espíritos, Kardec interroga aos Espíritos venerandos: “Onde está escrita a Lei de Deus?” e a resposta sucinta como a verdade: “Na Consciência”. E cristo, o Maior Psicoterapeuta da Humanidade, afirmou: “Mais se dá a quem mais quer e mais se pedirá a quem mais se deu.” É de se pensar que talvez por fora dessa mesma frase, erroneamente, nos acovardamos e nos negamos a enfrentar de perto a responsabilidade de se buscar saber mais, evoluir, pois que isto, se por um lado nos leva à evolução, em contrapartida nos dá uma responsabilidade que Bipolaridade – Nosso Lado Sombra e Luz não queremos assumir, até porque... “O conhecimento se volta contra nós porque perdemos a capa protetora da amoral” No entanto, enquanto não enfrentamos de perto esta luta continuaremos nesta bicorporeidade cujo lado Luz pouco se libertará da Sombra de nossas fraquezas e iniqüidades. Esta é uma não aceitação sem sentido, pois que hoje não podemos negar uma consciência cada vez mais esclarecida... O lembrete está no ar! A ciência, o Espiritismo e as filosofias espiritualistas, as mensagens televisivas e radiofônicas, especialmente da Rede Boa Nova de Rádio que possui uma programação voltada ao esclarecimento, as palestras e etc, tudo é fonte desse lembrete e, quer queiramos ou não, abastece de verdades insofismáveis esta mesma consciência que queríamos adormecida! E se é bom lembrar que “A cada um segundo as suas obras”, também é bom meditar que “Se somos filhos do mesmo Criador...logo...somos Luz...” falta acreditar! Doracy M. A. Mota

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A Crise de Valores na Sociedade Atual

Estamos no final de mais um século, século esse que proporcionou ao homem, graças ao seu esforço de pesquisa, um progresso surpreendente comparado com os séculos anteriores. A tecnologia, a cada dia mais sofisticada, a indústria e o comércio com novas dimensões, os meios de comunicação, rádio, televisão, o computador que revolucionou o mundo. O homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do Globo. Estamos praticamente no terceiro milênio com todos os recursos para vivermos de forma bem melhor. Mas, o homem é feliz? Ajustou-se a esse progresso como ser imortal? Infelizmente, o medo, a angústia, a depressão, aumenta e invade os corações da humanidade. O homem desconhecendo quem é, sua importância como Espírito imortal valoriza apenas as coisas materiais. Allan Kardec no cap. I do O Céu e o Inferno - O futuro e o nada -, dá-nos uma razão bem coerente sobre a angústia de todos aqueles que não acreditam na vida futura, no mundo espiritual. Eduardo Carvalho Monteiro em seu livro Allan Kardec – Um druida reencarnado relembra a passagem do enterro do Codificador – “No dia 2 de abril de 1869 cerca de mil e duzentas pessoas assistiam ao descenso dos despojos físicos do Codificador. O sr. Levant fala em nome da Sociedade Espírita de Paris: Será possível que Deus – exclama o orador, tenha chamado a si o homem que ainda poderia fazer tanto bem, a inteligência transbordante de seiva, o farol enfim, que nos libertou das trevas e nos fez entrever um novo mundo, muito mais vasto, muito mais admirável que o descoberto pelo gênio de Colombo? Novo Mundo esse que mal começara a nos descrever e do qual já pressentíamos as leis fluídicas e espirituais. Esta partida era, todavia, necessária. O mestre infatigável consegue finalmente um pouco de repouso. Em nome da Sociedade de Estudos Parisienses, não te dizemos adeus, mas até a vista, até logo. O mundo admirável que Kardec descreve é o mundo espiritual, a possibilidade de intercâmbio entre os chamados mortos e os encarnados, comprovando através da Codificação, a reencarnação, e com ela a possibilidade de evoluirmos. Mas a reencarnação não era uma novidade 3.000 anos antes de Cristo. As tradições egípcias falavam de reencarnação e diziam que “antes de nascer a criança já tinha vivido e que a morte não era o fim.” Encontramos na Bíblia várias passagens. No Novo Testamento Jesus afiança a Nicodemos que deveria nascer de novo. Annie Besant – Teósofa inglesa cita uma frase para profunda reflexão: “Excluindo a reencarnação do número de suas crenças, o mundo moderno arrebatou a Deus a sua Justiça e ao homem a sua esperança.” Foi no Concílio de Nicéia ano 325 que decidiu-se modificar, ou acrescentar textos nos Evangelhos e que a humanidade se desligasse da responsabilidade futura preocupando-se apenas com a existência atual, tornando-se egoísta e indiferente. Cabe, portanto, ao Espiritismo trazer novamente, com provas concretas que a vida continua, o espírito é imortal, retornará quantas vezes for necessário, até alcançar a perfeição relativa da qual nos falou Jesus.  Ana Gaspar

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As Leis Morais - Ana Gaspar

A liberdade de ação que a Doutrina Espírita permite, é uma forma de educar o espírito para o destino de evolução estabelecido pelas Leis Divinas. O livre arbítrio que nos acompanha desde a individualização espiritual, constitui o início de um longo caminho de aprendizado moral. Visto sermos herdeiros de nós mesmos, devemos pensar nas nossas ações, pois, o resultado delas é o fruto que um dia colheremos. A simplicidade deste mecanismo prova mais uma vez a grande sabedoria de Deus, que estabelece suas leis de forma clara a fim de que todos possam compreendê-las. Mas, o homem não entende, ou não se esforça para entender a justiça Divina. Como resultado desta postura, temos o nosso mundo habitado por uma maioria de espíritos em débito com as contas divinas. E, mais uma vez o contexto de vida com que nos defrontamos é a resultante da nossa postura frente à própria vida, muitas vezes vivenciando culpas e resgates dolorosos. Lembramos que a pedra basilar do Espiritismo é o Livro dos Espíritos, o primeiro da codificação que Kardec estruturou de forma tão grandiosa. A disposição didática que encontramos nesta publicação é exatamente para facilitar a compreensão dos ensinamentos dos espíritos que traduzem as Leis Divinas. O Livro dos Espíritos está dividido em quatro partes, abordando assuntos como: As Causas Primárias – Mundo Espírita ou dos Espíritos – As Leis Morais – Esperanças e Consolações. Especificamente, abordaremos aqui o livro terceiro que trata das Leis Morais. As orientações contidas nesta parte do livro são um roteiro seguro para o procedimento humano. Kardec não se preocupou apenas em transmitir conhecimentos a respeito da Natureza e do Mundo que nos envolve. Aprofundou-se nas questões morais, sabendo da necessidade que temos de melhorar nossos pensamentos e atitudes. O caminho do aprendizado moral é árduo porque o homem tem de lutar ao mesmo tempo contra a sua natureza íntima ainda imperfeita e aprender a conviver com os recursos naturais imprescindíveis à própria vida. A maioria das pessoas quer e fala de liberdade, seja de forma individual ou coletiva. Mas, o estado de liberdade implica em assumir responsabilidades, o que nem sempre é entendido. Quando o ser humano se depara com certas limitações que lhe tolhem desejos ou anseios, isto muitas vezes é conseqüência das Leis Divinas que o impedem de cometer ações que seriam motivo de comprometimento para o seu evoluir. A liberdade que detemos é proporcional ao nosso grau de evolução e isto traduz a bondade e sabedoria do Pai, que através de suas leis nos impõe restrições para que não venhamos a sofrer em demasia, pois, no estágio que nos encontramos atualmente, pensamos primeiro em liberdade e só mais tarde nos lembramos da responsabilidade. Mas, sabemos que não pode haver liberdade sem responsabilidade...Sempre que praticamos um ato, estamos inscritos na lei de causa e efeito e isto quer dizer assumir a responsabilidade da própria ação. Evoluir é tarefa difícil e demorada, dependendo de fatores como: aprimoramento da consciência, compreensão da lei de causa e efeito, vontade própria e outros mais. Kardec teve a capacidade de analisar estas circunstâncias e ofereceu à humanidade um código de preceitos embasados nas necessidades do próprio existir. As Leis Morais apresentadas no Livro dos Espíritos, são um poderoso auxiliar na conquista deste objetivo superior. As Leis Morais Atualmente, com o homem em estado de avançada tecnologia, é muito deprimente verificar que muitas das ações praticadas não dignificam o comportamento humano. Necessário, portanto, que as Leis Morais sejam lembradas e respeitadas, ajudando as criaturas a repensar os próprios atos. Para que possamos evoluir e nos preparar na direção das esferas mais elevadas, é imprescindível a moralização do comportamento humano, a fim de que o futuro não fique comprometido e lutas dolorosas não aconteçam. O estudo das Leis Morais, é um poderoso auxiliar, ajudando-nos a compreender a maneira mais sadia de atuar no palco da vida, onde todos nos encontramos em busca da melhoria espiritual. Mais uma vez, o nosso agradecimento ao trabalho humanitário de Kardec, que através de uma dedicação impar nos legou a Codificação, onde podemos encontrar os melhores conselhos e advertências no sentido de nos poupar de sofrimentos. Ana Gaspar
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Estudando Kardec


·      12/03/2014 - Por nossolar Em

A cada semana estaremos publicando um estudo de capítulos escolhidos dos livros da codificação – O Livro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns; O Evangelho Segundo o Espiritismo; A Gênese; O Céu e o Inferno.
Com este canal esperamos oferecer mais uma oportunidade de conhecimento da Doutrina Espírita.
Nesta Semana iniciamos O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Evangelho Segundo o Espiritismo publicado em abril de 1864.
Este livro é ele a bússola religiosa do Espiritismo.
Dedicado à explicação das lições e da moral do Cristo.
Todos os capítulos apresentam instruções passadas pelos Espíritos Superiores.
A leitura e o estudo são imprescindíveis aos espíritas, e a todos que se preocupam com a formação moral das criaturas, independente da crença religiosa. É fonte inesgotável de sugestões para a construção de um Mundo de Paz e Fraternidade.

Não vim destruir a Lei - Aliança da Ciência e da Religião - cap. I
Vamos encontrar nos Evangelhos de Mateus, 17; 10-13; Marcos, 18: 10-12, a passagem onde Jesus afirma: digo-vos, porém, que Elias já veio e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Então compreenderam os discípulos que de João Batista é que ele lhe falara.A reencarnação fazia parte dos dogmas judeus, sob o nome de ressurreição.
Somente os Saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As idéias dos judeus sobre essa questão, como sobre muitas outras, não estavam claramente definidas, porque só tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles acreditavam que um homem podia reviver, sem terem uma idéia precisa da maneira porque isso de daria, e designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo chamava, mais justamente, de reencarnação.
Com efeito, a ressurreição supõe o retorno à vida do próprio cadáver, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já estão há muito dispersos e consumidos. A reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corpórea, mas num outro corpo, novamente constituído e que nada tem a ver com o artigo.A idéia da reencarnação é muito antiga, mas foi o Espiritismo quem criou, como muitos afirmam. No antigo Egito, 3.000 anos a.C. as tradições desse povo já afirmavam "que antes de nascer a criança já tinham vivido e que a morte não era o fim". No Papyrus Anana de 1320 a.C. a reencarnação era retratada com uma clareza surpreendente, chegando a dizer que "o homem volta à vida várias vezes, mas não consegue recordar-se das existências prévias, exceto de vez enquanto, em um sonho sou pensamento relacionado a alguns acontecimentos duma vida anterior..."Na Cabala, doutrina judaica esotérica sobre Deus e o Universo, surgida 200 anos a.C., estuda a teologia e filosofia dos hebreus.
Na Cabala a criação é um ato de amor e virá o tempo que Deus receberá de novo a todos e a vida será uma festa eterna, aceitam a reencarnação. Annie Besant, teosofista inglesa, escreveu o livro A Sabedoria Antiga e lá deparamos com a frase muito importante: " Excluindo a reencarnação do número de suas crenças, o mundo moderno arrebatou a Deus a sua Justiça e ao homem a sua esperança".Psicoterapeutas atuais como Dra. Edith Fiori comprova a reencarnação através de seus pacientes e demonstra em seu livro Possessão Espiritual.
O mesmo faz a Dra. Helen Wambach no seu livro Vida antes da Vida, que aconselhamos as pessoas que se interessam por esse lado mais científico e menos filosófico. Os espíritas, além de aceitarem todas essas comprovações e afirmações mais variadas de épocas remotas de forma filosóficas e compreendendo que Deus é Pai de amor, justiça e bondade, vê na reencarnação o único modo de evolução, aperfeiçoamento para o espírito desde que é criado como princípio espiritual.
Essa compreensão afasta a idéia de prêmio ou castigo na lei de causa e efeito e sim no aspecto de burilamento para sua perfeição. E encerramos este pequeno trabalho com esta frase de Herminio Miranda: Em cada encarnação de purificação, pela correção dos desvios de comportamento.

Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. 2– O Ponto de Vista
A análise de Kardec é perfeita sobre os diversos ângulos que o mesmo ponto dá a cada um e conforme a sua maneira de interpretar e entender o que vê e como será a vida futura.
“Para aquele que se coloca, pelo pensamento, na vida espiritual, a vida corporal não é mais do que rápida passagem, uma breve permanência num país ingrato. A morte nada tem de pavoroso, não é mais a porta do nada, mas a da libertação, que abre para o exilado a morada da felicidade e da paz. Pela simples dúvida sobre a vida futura, o homem concentra todos os seus pensamentos na vida terrena. Incerto do porvir dedica-se inteiramente ao presente. Não entrevendo bens mais preciosos que os da terra, ele se porta como a criança que nada vê além dos seus brinquedos e tudo faz para os obter sob o ponto de vista da vida terrena, em cujo centro se coloca tudo se agiganta ao seu redor. O mal que o atinge, como o bem que toca aos outros, tudo adquire aos seus olhos enorme importância.
É como o homem que, dentro de uma cidade, vê tudo grande em seu redor: os cidadãos eminentes como os monumentos; mas que, subindo a uma montanha, tudo lhe parece pequeno. Assim acontece com aquele que encara a vida terrena do ponto de vista da vida futura: a humanidade, como as estrelas no céu, se perde na imensidade ele então se apercebe de que grandes e pequenos se confundem como as formigas num monte de terra; que operários e poderosos são da mesma estatura; e ele lamenta essas criaturas efêmeras, que tanto se esfalfam para conquistar uma posição que os eleva tão pouco e por tão pouco tempo."O ponto de vista da vida futura nos incentiva a construir hoje para possuir paz amanhã; a entender as injustiças aparentes e perde-se o desejo obsessivo de termos tudo na vida presente. Aceitar a dor sem desequilíbrios a visão da morte não será mais aterradora "apenas uma porta que permite entrarmos na vida espiritual", assim como foi colocado no começo deste texto.Para encerrar essa mensagem gostaríamos de apresentar o livro Os Mortos Nos Falam escrito pelo Padre François Brune, já em 2ª edição e que teve imensa repercussão quando lançado aqui no lado ocidental do mundo.
É o autor que diz- Escrevi este livro para tentar derrubar o espesso muro de silêncio, de incompreensão, de ostracismo, erigido pela maior parte dos meios intelectuais do ocidente. Para eles dissertar sobre a eternidade é tolerável; dizer que se pode entrar em comunicação com ela é considerado insuportável.

Podemos assim avaliar um outro ponto de vista, o de um padre que afirma em seu livro no início do 3º capítulo: - Todos os cemitérios estão vazios. Isto nunca será repetido o bastante. Mais exatamente: os túmulos não contêm mais do que velhas vestimentas em processo de decomposição.
Bibliografia Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec, Allan
Os Mortos Nos Falam, Brune, Pe. François Charles Antoine

O Livro dos Espíritos
Publicado em 18 de abril de 1857
Considerado o livro básico da Filosofia Espírita, o marco inicial, contém os princípios fundamentais do Espiritismo, tais como foram transmitidos pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec por meio de vários médiuns.
Os ensinamentos deste livro conduzem o homem à redescoberta de si mesmo, no campo Espiritual, fornecendo-lhe recursos para que compreenda, sem mistério, quem é, de onde veio e para onde vai. Nele se cumpre a promessa do Consolador.
O início de uma compreensão raciocinada da fé em Deus.

Natureza das Penas e Gozos Futuro- analise das questões 965 a 982
Após a morte a vida prossegue para o espírito com a mesma intensidade e vamos deparar com as consequências de nossos atos e pensamentos. O homem pela falta de conhecimento julga os sofrimentos e recompensas como algo material; não podem ser materiais, desde que a alma não é de matéria.
Essas penas e esses gozos nada têm de carnal e por isso mesmo são mil vezes mais vivos do que os da Terra.
A Felicidade dos bons espíritos consiste em conhecer todas as coisas: não conhecem o ódio, o ciúme, a inveja, nem angustia e sofrimentos da vida material. Entre os perfeitos e os maus há uma infinidade de graus.
Os espíritos puros compreendem Deus e o auxilia na construção dos mundos e a supervisioná-los. Quanto aos espíritos inferiores o sofrimento é interno; aí também existem graus, mais e menos penosos. Comprazem-se em tirar do caminho do bem os que tentam melhorar, principalmente os encarnados. O maior sofrimento para eles é o de imaginar que esse sofrimento é eterno.
A idéia do inferno, do fogo eterno é muito antiga e o inferno cristão é cópia do inferno pagão. Geeno era o inferno dos antigos hebreus, sete séculos a.C. Homero, poeta e historiador grego 600 anos a.C. já citava o fogo eterno. Virgílio, poeta latino, guia de Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia, também falava do fogo eterno. As visões de Dante sobre o Inferno -Céu e Purgatório, segundo Kardec traduzem o que acreditamos ver e a influência muito grande da época ( A Divina Comédia, foi escrita em 1314 a 1321).
Esse tipo de orientação jamais conseguiu refrear os instintos inferiores, somente a fé raciocinada é que consegue. Na concepção da Doutrina Espírita esses sofrimentos são temporários. Podemos verificar na última parte do livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec, inúmeros depoimentos de espíritos que falam sobre seus sofrimentos após a morte e a grande esperança em futuras reencarnações. André Luiz no livro Os Mensageiros, cap. 22 , " Os que dormem".
Diz André Luiz que num grande salão vê 2.000 espíritos em sono profundo, com fisionomia desagradável, são aqueles que nunca fizeram o bem, outros por indiferença e comodismo não acreditavam na vida após a morte, estão magnetizados pelas próprias concepções negativistas.
Só que cada um traz dentro de si os momentos dolorosos e graves que haviam provocado.
Crimes, indiferenças, irresponsabilidade no lar com os filhos e familiares. Irão despertar um dia e regressarão a reajustes necessários. Evidentemente todos serão felizes um dia, pois para isso fomos criados. O sofrimento age como um tratamento e um despertamento aos espíritos mais endurecidos.

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Evangelho no Lar

  • 03/04/2013
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  • Por nossolar
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  • Evangelho no Lar











    Fazendo uso das facilidades que os meios de comunicação nos oferecem, estamos presentes, nesta página, para falar do Evangelho: a mensagem que venceu o tempo conservando-se tão atual como no tempo em que Jesus se manifestou.
    Depois que Jesus proferiu o Sermão da Montanha, Ele dirigiu-se aos apóstolos dizendo-lhes: “Ide pelo Mundo e pregai a minha palavra a toda criatura”, e ainda em outra oportunidade, o Mestre, para fortalecer o ânimo daqueles que ouviam, assegurou que sempre estaria presente, até o fim, até a consumação dos séculos.
    A promessa feita pelo Mestre de que estaria sempre conosco confirma-se plenamente, pois, é fato inconteste que Ele continua nos envolvendo e orientando. Mas é necessário abrir as portas do coração para que a terapia do amor, pregada por Jesus, possa penetrar o nosso íntimo.
    A civilização atual, um tanto aturdida pela rapidez tecnológica e às vezes esquecida da conduta moral, está necessitando, urgentemente, de um acompanhamento seguro que norteie sua conduta. Achamos que o momento é oportuno para relembrar os encontros ocorridos com Jesus e os apóstolos. Nessas ocasiões, Jesus falava com bondade orientando as consciências, ainda incertas, no campo das verdades maiores.
    Muitas vezes, na casa de Simão Pedro, O Mestre falou sobre as Escrituras, esclarecendo os familiares do apóstolo e todos que ali se encontravam. Sequiosos, todos lhe ouviam a palavra edificante e Jesus os convidava ao diálogo amoroso, despertando-lhes o desejo de aprender.
    A família humana ainda se conserva carente de conhecimento espiritual. Vamos então, convidar Jesus para que Ele adentre o nosso lar, assim como aconteceu na casa de Simão Pedro. Para que isto aconteça não existe fórmula melhor do que realizar O Evangelho no Lar. Em muitos lares as famílias já realizam este estudo, recolhendo os benefícios do esclarecimento que a luz do Evangelho oferece por meio da reflexão em família.
    O Evangelho no Lar é o reviver dos encontros de Jesus, que considerava o berço doméstico como verdadeira escola de almas. Escolhendo um dia na semana, com horário determinado, a família se reunirá de forma natural e simples, sem necessidade de qualquer aparato, mas com o coração aberto para penetrar os ensinamentos do Mestre, despertando a semente Divina que há no imo de cada um.
    A Cada semana apresentaremos uma família que abrirá as portas do seu lar, permitindo-nos acompanhar o seu momento de estudo por meio do Evangelho no Lar.
    Disse Jesus: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ai estou no meio deles”. (Mateus 18:22)
    O Evangelho no Lar possibilita atender as orientações de Jesus, porquanto se destina ao estudo dos Evangelhos, a fim de melhor compreender os seus ensinos e praticá-los.
    Permite um momento de comunhão de idéias e sentimentos entre os familiares e Jesus, objetivando a conquista da harmonia da família.
    Permite ainda a formação de um ambiente de paz, propício à elevação espiritual.
    Durante O Evangelho no Lar, deve-se estudá-lo metodicamente. Para tal aconselha-se que esse estudo seja feito através da obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, porque explica claramente inúmeras passagens evangélicas.
    Por este motivo, nessas reuniões, o Evangelho deve ser lido e estudado de forma e seqüente.
    Desaconselha-se a sua leitura abrindo O Evangelho ao acaso, evitando-se assim, criar crendices supersticiosas, de que procedendo, os Espíritos abrem na página apropriada para quem o abre, ou para os presentes, pois sabemos que em todas as demais páginas, nos advertem e nos orientam com toda a objetividade.
    Lembremo-nos de que O Evangelho no Lar visa possibilitar-nos maiores conquistas morais e espirituais, com ele conseguimos mais facilmente a nossa reforma íntima, o que facilita expurgar as crendices e as superstições que ainda nos acompanham e que tanto nos têm prejudicado.
    O Evangelho no Lar deve revestir-se da maior simplicidade, sem uso de qualquer forma exterior, o que daria um cunho de liturgia e de ritual, incompatíveis com o ensino de Jesus e da Doutrina Espírita.
    Para a reunião deve-se obter o consenso dos familiares (mas o Evangelho no Lar também pode ser praticado por apenas uma pessoa, caso os familiares não queiram participar), convidando-os a estabelecer para tal um dia da semana, qualquer dia, mas sempre o mesmo. Também se escolherá uma hora, para que estejam presentes, evitando-se assim assumir outro compromisso para aquele dia e hora.
    A reunião se processará da seguinte forma:
    1- Prece inicial: simples, breve, objetiva, de maneira que o coração fale mais alto do que as palavras.
    2- Leitura de pequeno trecho do Evangelho: Lido sempre de forma seqüente e metódica.
    3- Comentar o trecho lido: comentar não é discutir, e sim expor o pensamento de cada um, da maneira como entendeu. Todos devem participar.
    4- Vibrações: Com o recolhimento interior, emitir pensamentos e sentimentos elevados em favor dos que sofrem e para harmonização dos lares desajustados. Vibrar para o próprio lar.
    5- Prece e encerramento: as mesmas recomendações feitas para a prece inicial.
    As preces, a leitura e as vibrações podem ser feitas em rodízio.
    O Evangelho no Lar não é uma sessão mediúnica ou de cura. Estas devem ocorrer nas Casas Espíritas.
    O Evangelho no Lar é despojado de qualquer liturgia ou simbologia, por isso desaconselha-se o uso de velas, flores, toalhas brancas, defumadores, cujo uso passa a constituir uma cerimônia religiosa, um culto ou um ritual incompatíveis com a pureza do Cristianismo e da Doutrina Espírita.
    O Evangelho no Lar é, na verdade, uma Escola de Jesus em que se aprende a Amar o próximo como a nós mesmos, para amar a Deus sobre todas as coisas.
    Veja um exemplo de Evangelho on – line.
     http://nossolar.org.br/site/o-centro/evangelho-no-lar/