quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Tratamento dos cabelos com Argila

Argila nos cabelos

Muito se fala no tratamento de cabelos e a todo instante novas técnicas vão surgindo, mas as vezes, a matéria prima para o tratamento pode estar mais perto do que se imagina e, ao invés de utilizar máscaras importadas e caras, que tal conhecer os benefícios da argila.
A argila anda surpreendendo com suas técnica revulucionárias, a touca de argila branca, por exemplo, é uma delas, devolve a força para cabelos muito danificados.
Esta fazendo enorme  sucesso com o tratamento conhecido por marmorização, que recupera os fios sem vida e sem força por causa do excesso de química.
Cabelos com tintura ou virgens podem receber o tratamento. Os fios ganham elasticidade e, por mais danificados que estejam, passam a ter muito mais brilho.
A argila branca é a mais indicada para obter os efeitos, porque ajuda a repor a queratina perdida pelos cabelos danificados. Os efeitos duram cerca de um mês. Após o prazo, o ideal é refazer a aplicação.
A argila nos fios promove um tipo de peeling capilar, com ação bactericida, anti-inflamatória e anti-séptica. Rica em sais minerais como zinco, cálcio, potássio e ferro, além de eliminar as células mortas, ela faz uma limpeza profunda. Tem ainda propriedade tonificante, adstringente, hidratante, cicatrizante, nutritiva e claro, revitalizante. Os minerais encontrados nas argilas funcionam como potenciadores de determinados efeitos, conforme a sua concentração.
Um dos principais benefícios que a argila trás para os cabelos é a limpeza profunda, o cabelo recebe óleo mineral, que desobstrui os poros do couro cabeludo, fazendo com que os fios cresçam com mais força e mais rapidamente. É também uma maneira de diminuir a oleosidade dos fios, pois faz uma limpeza profunda nos cabelos.
O procedimento pode ser feito no salão ou até mesmo em casa. Os produtos são indicados para uso na face, no corpo e claro, no cabelo.
Basta apenas adicionar água e formar uma pasta. Depois, é só remover com água fria. A granulação do produto é fracionada para o uso estético e cosmético, com grãos uniformes e arredondados, para não machucar a pele.
Os tipos de argila mais usados para tratamentos capilares são os de cor verde,argila branca (ação tonificante, adstringente e estimulante) e preta (ação anti-seborréica e anti-oxidante). Essa última tem maior quantidade de matéria orgânica e enxofre e, por isso, é mais ácida.
O tratamento pode ser feito toda semana e não existe um número exato de aplicações para que o cabelo fique com aspecto melhor. O tempo varia de acordo com o estado em que o cabelo se encontra.
Quem optar fazer o tratamento no cabeleireiro pode achar o preço um pouco salgado. No salão, uma seção de argiloterapia pode custar entre R$ 130 e R $250. A aplicação pode demorar até 1h20, dependendo da extensão do cabelo.

Tipos de argila e aplicações:

ARGILA VERDE: rica em silício e diversos oligoelementos. Desinfiltra, é esfoliante suave, promove a desintoxicação e regula a produção sebácea.
Efeitos: desintoxicante e adstringente.

ARGILA BRANCA: rica em silício e alumínio e diversos oligoelementos. Promove aumento na oxigenação de áreas congestionadas, a uniformização pela esfoliação suave e regula a queratinização. Efeito: revitalizador.

ARGILA CINZA: rica em silício e alumínio e diversos oligoelementos. Efeitos: antiinflamatório e cicatrizante.

ARGILA VERMELHA: rica em silício e ferro e oligoelementos. Regula a microcirculação cutânea, sendo recomendada para peles sensíveis, com couperose e avermelhadas. Efeitos: regulador e tensor.

ARGILA AMARELA: rica em silício, alumínio e oligoelementos. Resulta em efeito tensor e ativador da circulação produzido pelo ferro, além do seu maior teor de potássio. Contribui para o equilíbrio iônico e hidratante do gel  celular. Efeitos: desinfiltrante, adstringente e desintoxicante.

ARGILA MARROM: rara, com elevado teor de silício, alumínio e titânio e outros oligoelementos. Resulta em efeito ativador da circulação, além de contribuir com um efeito equilibrador e revitalizador. Efeitos: desinfiltrante, adstringente e desintoxicante.

ARGILA PRETA: rara, com elevado teor de silício, alumínio e titânio e outros oligoelementos. Resulta em efeito ativador da circulação, adstringente além de contribuir com a renovação celular. Efeitos: anti-inflamatório, cicatrizante, tensor e desintoxicante.

Dica de receita de máscara capilar com argila. Ideal para cabelos oleosos

Máscara capilar é uma ótima opção para quem quer ter os cabelos bonitos sem gastar muito. Para quem tem cabelo oleoso, a dica é fazer uma máscara de argila.
Máscara de argila
Ingredientes:
2 colheres (sopa) de argila
1/2 xícara (chá) de água mineral sem gás
Como fazer: misture os dois ingredientes mexendo bem até ficar bem homogêneo.
Como aplicar: com o auxílio de um pincel, aplique essa pasta no couro cabeludo e nos cabelos previamente lavados com xampu para  cabelos oleosos. Deixe agir por 20 minutos. Retire a máscara com água corrente e lave os fios com xampu neutro. Se os cabelos estiverem muito ressecados nesse momento, após o xampu, aplique um creme hidratante e enxague completamente. Repita a aplicação uma vez por semana, durante seis semanas.

 http://dicastati.blogspot.com.br/p/argila-nos-cabelos.html

Benefícios da Argila!

A argila é ótima para cuidar da beleza, tanto em tratamentos estéticos como em terapias. Ela é um componente de origem mineral, coletada diretamente do solo, composta por alumínio (óxido de alumínio), sílica (óxido de silício) e água.
Benefícios da Argila
Além de tratamentos medicinais, a argila é usada em tratamentos estéticos para o corpo, pele e cabelo. Conheça seus benefícios:
·         Favorece a reprodução celular integral, afinando e clareando a pele.
·         Promove a esfoliação da pele e do couro cabeludo.
·         Absorve toxinas e impurezas.
·         Promove a reconstituição dos tecidos.
·         Faz desintoxicação metabólica capilar, facial e corporal.
·         Estimula o crescimento dos fios, pois atua na circulação.
·         Elimina a oleosidade da pele e cabelo.
·         Elimina bactérias e tem efeito calmante.
·         Suaviza e amacia a pele.

Tipos de Argila
Argila Verde
A argila verde é indicada para peles oleosas e com acne. Tem ação adstringente, tonificante, estimulante, secativa, bactericida, analgésica e cicatrizante se aplicada como máscara facial no tratamento de beleza.
Realiza um peeling natural, removendo o excesso de oleosidade da pele. Nutre os tecidos com sais minerais e absorve radiação solar, retardando o envelhecimento.
Argila Branca
A argila branca é indicada para peles sensíveis e desidratadas. Contém o maior percentual em alumínio e seu pH é muito próximo ao da pele.
Seus benefícios são de clarear, absorver a oleosidade da pele sem desidratar, e ter ação suavizante e cicatrizante. Apresenta ação tensora branda e, portanto, pode ser usada em todos os tipos de pele, especialmente nas expostas demasiadamente ao sol.
Argila Rosa
A argila rosa é a mistura da argila branca com a vermelha. Por ser mais suave, a argila rosa é indicada para as peles sensíveis e delicadas. Ela possui ação desinfetante, cicatrizante e suavizante. A argila rosa é rica em ferro, e muito boa para aplicação de máscara facial, corporal e capilar.
Ao mesmo tempo em que absorve as toxinas e o excesso de oleosidade, fornece os minerais necessários para devolver o viço e o brilho natural de sua pele e cabelos, tornando-os sedosos e macios.
Argila Cinza
A argila cinza é indicada para peles oleosas e com manchas.
Devido ao titânio presente em sua composição, combate espinhas, cravos e é um excelente esfoliante. A argila cinza é antioxidante natural, retardando o envelhecimento da pele. É reguladora da seborréia capilar, absorve a irradiação solar, é clareadora de manchas e pode ajudar na redução do peso e medidas.
Argila Preta
A argila preta é a mais nobre de todas, pode ser encontrada também como lama vulcânica. É muito utilizada para a desintoxicação da pele, principalmente peles oleosas.
Tem ação antiinflamatória, anti-artrósica, absorvente e anti-stress. Devido ao alto teor de alumínio e silício e baixo percentual de ferro, pode ser usado tanto para cosmética como
para tratamentos de doenças. É um excelente agente rejuvenescedor.
Como Usar a Argila
·         Importante: Antes da aplicação, a pele deve estar limpa e sem maquiagem.
·         Pegue Uma colher de sopa de argila em pó (são mais fáceis de encontrar a verde e a branca).
·         Adicione água mineral ou chá de camomila (temperatura pode ser morna), até obter uma consistência pastosa e grossa.
·         Aplique no rosto, evitando a região dos olhos e lábios. Se você usar a argila verde, vai sentir a pele repuxar e pinicar: isso é normal. Retire com água assim que secar. Você vai notar que a pele ficou vermelha, uma vez que a argila ativa a circulação.
·         Enxugue o rosto delicadamente e não use cremes ou maquiagem nas próximas duas horas.
Como Comprar a Argila
A argila pode ser comprada em forma de cosmético ou em pó. Você encontra a argila em pó em casas de produtos naturais, supermercados e farmácia de manipulação. Para compras online (prático e seguro), eu recomendo a Natue (a última vez que chequei eles tinham uma argila rosa orgânica ótima, além de vários outros produtos com argila).
·         1. Argila thermal branca 2k asp. cosmética
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Quais os benefícios da argila verde

Existem vários elementos naturais que podemos usar em nossa pele de forma a melhorar seu aspeto e proporcionar-lhe vários benefícios, tais como limpeza em profundidade, redução de vermelhidão, atenuação de marcas de idade, entre outros. A argila é um desses elementos cuja utilização em nosso corpo representa muitas vantagens, podendo ser aplicada nocabelorosto e corpo. Existem várias cores de argila e a mais utilizada é a verde, e se você está curiosa acerca de quais os benefícios da argila verde, continue lendo este artigo de umComo.com.br para descobrir!
1.    A argila é um ingrediente mineral natural proveniente do solo e originada pela degradação de rochas. Como tal, possui compostos derivados de alumínio, magnésio, cálcio, potássio, ferro, sílica e vários minerais.
2.    A argila verde deve a sua coloração à existência de óxido de ferro e vários minerais, sendo no grupo das argilas a que possui maior concentração de elementos. Pode ser ingerida, de forma a eliminar impurezas no organismo, ou utilizada na pele em forma de máscara.
3.    Este tipo de argila tem um poder absorvente, revitalizante, regenerador, desintoxicante, exfoliante, cicatrizante, anti-séptico, combate as bactérias e, por ser um peeling natural, elimina a oleosidade e impurezas da pele. Razões suficientes para realizar máscaras de argila com frequência, certo?
4.    Assim sendo os principais benefícios do uso da argila verde prendem-se com o seupoder de limpeza em profundidade. Quando usada a longo prazo, esta argila, devido ás suas propriedades esfoliantes e secantes, irá reduzir os pontos negros e borbulhas em seu rosto. Graças à ação adstringente, ajudará a fechar os poros.
5.    Por todas estas características, a argila verde é a mais indicada para pele oleosa e com acne. Pode e deve ser aplicada em pele jovem de forma a retardar as marcas de envelhecimento e promover uma pele limpa e saudável desde cedo.
6.    Se deseja ler mais artigos parecidos a quais os benefícios da argila verde, recomendamos que entre na nossa categoria de Cuidados da pele ou que se inscreva no nosso boletim de novidades.



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A profissionalização e o facilitador!

por Antonio Luiz de Paula e Silva diretor executivo do Instituto Fonte de 2004 a 2006
O que é "profissionalização"? O que implica profissionalizar uma iniciativa social? Qual o papel do facilitador neste processo? Questões como estas são matéria-prima para reflexões deste editorial. A palavra “profissionalização” tem ocupado cada vez mais espaço no vocabulário de muitas iniciativas sociais. De fato, parece que no curso de seu desenvolvimento, é necessária a incorporação de algo novo e esse algo novo é expresso com a palavra “profissionalização”. No entanto, seu entendimento ainda está sendo construído. Uma possível concepção de profissionalização está relacionada à ideia de boas práticas. Uma iniciativa social que se profissionalizou é aquela que passou a adotar um conjunto de práticas consideradas “excelentes” no meio em que ela se insere. Boas práticas têm a ver com a presença de um conselho, a incorporação de avaliação sistemática, realização de planejamento estratégico, gestão financeira baseada em orçamento e controle intensivo de custos, contratação de um captador de recursos e daí por diante. A partir desse ponto de vista, profissionalizar é preencher uma série de requisitos. Esses requisitos muitas vezes são estabelecidos de fora para dentro. Algumas organizações financiadoras, por exemplo, trabalham com esses requisitos em mente e, conscientemente ou não, acabam por projetá-los nos seus parceiros esperando que eles atendam às suas expectativas. Isso costuma gerar sofrimento. É como se um adulto esperasse de um jovem adolescente que ele tivesse o comportamento de uma pessoa madura. É comum, a partir desta concepção de profissionalização baseada em boas práticas, que se espere um comportamento pré-determinado de pessoas e organizações. Um doador trabalhando com oito parceiros diferentes esperará que todos adotem as mesmas práticas de gestão, por exemplo. Porém, isso pode causar distanciamento e até uma profunda incompreensão mútua. Para lidar com isso, líderes de iniciativas sociais acabam adotando um novo tipo de discurso, orientado às expectativas de seus parceiros, sem, entretanto, alterar suas premissas significativamente. Profissionalização pode também ser entendida como uma etapa, uma fase no desenvolvimento de uma organização. Assim como uma pessoa passa por fases no decorrer de sua vida (infância, adolescência e idade adulta), também uma iniciativa social percorre um caminho de amadurecimento no decorrer da sua história. Um novo estágio contém premissas diferentes do estágio anterior. A passagem para um novo estágio de desenvolvimento pressupõe o abandono de premissas que não servem mais e a adoção de uma nova mentalidade. Essa passagem pode ser permeada por uma crise, com diferentes proporções. Uma crise não assumida costuma se tornar percebida por pelo menos duas maneiras: desentendimentos e falta de dinheiro. Quando esses sintomas aparecem pode ser indício de que algo estrutural precisa ser revisto. Em termos de desenvolvimento, não se pode pular etapas. Nenhuma criança pode pular a adolescência no afã de se tornar adulta. Se o fizer, gerará uma patologia. Sob essa concepção, um estágio de profissionalização tem a sua hora certa para acontecer, bem como seu caminho próprio, para cada iniciativa social. E esse processo se dá de dentro para fora. Uma profissionalização começa a ser considerada numa iniciativa social quando começa a ficar evidente que uma fase pioneira, empreendedora, patriarcal ou matriarcal está chegando ao seu limite. O grupo (ou indivíduo) fundador começa a não dar mais conta das demandas que vêm a ele, a sua equipe deseja cada vez mais incorporar novas idéias à atuação institucional, o desejo de crescer se contrapõe ao excesso de atribuições, a maneira centralizada de decidir torna-se muito lenta e confusa, a improvisação não dá mais os resultados esperados, as formas “familiares” de formação de equipe geram desconfiança na capacidade das pessoas, regras e políticas mais claras são consideradas necessárias, emergem dúvidas sobre o sentido das ações sendo feitas. Tudo isso pode acontecer simultaneamente ou aos poucos, diferente em cada caso, gerando incerteza e insegurança. Profissionalizar é, portanto, um processo, a construção de uma maneira de responder de forma adequada a uma conjuntura mais complexa. Nesse processo, um novo conjunto de premissas deverá ser assumido com consciência, de modo que se sustente e não, ao contrário, aprofunde uma situação crítica. Novas premissas tendem a reequilibrar as tensões entre centro e periferia, formalidade e informalidade, planejamento e improvisação, resultado e processo, pessoalidade e impessoalidade, forma e conteúdo, ação e aprendizagem, entre outras. O papel do facilitador é contribuir com que o grupo responsável por uma iniciativa social dê um passo adiante em seu próprio desenvolvimento. Ele pode, com perguntas, ajudar as pessoas a se dar conta das premissas que vêm adotando e suas conseqüências. Quando ganham compreensão sobre a relação entre o seu modo de agir e a situação em que se encontram, as pessoas podem sair da posição de vítimas e assumir responsabilidade pelo que estão vivendo. O facilitador deve tornar mais fácil o movimento de dentro para fora e a expressão do potencial existente em cada iniciativa.

TRABALHO EM EQUIPE - GÊNESE DO CONCEITO

TRABALHO EM EQUIPE
Marina Peduzzi

GÊNESE DO CONCEITO
No campo da saúde o ‘trabalho em equipe’ emerge em um contexto formado por três vertentes: 1) A noção de integração, que constitui um conceito estratégico do movimento da medicina preventiva nos anos 50, da medicina comunitária nos anos 60 e dos programas de extensão de cobertura implantados no Brasil nos anos 70; 2) As mudanças da abordagem de saúde e de doença que transitam entre as concepções da unicausalidade e da multicausalidade; 3) As conseqüentes alterações nos processos de trabalho com base na busca de ampliação dos objetos de intervenção, redefinição da finalidade do trabalho e introdução de novos instrumentos e tecnologias.
No processo de emergência da medicina preventiva, nos anos 50, nos EUA, propõe-se um projeto de mudanças da prática médica, com uma redefinição radical do papel do médico, incorporando, pela primeira vez, em propostas curriculares de ensino de graduação, a idéia de trabalho em equipe multiprofissional liderada pelo médico (Arouca, 2003; Silva, 2003). Além da integração da medicina preventiva às demais especialidades, este movimento adota um novo conceito de saúde e doença, no qual a saúde é um estado relativo e dinâmico de equilíbrio e a doença é um processo de interação do homem com os agentes patogênicos e o ambiente. Esta concepção de saúde e doença está ancorada no paradigma da história natural das doenças, proposto por Leavell e Clark que assumem a definição de saúde preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta organização internacional, em 1946, adota o conceito global e multicausal de saúde que a define como o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade. As práticas de saúde passam a ser reorientadas no sentido da obtenção de um estado ‘global’ de saúde com a prevenção das doenças e a recuperação ‘integral’ do paciente.
No que se refere ao modelo de causalidade do processo saúde-doença, a medicina preventiva liberta-se da unicausalidade, fundamentada na bacteriologia, pois se tornara insustentável explicar a doença como o efeito da atuação de um agente patogênico, e adota o modelo da multicausalidade. (Facchini, 1993)
Assim, a idéia de equipe de saúde aparece respaldada principalmente pela noção de atenção integral ao paciente, tendo em conta os aspectos preventivos, curativos e de reabilitação que deveriam ser contemplados a partir dos conceitos de processo saúde-doença, de história natural das doenças e da estratégia de integração. Porém, mantém-se a centralidade do trabalho médico, em torno do qual outros trabalhos especializados se agregam.
Também na área de enfermagem a proposta do ‘trabalho em equipe’ surge na década de 1950, nos EUA, através de experiências realizadas no Teacher's College da Universidade de Columbia, que preconizam a organização do serviço de enfermagem com base em equipes lideradas por médicos. Esse modelo de organização do trabalho de enfermagem expressa tanto uma crítica ao modelo funcional, centrado na tarefa em detrimento do paciente, bem como a busca de solução para a escassez de pessoal de enfermagem nos anos pós Segunda Guerra Mundial (Almeida & Rocha, 1986; Peduzzi & Ciampone, 2005).
Em ambas as áreas, medicina e enfermagem, buscam-se alternativas para o problema crescente dos custos da atenção médica. Segundo Donnangelo e Pereira (1976), os custos médicos progressivos, em grande parte decorrentes da incorporação do custo dos produtos industriais, farmacêuticos e equipamentos ao valor do cuidado médico, introduzem um dos elementos contraditórios da prática médica em seu processo de extensão, ou seja, ampliação quantitativa dos serviços com a incorporação crescente da população.
A medicina comunitária emerge e se difunde como parte do processo de extensão da prática médica e de controle dos custos e configura como objeto de intervenção as categorias sociais até então excluídas da atenção à saúde, “a pobreza constitui, por excelência, o objeto atribuído à medicina através desse novo projeto” (Donnangelo & Pereira, 1976, p. 72). Por outro lado, essa extensão requer uma nova estruturação dos elementos que compõem a prática médica, sobretudo uma forma distinta de utilização do trabalho médico, o que se fará através da incorporação do trabalho auxiliar de outras categorias profissionais, configurando uma prática complementar e interdependente entre os distintos trabalhadores de saúde. O processo de divisão de trabalho por meio do qual se dá essa distribuição de tarefas ocorre no interior de um processo social de mudanças da concepção de saúde e doença, já referido anteriormente, que é acompanhado de alterações introduzidas nos processos de trabalho e no modelo assistencial.
Portanto, o ‘trabalho em equipe’ não tem na sua origem apenas o caráter de racionalização da assistência médica, no sentido de garantir a melhor relação custo-benefício do trabalho médico e ampliar o acesso e a cobertura da população atendida, mas também responde à necessidade de integração das disciplinas e das profissões entendida como imprescindível para o desenvolvimento das práticas de saúde a partir da nova concepção biopsicossocial do processo saúde-doença.

SEU DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
As mudanças nas políticas de saúde, nos modelos assistências e nas políticas de recursos humanos em saúde influenciaram o desenvolvimento da concepção de ‘trabalho em equipe’.
Desde meados dos anos 70, o debate em torno das políticas de saúde e de recursos humanos, considerando o perfil de necessidade de saúde da população brasileira, apontava a crítica à formação especializada e curativa dos profissionais de saúde e a necessidade de incentivar a utilização de métodos que estimulassem a atuação multiprofissional. Também assinalavam o problema da predominância de pessoal de nível superior, em particular de médicos, e de pessoal sem qualificação técnica formal, configurando a denominada equipe bipolar médico-atendente. Porém, somente a partir de meados dos anos 80 a tendência à bipolaridade das equipes de saúde é revertida, aumentando a presença de profissional de nível médio, sobretudo auxiliares de enfermagem, e de outros profissionais de nível superior não-médicos, configurando a possibilidade de trabalho em equipes multiprofissionais mais complexas e qualificadas (Machado et al., 1992).
As políticas de recursos humanos em saúde, para as quais a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, representa uma inflexão importante, enfatizam cada vez mais a ‘equipe de saúde’ como unidade produtiva em substituição ao trabalho independente e isolado de cada profissional em separado.
Nos anos 90 voltam a se intensificar os debates sobre a atenção integral agora em torno da noção de integralidade da saúde que aponta para uma concepção alargada no sentido da apreensão e reposta ampliada e contextualizada para as necessidades de saúde dos usuários e população de um dado território (Mattos, 2004). Esta noção de integralidade requer de forma mais objetiva e intensa a atuação profissional na modalidade de trabalho em equipe, com a inclusão de um leque variado de profissionais que podem contribuir na construção de saberes e práticas que vão além do modelo biomédico, abarcando as múltiplas dimensões da saúde.
A introdução do Programa de Saúde da Família (PSF), em 1994, como estratégia de reorganização da atenção à saúde, destaca o trabalho em equipe como pressuposto e diretriz operacional para a reorganização do processo de trabalho em saúde. Especificamente quanto à atenção primária, Starfield (2002) aponta que, embora o ímpeto inicial para o trabalho em equipe tenha sido aumentar o potencial dos médicos da atenção primária, cuja oferta era baixa, outros imperativos agora estão à frente, pois o envelhecimento da população e o aumento das doenças que duram mais ou recorrem mais freqüentemente têm criado a necessidade de uma abordagem de atenção primária mais ampla e qualificada, o que sustenta o movimento em relação ao ‘trabalho de equipe’ nos vários países.
Por outro lado, a proposta do ‘trabalho em equipe’ também é reforçada pela crítica aos modelos clássicos de administração que se estende pelos diversos setores da produção inclusive ao setor saúde, sobretudo a crítica à rígida e excessiva divisão do trabalho, à fragmentação das tarefas e à despersonalização do trabalho (Martins & Dal Poz, 1998; Campos, 2000). Cabe, contudo, apontar as especificidades do ‘trabalho em equipe’ no campo da saúde, dado o seu caráter de prestação de serviços, e, especialmente, as características do próprio processo de trabalho em saúde, quais sejam: a complexidade dos objetos de intervenção, a intersubjetividade, visto que o trabalho sempre ocorre no encontro profissional-usuário, e a interdisciplinaridade, características estas que requerem a assistência e o cuidado em saúde organizado na lógica do ‘trabalho em equipe’ em substituição a atuação profissional isolada e independente.

EMPREGO ATUAL NA ÁREA DA SAÚDE

Na atualidade há um consenso em torno do ‘trabalho em equipe’ no setor saúde, porém ainda persiste e predomina uma noção de equipe que se restringe à coexistência de vários profissionais numa mesma situação de trabalho, compartilhando o mesmo espaço físico e a mesma clientela, o que configura dificuldades para a prática das equipes, visto que a equipe precisa de integração para buscar assegurar a integralidade da atenção à saúde.
Desde a segunda metade dos anos 90 tem aumentado a produção teórica sobre o tema, no país, incluindo o desenvolvimento de pesquisas empíricas que têm contribuído com subsídios para o debate e a prática das equipes nos serviços de saúde.
Peduzzi (1998, 2001) conceitua ‘trabalho em equipe’ multiprofissional como uma modalidade de trabalho coletivo que é construído por meio da relação recíproca, de dupla mão, entre as múltiplas intervenções técnicas e a interação dos profissionais de diferentes áreas, configurando, através da comunicação, a articulação das ações e a cooperação. Também estabelece uma tipologia de trabalho em equipe que não configura um modelo estático, mas a dinâmica entre trabalho e interação que prevalece em um dado momento do movimento contínuo da equipe: equipe integração e equipe agrupamento. No primeiro tipo ocorre a articulação das ações e a interação dos agentes; no segundo, observa-se a justaposição das ações e o mero agrupamento dos profissionais. A tendência para um desses tipos de equipe pode ser analisada pelos seguintes critérios: qualidade da comunicação entre os integrantes da equipe, especificidades dos trabalhos especializados, questionamento da desigual valoração social dos diferentes trabalhos, flexibilização da divisão do trabalho, autonomia profissional de caráter interdependente e construção de um projeto assistencial comum.
Fortuna (1999) e Fortuna et al. (2005, p. 264) conceituam o ‘trabalho em equipe’ como “uma rede de relações entre pessoas, rede de relações de poderes, saberes, afetos, interesses e desejos, onde é possível identificar processos grupais”. As autoras destacam a dinâmica grupal das equipes e propõem o reconhecimento e a compreensão desses processos grupais pelos seus integrantes como forma de construir a própria equipe, concebendo o ‘trabalho em equipe’ como as relações que o grupo de trabalhadores constroem no cotidiano do trabalho.
Ao analisar o gerenciamento do ‘trabalho em equipe’ de saúde, Campos (1997) sugere a aplicação dos conceitos de campo e de núcleo de competências e responsabilidades, o primeiro referido a saberes e responsabilidades comuns ou confluentes a várias profissões ou especialidades da saúde; o segundo, ao conjunto de saberes e responsabilidades específicos de cada profissão ou especialidade, de modo que o núcleo marcaria a diferença entre os membros de uma equipe.
Também Campos (1999) propõe a organização dos serviços de saúde segundo o conceito de equipe de referência com apoio especializado matricial. Nessa proposta, cada serviço (rede básica, serviços especializados, hospitais, outros) seria organizado por meio da composição de equipes de referência segundo três critérios: o objetivo da unidade, as características do local/território e os recursos disponíveis, de modo que um conjunto de usuários ou famílias seria adscrito a uma equipe básica de referência que contaria com o apoio de especialistas reunidos em uma equipe matricial. Cada equipe matricial serve de apoio para um determinado número de equipes de referência em uma dada localidade, ambas, com um caráter multiprofissional. A principal função dos profissionais e das equipes de referência seria elaborar e aplicar o projeto terapêutico individual. Esta proposta pressupõe três diretrizes: vínculo terapêutico, gestão colegiada e transdisciplinaridade, apostando no seu potencial para possibilitar a superação dos aspectos fundamentais sobre os quais repousa o modelo hegemônico – biomédico.
Para finalizar, destacam-se as relações entre as temáticas do ‘trabalho em equipe’ e a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, embora cada um desses temas tenha sua especificidade, bem como a imprecisão na utilização dessas terminologias no campo da saúde. De maneira geral, ora utilizam-se os prefixos multi, inter ou trans, ora os sufixos profissional ou disciplinar, mas os autores concordam sobre a importância de não desviar o foco da questão central que é a constituição de equipes de trabalho (Jacob Filho & Sitta, 2002; Iribarry, 2003; Ceccim, 2005).





segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Histórias da vida real

Esse espaço foi criado com o objetivo de compartilhar histórias reais de superação, de perseverança, exemplos de vida e até histórias ilárias mas que trazem uma lição de vida.  As vezes algumas histórias de superação ajudam outras pessoas a perceberem que não estão sozinhas e que sempre há esperança. Se você tem uma história e gostaria de compartilhar nesse espaço, envie para o e-mail: nadirrio@gmail.com e eu colocarei nesse espaço. Aviso: 1 - não posto em meu blog conteúdo impróprio; 2 - Preservarei o anonimato omitindo nomes verdadeiros. Anadja





18/07/2012

Divisor de águas
Tenho experienciado fatos que jamais esperei enfrentar na vida. Momentos de desespero por conhecer os detalhes que envolve as relações, por isso de certa forma ser tenho que ser  imparcial diante da clareza das minhas percepções. Ficar entre a cruz e a espada, o que fazer? me escondi num cantinho, sem querer falar com ninguém, qualquer lugar para mim era ruim, eu só queria meu cantinho para nele ficar até a chuva passar. Não sabendo o que fazer, não fiz nada e deixei que as coisas tomassem seu rumo natural. De alguma maneira, sempre tentei interferir nas coisas objetivando amenizá-las, torná-las mais leves, mas, desta vez não consegui. Sinto medo do amanhã, de mudar nessa altura de minha vida, medo de me tornar estorvo na vida das pessoas que amo, medo de abandonar meu cantinho. Descobri que em muitas coisas acontecidas, fatos ocorridos tenho boa parcela de culpa, responsabilidade, mas, também compreendi que nunca me escutaram de verdade! nunca tentaram entender meu modo de pensar, agir e ver as coisas, nunca se esforçaram verdadeiramente para fazer dar certo. Era eu e eu, e então a corda quebrou. Hoje, sinto vontade de gritar, chorar, morrer, fugir, chutar o pau da barraca...... mas, tenho escutado muito: recomeçar é importante, dar tempo ao tempo, tudo vai acabar bem, tenha fé e ore a Deus..... então me aquieto em nosso mestre Jesus e em Deus nosso criador. Me sinto as vezes injustiçada, as vezes culpada, revoltada, pois nada aconteceu ainda como eu gostaria: sempre quis viver com minha família em paz, harmonia, respeito, alegria, sempre acreditei que as pessoas podem ver o mundo com mais leveza, mais tolerância,  ledo engano o meu..... Não sei quanto ao amanhã. As vezes desacredito e as vezes tenho fé que ainda viveremos assim, como nos meus sonhos. Por ora, sinto uma dor na alma, estou longe de pessoas que amo. Parece até que tudo que fiz durante a vida nada restou, nada prestou, só sobreviveram a mágoa, o rancor, a intolerância, o radicalismo, a indiferença, sentimentos estes que acredito estar presentes na alma daqueles que amo. Estou vivendo num divisor de águas onde me restam dois caminhos: ou afundar nas minhas lágrimas e sucumbir, sumir, finalizar ou, levantar, renascer das cinzas,  juntar os caquinhos e recomeçar, desta vez com todos os cuidados para não cair nos mesmos erros. Quem sabe, no futuro, talvez eu veja meu sonho de família feliz realizado. No mais, continuo no meu cantinho.
Beija Flor

Hoje, 28/07/2012,
Foi um dos dias mais tristes da minha vida. Meu coração e minha alma estão dilacerados. Constatei que fui incapaz de cultivar, estabelecer a harmonia, a paz, a fé, a esperança, o respeito, a tolerância, e a união entre as pessoas que mais amo. Fase financeira super difícil para minha família. Não tenho mais direito de sair com meus filhos, fazer um lanche, ir ao cinema.... e ainda estou perdendo tudo que amo. As vezes penso que estou sendo castigada por coisas que talvez tenha feito, atitudes tomadas, ou seja, tentando acertar fiz tudo errado. Outras vezes penso que são provações que tenho que passar para poder me melhorar como pessoa e outras vezes acho que são propósitos que Deus tem para minha vida. Tendo que passar  por essas tribulações para dar vez a outras oportunidades, outros caminhos. Realmente não sei. No momento está tudo nebuloso, obscuro, incerto, indefinido. Tenho que reunir forças de minhas entranhas para tentar entender e superar essas tribulações. Não é fácil, não está sendo fácil. Estou me sentindo um lixo, um nada, um ser desprezível, impotente, indefesa, desnorteada, sem saber que rumo tomar. Só tenho uma certeza, que tudo passa e tento acreditar que de tudo isso trará boas lições de vida. No momento, só consigo chorar, lamentar.... e pedir muita força e sabedoria a Deus para atravessar essa turbulência.
Beija Flor

 Enquanto a farra com os desvio de dinheiro público acontece no País, leiam a situação de uma mulher que conheço, uma senhora de 60 anos, ela pediu para escrevermos esta carta e enviá-la a um programa de TV: Anadja


 20 de junho de 2012

Venho por meio desta carta  falar um pouco da minha história. Antes de falar  quero dizer que estou confiante  que Deus ouvirá minhas orações. Me chamo Iraci, tenho 60 anos, sou uma pessoa sofrida nesta vida. Sou órfã de pai e mãe, fui criada por pessoas desconhecidas desde os meus seis meses de idade. Nunca conheci meus pais biológicos até hoje. Sempre trabalhei a vida toda na casa dos outros como doméstica, mas nunca contribui para minha aposentadoria por que só recebia o suficiente para sobreviver. Nunca tive carteira de trabalho assinada. Não sou aposentada e nem tenho idade ainda para ter direito ao benefício para idosos. Vivo de favor hoje na casa de uma senhora de idade que tem 70 anos, cuido dela e de seu esposo que tem a mesma idade. Tenho 04 filhos mas, nenhum vivi comigo, dos 04 criei 02 pois não tive  condições de criar todos. Não recebo nem um pouco de atenção dos filhos. E nem me ajudam. Vivo muito doente com artrite, osteoporose, reumatismo e já não estou mais conseguindo trabalhar. Moro num cantinho da casa do casal que cuido como forma de pagamento pela morada. A casa do casal também é alugada. A 10 anos atrás vivi com um homem onde tive uma filha, a relação não deu certo uma vez que o pai da minha filha era muito ignorante e vivia me maltratando. Me separei e fiquei com minha filha numa casa que ele comprou e deixou para a filha. Para criar a menina eu vivia na casa dos outros trabalhando diariamente. Quando a minha filha se tornou adolescente ela me colocou para fora da casa, foi ai que fui morar com o casal que falei.  Me sinto infeliz e sozinha no mundo. Então, com a ajuda de uma família que sempre me acolhe, conhece minha história e sempre me ajuda como pode, resolvi escrever esta carta.  Venho pedir uma ajuda, que pela misericórdia de Deus nosso pai você possa conseguir  uma casa para mim. Estou desesperada, não tenho terreno,  e nem condições  de comprar um.  O tempo está passando e tenho muito medo do meu futuro,  do que será de mim. Pelo amor de Deus, peço sua ajuda, que você tenha piedade de mim e me dê uma casa para eu morar, pois vivo pela casa de estranhos. Quanto aos  meus parentes não sei quem são, até mesmo porque não conheci nem meus pais verdadeiros.  Agradeço de coração se o senhor (a) fizer isto por mim por que sofro muito e choro todos os dias por não ter se quer um teto para morar. Eu tendo um teto seguro para morar, vou fazendo bico aqui e ali para meu sustento. Muito obrigada por sua atenção e que Deus o abençoe.
Telefone fixo para contato é da família que sempre me apóia e me ajudaram a escrever esta carta. Qualquer coisa pode falar com Dona Zilma ou Adriana e o e-mail e o celular é da outra filha que te mandou esse e-mail por mim, o nome dela é Anadja. Pode entrar em contato com essas pessoas se eu tiver o merecimento de você ler esta minha história.


Hoje, 05/04/2012,  eu, Anadja,  paguei o maior mico. 
Hoje pela manhã fui ao comércio comprar algumas coisas e entre elas um produto para colocar na pia da cozinha para eliminar as gorduras do ralo. Fui o tempo todo pensando no nome do produto para não esquecer. Quando eu cheguei na loja, pensei, meu Deus como é mesmo o nome? então chamei o rapaz e pedi: moço me dê um litro de nitro glicerina! o rapaz fez uma cara de esp...anto e disse: agente não vende isso aqui! pela expressão que o rapaz fez, percebi que eu tinha falado algo equivocado, então eu disse: é um produto parecido com soda cálstica, então rapaz rio bastante e depois disse: a senhora quer ácido muriático não? eu disse isso mesmo. Ele disse: se a senhora tivesse pedido nitro glicerina em outro lugar iram achar que a senhora era uma terrorista e queria explodir algo, pois esse produto é uma bomba, fiquei vermelha e rimos todos. Peguei o ácido muriático e quando fui saindo o rapaz disse: cuidado para não errar o nome de novo por ai e pedir uma bomba. Af! cada coisa viu! kkkkkkkkkkkk

Quase um conto de fada real. Uma vencedora!

Um amigo meu tem  uma amiga que há mais de 21 anos   graças a Deus e aos seus méritos pessoais, galgou espaços inimagináveis para as condições socio-ecônimas em que foi gerada e viveu durante muitos anos. Nasceu mulher, negra e em uma antiga favela chamada "Brasília de Palha", hoje integrante do bairro da Torre em J.Pessoa; filha de saudosos pais onde  ele um funileiro e ela uma dona-de-casa mãe de outros 10 irmãos.  Ela  estudou o antigo 2º grau no Colégio Objetivo  em J. Pessoa (ela tinha bolsa integral de estudos). Graduou-se  em Comunicação Social pela UFPB (jornalismo) e estudou Língua francesa no Centro de Línguas do Estado da Paraíba (também em João Pessoa) e nesta escola estadual, conheceu uma amiga que era namorada de um Belga. Essa amiga a convidou para uma tentar ter uma vida digna na Bélgica (ela estava passando sérias necessidades econômicas aqui) e lá a moça conheceu, há mais de 15 anos seu esposo. Hoje eles têm um casal de filhos. Ela gerencia uma ONG na Bélgica, onde reside até hoje. No sentido literal da palavra, uma batalhadora/vencedora. Esse é um exemplo de luta e vitória que devemos seguir.



Mais uma história de dificuldades e sucesso.
Essa é uma história que meu marido encontrou pesquisando sobre um assunto, é uma lição de vida.

Dois anos atrás realizei um sonho. Aos 53 anos, comprei meu primeiro carro zero. Aposentei o Fiesta velhinho e me realizei numa Montana. Foi o prêmio que me dei pelo sucesso profissional e pessoal. Eu mereci. Passei por grandes desafios na vida. 
Meu filho mais velho se suicidou em 1997, aos 17 anos. Em depressão, ele se jogou numa cachoeira rasa a um quarteirão de casa e fraturou o crânio. Foi difícil, tive de refazer minha vida.
  Primeiro mudei de emprego, mas continuei descontente. Eu trabalhava no setor de contas a receber e faturamento de uma empresa. Ganhava R$ 700 por mês e tinha uma rotina bastante chata. Vivia brigando em casa, a ponto de jogar prato na parede. Eu estava decidida a me demitir. No entanto, não sabia o que fazer no lugar. 
Foi aí que meu marido teve uma ideia simples, mas brilhante. Ele trabalhava num edifício comercial de luxo como supervisor de segurança. Luiz Carlos disse: ''O que você acha de montar um lava-rápido lá no prédio?''.
 Era a sacudida de que precisava. Pedi as contas, alugamos o espaço por um preço camarada e em dois meses montamos o negócio. Aprendi os detalhes do ramo com os três funcionários que tinha contratado. Além disso, aproveitei a experiência do meu emprego antigo para administrar o dinheiro. Inaugurei o meu primeiro lava-rápido em 20 de março de 2001. 
Pra começar, tivemos que investir uns R$ 6 mil, mais ou menos. Compramos os equipamentos básicos, tudo parcelado: aspirador, compressor, mangueiras, cera e demais produtos. Felizmente, a clientela era fiel e endinheirada. Os executivos costumam lavar o carro uma vez por semana, a R$ 20 cada.
 
Passei o primeiro Natal a arroz e ovo
 
Não vou dizer que não tive dificuldades no começo. No ano em que montamos a primeira unidade, passamos o Natal à base de arroz com ovo. Tive luz e água cortadas em casa, porque bem nessa época o meu marido perdeu o emprego e foi me ajudar no lava-rápido. Mas não nos afundamos em dívidas.
 
Em dois anos, começamos a oferecer outros serviços, como polimento e consultoria automotiva. Essa foi nossa grande sacada. Muitas vezes nossos clientes não têm tempo de levar o carro para um conserto na oficina ou uma revisão na concessionária. Então, nos oferecemos para cuidar disso por eles, em troca de uma taxa. Deu certo!
 
Nosso segundo lava-rápido foi inaugurado dois anos depois do primeiro. Encontramos um ponto para alugar num estacionamento e decidimos investir - sem comprometer o lucro do outro. Senão, como a gente iria sobreviver, não é? E assim, de dois em dois anos, montamos mais um, e mais um, e mais um. Vamos abrir o sexto agora, no fim de janeiro. Vai ser uma loja chique de assessoria automotiva, pois o mercado está exigente.
 
Nos nossos empreendimentos, fazemos quase tudo para deixar o carro mais bonito: de uma simples lavagem até a troca do estofamento. Os serviços mais pedidos são o polimento por fora e a higienização por dentro. Os fregueses são exigentes, principalmente com os bancos de couro, que precisam de cuidados especiais. Algumas outras coisas terceirizamos, como mecânico, cristalização de motor e martelinho de ouro.
 
Criamos até um curso apostilado
 
Infelizmente ainda falta mão de obra de qualidade pra trabalhar em lava-rápidos. Não tem quem ensine os detalhes do ramo. Um dia, escrevi umas normas numa folha para os meus funcionários. Meu filho mais novo, que é muito antenado, sugeriu que a gente montasse um curso de embelezamento automotivo. Passamos madrugadas no computador escrevendo, montando as páginas...
 
Depois que a apostila ficou pronta, registramos os direitos autorais e abrimos cursos para formar mão de obra. De lá para cá, já montamos dez turmas, com no máximo cinco pessoas cada, para explicar direitinho a teoria e a prática. Falamos sobre tudo: técnicas de limpeza, de gestão, controle de estoque etc.
 Comprei motos, carros... falta a casa! 
No total, nossos negócios faturam em média R$ 35 mil por mês. Temos hoje 18 funcionários. Sobram uns R$ 5 mil para mim e para o Luiz. O problema de ser empresário é que você nunca tem um salário fixo. Mas não posso reclamar: tenho uma vida estável. Fora as despesas dos lava-rápidos, pago as parcelas de nossos dois carros e de duas motos da empresa.
 

Ainda moro numa casa alugada, mas pretendo comprá-la, pois ela está em inventário. Meu filho tem 26 anos, está noivo, é bem-sucedido e cursa a segunda faculdade. Acho que tenho motivos para estar feliz, não?

Banalização do olhar

Hoje pela manhã (28/02/2012), como de costume, fui a rodoviária de João Pessoa com o objetivo de pegar o transporte alternativo com destino a Pedras de Fogo - PB. Como sempre cheguei e fiquei aguardando o carro da vez concluir a lotação para segurimos viagem. Era umas 08:00, olho a minha frente e vejo uma criança de aproximadamente uns 11 anos, dormindo num cantinho da calçada, com gente passando para lá e para cá. A criança simplesmente se espreguiçou, virou-se e continuou a dormir. Infelizmente observei que a criança aparentava usar drogas. Mas, me chamou mesmo a atenção foi o modo como ela dormia: parecia estar num quarto bem confortável, numa cama bem gostosa, com toda a privacidade e tranquilidade que um ser humano tem direito em suas horas de sono. Então eu fiquei pensando na triste realidade daquela criança, que, pelo jeito que dormia, pelo menos em seus sonhos, ela estava num lugar aconchegante. Percebi que outras pessoas passavam e olhavam com uma expressão de tristeza pela cena, mas, assim como eu, seguiam seus destinos. Fiqueie me perguntando os motivos que levaram aquela criança a estar naquela situação. Sei que devem ter sido vários motivos, mas, fiquei pensando onde estariam os pais, a família, parentes daquela criança, que parecia ser sozinha no mundo. Eu sempre falo onde posso, da necessidade de se planejar a martenidade, se organizar para ter filhos, em todos os aspectos. É tão grave, tão profundo o que uma vida desestruturada causa num ser humano, que não consigo encontrar palavras para expressar. Mas, olhando para aquela criança, só reforçou o que penso: é preciso planejamento e muita responsabilidade para se colocar um ser no mundo. É fundamental considerar o aspecto econômico, pois sem romantismos, tudo gira em torno de dinheiro, é o que garanti nossa sobrevivência e qualidade de vida. Um casal com a vida financeira estruturada poderá oferecer aos seus filhos uma vida confortável, segura, uma boa educação..... Isso com certeza interfere no lado afetivo, no equilíbrio emocional da família. Sei que há casos que fogem a regra, onde uma pessoa que as vezes tem tudo de melhor, escolhe um caminho espinhoso, mas, na maioria dos casos a desestrutura familiar, a falta de condições econômicas, a falta de acesso a oportunidades positivas importantes para a vida de um@ cidadão (a) contribui fortemente para o aumento das crianças, jovens... que consomem drogas, que se prostituem, e da violência física e mental contra si própri@ e  contra as pessoas,  e  por ai vai. Percebi então que o olhar está banalizado mesmo, pois essas coisas que vemos, estam ali infelizmente ,cotidianamente.  Mas, só conseguimos enxergar o real quando por um motivo ou outro paramos diante de certas cenas, assim como aconteceu comigo. Confesso que me senti impotente, egoísta e triste. E, por mais que eu reconheça que há pessoas, projetos e instituições que desenvolvem  trabalhos buscando a superação dessas questões, creio eu que há algo bem mais profundo que está nos faltando, o amor à vida e o respeito ao outro e o que não nos falta são fatos que comprovem essa realidade. Anadja


Cigarro - companheiro da solidão - um bem que faz mal!
Aprendi a fumar aos 18 anos de idade e sou ex -fumante a 20 dias. Será que consigo? foram 30 anos de cigarros na minha vida. 
Recentemente tive uma virose muito forte e fiquei tão frágil e debilitada que tive que parar o cigarro. De lá para cá fazem 20 dias que estou sem cigarros. Mas, confesso que não está sendo fácil. Eu sempre fumei por prazer e por achar elegante. Aprendi a fumar na época em que a mídia clocava o cigarro como algo elegante e prazeroso, diferentemente de hoje em dia onde todos sabemos os males provocados à saúde pelo cigarro. Não nego jamais o quanto eu adorava tomar uma cerveja e fumar um cigarro. Acender um cigarro após as refeições, nos intervalos do  trabalho, ou num momento de reflexão e até aliviar meu estresse. Enfim, foi um ótimo companheiro para mim e, sinceramente me sinto triste por ter que abandoná-lo em detrimento de minha saúde. Eu costumo dizer que cigarro é um mal que faz bem e um bem que faz mal. Com o avanço da tecnologia e da ciência, se os cientistas criassem um tipo de cigarro a base de ervas medicinais  saudáveis, cuja fumaça funcionasse como limpeza para os pulmões e organismo, eu seria a primeira a voltar a fumar, pois considero elegante e prazeroso. Mas, como os cientistas ainda não criaram o cigarro do bem, vou continuar minha luta para não mais voltar a fumar. Porém confesso que é muito difícil deixá-lo, dá um vazio, uma agonia, faz uma falta imensa. Há momentos em quase caio em tentação, mas, lembro de minha saúde, (pois tenho problemas respiratórios desde criança) e sei que mais cedo ou mais tarde terei que parar e ai terei que começar tudo de novo. Os conselhos que recebo e sempre recebi para deixar o cigarro parecem uma afronta ao meu prazer de fumar, apesar de reconhecer que são conselhos para meu bem estar.Eu sempre disse também que de tudo que eu aprendi na minha caminhada a pior delas foi  a fumar. Imaginem: agente comprar algo que vai queimar nosso dinheiro, encher de fumaça nosso pulmão e o corpo de nicotina. Mas, não posso voltar ao passado e corrigir esse erro, então, terei que corrigi-lo daqui para frente. Tenho plena consciência de que não é fácil, mas, estou tentando de verdade, pedindo a Deus muita força para conseguir abandonar um companheiro de 30 anos. Por outro lado, fiz uma aposta com o facilitador de um grupo de alto ajuda que frequento "Amor Exigente" onde toda vez que a vontade bate forte eu lembro da aposta e me mantenho firme. É isso gente, deixar o cigarro é muito difícil mesmo, mas, temos que tentar e pensar como os alcoólicos anônimos: mais 24 horas sem beber e, no meu caso e de outros que estão atravessando essa fase temos que dizer: mais 24 horas sem cigarros. Torçam por mim, para que eu consiga realmente para de fumar para sempre. Anadja Rios


A vida de  Joanne Kathleen Rowling (JK Rowling), a criadora da saga  do bruxinho Harry Potter. 


A escritora britânica Joanne Kathleen Rowling nasceu na cidade de Yate, nas proximidades de Bristol, na Inglaterra, em 31 de julho de 1965. Ela se tornaria célebre pela criação do bruxinho Harry Potter, que lhe renderia sete volumes de uma série premiada e aceita quase unanimemente pela crítica e pelo público.
Desde cedo a autora cultivava o gosto da leitura, e vários escritores despertaram na menina o desejo de ser uma escritora. Durante a infância ela nutria um amor incondicional por seus avós paternos, seus prediletos. Sua avó, Kathleen Ada Bulgen Rowling faleceu quando a garota tinha apenas 9 anos. Em sua homenagem, Joanne adota seu nome, representado pela letra ‘K’, para completar seu nome artístico – J.K. Rowling.
Atendendo aos apelos de seus genitores, a criadora de Harry Potter cursou Língua e Literatura Francesa na Universidade de Exeter, ao invés do curso de língua inglesa que pretendia fazer. Após sua graduação, ela deu sequência à formação na capital francesa, aí permanecendo durante um ano. Voltando à Inglaterra, começou a trabalhar na Anistia Internacional em Londres, como secretária bilingue e investigadora. Ansiando por concretizar seu sonho de escrever, deixou o cargo e foi para Portugal no ano de 1991.
Neste país ela dava aulas de Inglês à tarde e à noite e, pela manhã, costumava escrever nas mesas dos cafés do Porto, cidade em que permaneceu por cinco anos. Neste ritmo ela deu início a sua trajetória literária, mais especificamente à criação de sua saga. Ela preservaria a rotina de escrever nos bares, mas seu livro, o primeiro Harry Potter, só foi concluído depois que ela se divorciou do marido, o português Jorge Arantes, e seguiu com sua primogênita para Edimburgo, na Escócia.
Foi uma longa jornada até que Harry Potter e a Pedra Filosofalfosse aceito pelo mercado editorial. A autora teve que realizar um ‘tour’ por diversas editoras, e em 1994 experimentou a miséria e um estado depressivo, até a Bloomsbury decidir lançar sua primeira obra como mais uma na galeria da literatura infantil. Quando enfim ele foi publicado, em junho de 1997, Joanne ministrava aulas de francês. O sucesso foi instantâneo, vieram os primeiros prêmios no campo dos livros para crianças. Ela conquistou até mesmo a premiação de Livro Infantil do Ano, concedido pelo British Book Awards.
Ao negociar seus direitos como autora para os Estados Unidos, por cento e cinco mil dólares, valor inigualável para uma escritora em início de carreira, ela pode deixar as aulas e se devotar integralmente ao restante da saga Harry Potter. Sua obra prosseguiu a trajetória ascendente, mantendo-se sempre nos primeiros lugares entre os livros mais vendidos, tanto na categoria infantil, quanto na adulta.
Os fãs cresceram a cada volume, especialmente quando a saga foi convertida para as telas dos cinemas, em 2001, ampliando ainda mais as vendas dos livros. A ansiedade dos leitores era tanta, que Rowling teve que ceder as suas pressões e antecipar o lançamento do segundo volume, Harry Potter e a Câmara Secreta, de setembro para junho de 1999.
A terceira parte, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkabam, publicada neste mesmo ano, em setembro, conquistou ainda mais prêmios e um sucesso ainda maior. Em 2000 Rowling publicou Harry Potter e o Cálice de Fogo e negociou seus direitos literários com uma famosa empresa cinematográfica, cedendo assim os primeiros volumes para lançamento nos cinemas.
Depois vieram Harry Potter e a Ordem da Fênix, em 2003, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, em 2005, e Harry Potter e as Relíquias da Morte, em 2007.  Hoje ela é a escritora mais rica e poderosa do Planeta, e pode assim converter sua fortuna no auxílio à luta contra enfermidades, a desigualdade e a miséria do mundo. Sua obra já foi traduzida para sessenta e quatro idiomas, e a revista Forbes a considerou, em 2004, a primeira criadora literária a conquistar bilhões de dólares com esta atividade.
Em 2001 ela se casou novamente, com o anestesista Neil Michael Murray, com quem teve dois filhos, David e Mackenzie, além de Jessica, do primeiro matrimônio. Em fevereiro de 2009, ela obteve das mãos de Nicolas Sarkozy, presidente francês, a divisa de Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/J._K._Rowling
http://magiasdeharrypotter.blogs.sapo.pt/4163.html

Que mente brilhante, criativa, fantástica dessa mulher Joanne Kathleen Rowling. Virei sua fã incondicional. Eu amo de paixão filmes de ficção, aventuras, feitiçaria, bruxaria, de ETs, universo.... Assisto até hoje, várias vezes os filmes de Harry Potter. Gostaria de um dia poder conversar com  J K Rowling (sem os holofotes da mídia) para entender o universo de sua mente que deve ser fantástico. Ela deve ser uma pessoa fantástica.  Essa é uma história de sucesso da vida real. Anadja


Apesar das dificuldades...... aprendiz.
O que é bom agente deve compartilhar. Após anos de luta e estudos, de viajar muito a trabalho, de dedicar boa parte de meu tempo a causas que considerei nobre (um aprendizado) sem pensar muito no lado prático da vida, passei por momentos difíceis quando me dei conta de que o tempo passou e  não investi como deveria em minha segurança profissional/aposentadoria digna, deixei em terceiro plano a aquisição de uma casa (hoje ainda moro de aluguel)....Mas, a vida foi me guiando e eu fui seguindo. Hoje, estou decidida a assumir alguns papeis que deixei para traz desde  criança: vou me dedicar a pintura, a desenhar, talvez quem sabe me tornar uma escritora de contos de fada, de ficção, coisas que me dão prazer. Mas, há algumas coisas que decidi prioritariamente: buscar compreender melhor  os desígnios de Deus em minha vida, cuidar da minha casa, da família, de mim, experimentar  os prazeres que existem em ser uma dona de casa, batalhar pela minha casa e, continuar  participando  do grupo Amor Exigente na FEPB, inclusive atuar no grupo de teatro que está sendo criado pelo AMOR EXIGENTE.  Toda essa perspectiva de mudanças em minha vida teve início nos  momentos difíceis da vida, quando eu pensava que tinha construído castelos de areia. Mas, resolvi abafar minhas vontades, planos, revoltas... e dizer: Deus, estou em tuas mãos, me guia pelos caminhos que o senhor quer que eu vá. Não é fácil, mudar é muito difícil, mas, sou uma aprendiz. 



Ter e conhecer suas raízes é muito importante.
Meu marido se chama Luciano Tavares da Silva. Hoje  com 38 anos  sonha em conhecer seus parentes biológicos. Ele aos 06 anos foi deixado por um motorista de um antigo Circo Ideal que estava na cidade de Itambé - PE, o motorista era conhecido pelo apelido de camarão cujo apelido se devia por ser um homem muito branco e avermelhado, este que também era seu suposto pai.. Luciano foi criado por uma família, cujo pai adotivo é um político conceituado em Itambé. Mas, o mesmo nunca foi adotado de verdade (no papel). Ele lembra que nasceu em Recife - PE, e tem poucas lembranças de que morava num bairro chamado Casa Amarela. Quando ele sempre perguntava ainda criança por sua mãe, sempre diziam que ela havia falecido com problemas no coração, em seu registro de nascimento consta como nome da sua mãe apenas  Eliane Maria. Mas, em suas vagas lembranças, ele recorda a figura de dois meninos, um mais velho que ele e outro mais novo. Ele também lembra que na época foi visitar parentes na cidade de Garanhuns - PE que moravam num sitio. Ele já tentou conseguir mais informações, sem sucesso. Ja enviou cartas a alguns programas pedindo para ajudá-lo a localizar sua família biológica, mas, até agora não obteve resposta. Porém, sempre digo a ele: um dia você conseguirá conhecê-los, se assim Deus permitir.Ele se sente um homem sem raízes e diz até rindo as vezes: "eu devo ter algum parente, pois não sou filho de chocadeira". Peço a Deus que ele um dia consiga realizar o sonho de conhecer seus parentes biológicos, pois eu que tenho minha família, graças a Deus, sei como é difícil lidar com essa situação, pois vejo de perto as interrogações e frustrações  em meu marido que sonha encontrar suas raízes. 

O Mundo dá voltas
Uma amiga minha, passou por várias dificuldades na vida, inclusive no seu casamento e de doença. A mesma teve que se separar e, o pior, deixar seu filho com o pai já que ele tem ótimas condições financeiras, e, ela, está recomeçando a vida.  Seu sonho é conquistar seu lugar ao sol. Comprar uma boa casa, conquistar um bom emprego e conseguir a guarda definitiva de seu filho. Tudo que ela faz, as dificuldades que enfrenta e os objetivos que está buscando tem só essa finalidade, estar novamente com seu filhos nos braços. Sei que ela conseguirá um dia com a graça de Deus.



Você sabia?
Assisti alguns filmes clássicos onde sempre que um grupo de atores iria se apresentar eles (toda a equipe) desejavam "merda" como boa sorte para tod@s. Obviamente que eu ficava intrigada, até que descobri o por que da frase: Na época dos cavalos e das carruagens como meios únicos de transportes, se percebia a quantidade de pessoas num determinado evento pela quantidade de esterco dos cavalos que ficavam no chão (merda). Ou seja, se havia muito esterco, havia muitos cavalos e carruagens e, obviamente muita gente para ver o espetáculo. Então a frase "merda para vcs" era o mesmo que desejar  boa sorte, sucesso. Amei saber disso. Dai acho que vem aquela estorinha que conheço desde menina  de que quando agente sonha pisando em muito cocô ou até pisa mesmo, é sinal que vem muito  dindim por ai. Tudo tem realmente um por que, uma origem. Sendo assim, desejo um dia cheio de merda para tod@s nós.

 Prezados (as), não sei se a estória (ou história)  abaixo é real, mas, a mensagem  que ela traz é bem verdadeira. Recebi por e-mail e repsso a todos (as).

Ele nunca nos abandona ...nós que somos EXIGENTES DEMAIS

A Mãe deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.
Perguntou:
- Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom?

- Quando é que eu posso vê-lo?
O cirurgião respondeu:
- Tenho pena. Fizémos tudo mas o seu filho não resistiu.

Sally perguntou:
- Porque razão é que as crianças pequenas tem câncer? Será que Deus não se preocupa? 

- Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?...
O cirurgião perguntou:
- Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.

Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.
- Quer um cachinho dele? Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente. 

A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.
- Foi idéia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:
- Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.

Ela continuou:
- O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.

Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do "Hospital Children's Mercy" pela última vez.
Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.
A viagem para casa foi muito difícil. 

Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia.
Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho. 
Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre os teve. 
Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.
Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
A carta dizia:
-Querida Mãe,

Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer:"AMO-TE". 
Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adotar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem. 

Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos.  
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as  meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico! 

Os avós vieram me receber assim que eu cheguei para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo.
Os Anjos são mesmo lindos! Adoro vê-los a voar!  
E sabes uma coisa?...
O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo. 
Ele levou-me a visitar Deus!
E sabes uma coisa?...
Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante.. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais.
Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa Mãe?.... 

Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta. 
Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta.
Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste,

"Aonde estava Ele quando eu mais precisava?"... 
Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho dele, 
Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém. 

As outras pessoas veem este papel em branco. 
É mesmo maravilhoso não é!?...
Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida.
Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. 

Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o câncer já se foi embora.
Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim. 

Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar. 
O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?...
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.

"Se você quer conhecer uma pessoa realmente, dê poder a ela".

"Se você quer conhecer uma pessoa realmente, dê poder a ela". Essa frase é bem antiga e verdadeira. Durante anos de trabalho na saúde, encontrei e conheci muita gente boa, que muito me ajudaram, me ensinaram... e algumas que apenas passaram. Aprendi com meus pais que sempre devemos ser gratos e recenhecer àqueles que de alguma forma nos ajudaram. Os sentimentos de reconhecimento, gratidão e humildade devem ser cultivados diariamente em cada ser. Sei que é difícil, pois na luta pela sobrevivência, as vezes nem paramos para observar as estrelas. Mas há pessoas que realmente carecem desses sentimentos e usam as pessoas descaradamente. Como profissional, sempre busquei aprender com as pessoas e agradecer a elas por isso. Da mesma forma sempre busquei ensinar um pouco do que aprendi e a valorizar as pessoas. Muitas dessas pessoas que passaram em minha vida, onde trabalhamos juntas, dividimos as atividades, partilhamos idéias e sentimentos, hoje, com poder nas mãos, mal me comprimentam e fazem isso com outros colegas seus os quais também partilharam o mesmo espaço, sentimentos, atividades de trabalho, etc. Bom, quanto a mim, sinto muito por essas pessoas, pois o poder não é eterno e como o mundo gira, estamos sempre vivenciando momentos, fases diferentes e recorrentes na vida. Para pessoas que carecem desses sentimentos se torna mais difícil encarar um momento em que poderão precisar novamente das pessoas as quais foram usadas, descartadas ou tratada com indiferença. Tenho uma amiga que está passando algo parecido. Ela atualmente está trabalhando com algumas pessoas que no passado partilharam muita coisa juntas, havia uma relação de parceiria, companheirismo..... hoje essas mesmas pessoas a tratam com indiferença, a exclui dos processos de trabalho, a tratam como ninguém. Ela sofre muito por isso e sempre me confidencia suas angústias e decepção com essas pessoas. O que sempre digo a ela é que tem que ser forte e superar e lembrar que tudo passa, nada é eterno e, acima de tudo, que ela abra bem os olhos e ouvidos, preste bem atenção e acima de tudo aprenda a lição, pois ela está tendo a oportunidade de conhecer a personalidade e comportamento dessas pessoas, de modo que deve estar imune a elas, pois o mundo gira. E que isso sempre nos sirva de lição para que também tenhamos cuidado no que dizer, fazer, como tratar o outro. Nas idas e vindas nunca sabemos quem vamos encontrar no caminho.
Sozinha não, comigo mesma.
Hoje feriado, como alguns outros dias, cá estava eu sozinha. os filhos com seus programas, marido tomando umas com amigos e eu em casa. Resolvi, fiz o almoço, ajeitei as coisas, alimentei nossos bichinhos, tomei um banho, coloquei uma roupa leve, na bolsa tudo o que precisava e então, fui andar pelo centro da cidade que aliás estava meio vazio óbvio. Depois de uma boa caminhada, sentei num barzinho ao ar livre, pedi uma geladinha e fiquei olhando a paisagem, as pessoas indo e vindo, muita criança com seus pais, crianças vendendo bombons, familias reunidas almoçando, e lá estava eu comigo. Foi bom, ficar um tempo só, andar e olhar ao redor me sentindo comigo mesma. Moral da história: em algum momento na vida, mesmo rodeada de pessoas ficamos só.  Agente casa, cria os filhos, leva uma vida cheia de atividades, cobranças, tanta coisa que as vezes esquecemos de quem somos nós. Mas, também chega uma fase que você tem a oportunidade de se resgatar. Esses momentos de suposta solidão faz bem, assim podemos nos deparar com nós mesmas, olhar para dentro de nós e perceber que ainda estamos ali, mesmo que outros não perceba, mas, você sabe que está. No final e como sempre, de tudo que vivemos temos que tirar proveito, de todas as situações temos que extrair o nécta da aprendizagem, do crescimento e amadurecimento. Então posso e devo dizer que eu não estava só, estava comigo mesma. "Anadja Rios"

Steve Jobs: “ele era um showman"
 Especialista avalia conduta da Apple e de seu fundador com relação ao sucesso e ao marketing
Steve Jobs ia na contra-mão dos seus concorrentes e inovava com o simples Ryan Anson/AFP

O mito de criação da revolução digital. É assim que o escritor Walter Isaacson, autor da única biografia autorizada de Steve Jobs, o definiu durante as centenas de páginas a respeito da infância, trabalho, vida e morte do fundador da Apple, uma das maiores empresas do mundo na atualidade. 
E para um ícone do segmento, é possível dizer que o homem que fez o mundo sentir a “necessidade” dos seus produtos sabia vender. Não só os aparelhos tecnólógicos, mas também a sua imagem – bem diferente da de outros grandes empreendedores do setor. 

"Ele era um showman”, disse o professor de Empreendedorismo da Fecap e pesquisador e especialista na área, Edson Sadao. De acordo com o especialista, Steve Jobs ia contra a maré, desafiou o óbvio e investiu em aparelhos simples

“É instintivo usar um iPad. Meu sobrinho de dois anos e meio, que não sabe escrever nem falar direito, sabe mexer no tablet”, afirmou. 

Segundo Sadao, o fundador da marca da maçã se entregava aos seus trabalhos, era perfeccionista e isso o ajudou a conquistar as pessoas. “Ele era comunicativo, fazia questão de mostrar o funcionamento dos lançamentos e ficou conhecido no mundo."

Mesmo assim, o especialista acredita que este era apenas um diferencial de Jobs. "Há outros tão bons quanto ele, ou até melhores", afirmou. 

Preparado para o futuro

Uma das coisas que Steve Jobs disse, logo após descobrir que estava com um tipo raro de câncer, é que  a morte era a melhor chance de dar oportunidade ao novo. E para Sadao esta recíproca é verdadeira. “A Apple terá mais oportunidades do que problemas a partir de agora”. 

Isso porque, segundo ele, houve uma preparação muito grande nos últimos anos para este momento. “É claro que Tim Cook (o susbstituo como CEO da Apple) não tem o mesmo carisma. Mas ele está preparado para seguir com as criações. Elas é que fizeram, na verdade, a Apple crescer”, afirmou o professor da Fecap. 

Ele vivia o trabalho

"Jobs tornou-se assim o maior executivo de nossa época, aquele que com maior certeza será lembrado daqui a um século”, diz outro trecho da biografia do fundador da Apple. No entanto, é importante lembrar que ele era de carne e osso.

Uma grave doença não pôde ser evitada porque ele era um gênio do setor tecnológico. E o perfeccionismo em tudo o que ele fez – e que cativou e “viciou” os consumidores – não o fez gênio em outros aspectos. 

Jobs fez suas escolhas e abriu mão de outras coisas para se dedicar ao que mais amava: “Como escritor, estou acostumado a manter distanciamento, mas fui atingido por uma onda de tristeza quando tentei dizer adeus. A fim de disfarçar minha emoção, fiz a pergunta que ainda me deixava perplexo. Por que ele se mostrara tão disposto, durante quase cinquenta entrevistas e conversas ao longo de dois anos, a se abrir tanto para um livro, quando costumava ser geralmente tão discreto? ‘Eu queria que meus filhos me conhecessem’, disse ele. ‘Eu nem sempre estava presente, e queria que eles soubessem o porquê disso e entendessem o que fiz’, diz outro trecho do livro de Walter Isaacson, que deve ser lançado ainda neste mês no Brasil e nos Estados Unidos.

Hoje pela manhã (08/10/2011), na feira, fui fazer uma pequeniníssima doação e recebi em troca uma mensagem e guardei na minha bolsa. Ao chegar em casa, bem depois fui arrumar minha bolsa e, quase joguei a mensagem fora sem ler. Então parei e resolvi ler a referida mensagem:

"Procurai compreender:
quanto mais doamos - seja o que for, 
mais e mais será creditado em nossas mãos..."
Médium João Batista - 03/05/2009

Redemoinho
Ando meio triste, preocupada, perdida mesmo. As vezes atravessamos algumas fazes na vida que nos tira o chão. Mas, sempre agradeço a Deus em silêncio dizendo: "dos males os menores". Contudo, me permito desabafar no meu cantinho. Como é difícil agente NÃO TER E TER QUE TER PARA DAR, OU AINDA, MORRER DE SEDE EM FRENTE AO MAR. Como é difícil  viver nesse nosso País. Como é difícil viver com dignidade, agente luta tanto, todo dia, o dia todo e as vezes ainda não temos o suficiente para pagar nossas contas básicas. As vezes temos que dividir  o que temos (o nosso) para ajudar outra pessoa a continuar lutando. O que mais me entristece é saber que tem gente que compra um tênis ou um objeto, que usa e deixa para lá, no valor da renda de um (a) trabalhador (a) que labuta muito e o que ganha só dá para o básico da família. Ou então, pessoas que  desperdiçam dinheiro em restaurantes caríssimos, carros importados, roupas caras e etc e tal. Claro que sou a favor do conforto, da boa qualidade de vida, discordo apenas da  má distribuição de renda, essa sim é cruel. Todos nós deveríamos viver com mais conforto e tranquilidade. É horrível não se ter uma casa própria e ter que pagar aluguel, é péssimo não se ganhar o suficiente para sobreviver dignamente, é deprimente o desemprego. É cruel você vê pessoas jovens que tomam anti depressivos para dormir o dia todo, simplesmente por não encontrar portas abertas e sabendo de seu futuro incerto, coisas práticas a resolver sem saber o que e como fazer. È caros (as) leitores (as), quem ja superou essas fazes, está vivenciando ou tem alguém muito próximo passando por tantos desafios e dificuldades, sabem bem do que estou falando. Mas, com tudo isso, nunca devemos perder a fé em Deus, a esperança, a perspectiva e a vontade de lutar em busca de superações. Anadja


Compartilhando histórias da vida real:





Parte de minha história, minha infância feliz!
Homenagem ao meu amado pai que se foi deixando saudades.
Recebi a mensagem acima em meu e-mail. Fiquei emocionada, pois lembrou-me de minha infância. 06 irmãos, meus pais, uma casa pequena (depois nos mudamos para uma maiorzinha), vida difícil, pagando aluguel, meu pai dando um duro enorme para nos sustentar e minha mãe a cuidar de nós e da casa. Todos nós, natural de Recife, fomos morar numa cidade do interior porque meus pais faziam questão de todos os seus filhos estudassem e, cidade grande é sempre mais difícil a vida.Ele trabalhava em recife e, sempre vinha para casa nas sextas feiras. Muitas vezes nosso alimento acabava, dando apenas para o almoço, então, minha mãe, a tarde nos arrumava e ficávamos a esperar nosso pai, todos os seis, sentadinhos na calçada de casa e ela nos vigiando e esperando por ele conosco. A tardinha ele apontava na esquina, cheios de sacolas, trazendo comida para nós e até uns brebôtes (como minha mãe chama: biscoitos, pipoca, bombom...). Ele nos abraçava, aliás nós ficávamos em volta dele e ele abraçava todos, dava um beijo na minha mãe e levava a cordinha de carangueijo (nós de mãos dadas) até uma vendinha nos colocava numa mesa e pedia bolo, refrigerante, pipoca para nós. Era realmente uma festa e das melhores para nós. Nunca, jamais esqueço essa parte de minha vida. Éramos inocentes e muito felizes, mas, muito mesmo. Eu era muito danadinha e respondona e um dia, uma tia minha me passou um rela e quando ela deu as costas, estirei um dedo e dei lingua para ela. Para meu azar ela virou-se na hora e viu, foi imediatamente se queixar a minha mãe. Quando meu pai chegou minha mãe foi logo contar meu mal feito. Meu pai não costumava bater em nós, mas, quando estrapolávamos levávamos umas boas palmadas. Nesse dia, ele chegou e disse: Nadir venha cá!eu disse: senhor? ele: você deu lingua para sua tia? eu não pai! não minta para mim! dei, porque ela é chata e brigou comigo! se ela brigou foi porque você mereceu, venha cá! lá fui eu, levei três palmadas no bumbum e abri o berreiro: buá, buá, buá... Agora vá para o quarto ficar de castigo para nunca mais você desrespeitar os mais velhos. Cheguei no quarto e continuei a chorar, não pelas palmadas mas, porque havia levado um carão de meu pai.  Depois ele disse: jante e vá dormir, então eu jantei e com raiva sem olhar para ele fui para o quarto. Quando eu ja ia deitar ele disse: Nadir, cadê a benção? e eu calada, ele de novo: não vai tomar a benção? e eu: abenção pai? e ele: Deus te der vergonha e juízo, agora vá dormir. A partir dai aprendi a respeitar os mais velhos e a reconhecer quando eu aqui ou ali fazia uma travessura. Eu sempre fui muito respondona e, podem acreditar, aos 30 anos, mãe de dois filhos, divorciada, trabalhando e fazendo faculdade, um belo dia por merecimento levei umas palmadas de minha mãe, essas foram as últimas, pois foi quando percebi que estava na hora de me comportar como adulta e ver que ela sim precisava de mim. Tenho muitas outras coisa a contar, muitas histórias, lembranças maravilhosas, algumas dolorosas. Pois é, em 2002 meu pai foi ao encontro do altíssimo. Foi horrível para todos nós, inclusive para meus filhos que o considerava um pai avô. Ficamos sem chão, desolados, mas, Deus sempre dá o conforto aos nossos corações. Meu pai mais jovem era boemio e nas horas vagas ganhava uns trocados cantando em serestas na nossa cidade, pois a voz dele era idêntica a de Altemar Dutra, mas, também cantava muito bem as músicas de Nelson Gonçalves, dentre outro eram os ídolos dele. Lembro que as vezes ele me levava junto quando ia cantar, eu aperriava muito e ele acabava cedendo. Me colocava numa cadeira junto a ele e a seresta começava. Eu sempre pedia para ele cantar: Ave Maria no Morro e ele cantava divinamente para mim. Hoje tem uma Música de Altemar Dutra que expressa minha infância e eu sempre me emociono ao escutá-la e é com essa música que homenageio meu pai, um grande homem, humilde, batalhador, amoroso, justo e que sabia nos castigar quando necessário e que tudo nos ensinou e hoje, graças a ele e minha mãe somos gente do bem. Sou grata eternamente a eles pela infância, adolescência, juventude difícil mas, muito feliz. A música abaixo expressa tudo o que não consigo falar.
Gente Humilde - Altemar Dutra
Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
*** são casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
(e eu que não creio
(peço a deus por minha gente
(é gente humilde que vontade de chorar)

                                                         A INFÂNCIA DE NADI
Era uma vez, uma garotinha magrela, de onze  anos de idade, cabelos nos ombros amendoados, óculos e aparelhos nos dentes.  Alegre, inteligente, perspicaz, travessa que só ela e muito curiosa. Morava numa cidadezinha do interior do Nordeste. Na escola, era conhecida como a menina do por que, pois tudo ela queria saber e não se contentava  até que  respondessem suas perguntas. De família humilde, seis irmãos (quatro meninas e dois meninos), ela era a primeira filha do casal.  Seu pai, trabalhava como autônomo e sua mãe  do lar. A família de 08  membros moravam numa casinha simples e pequena (de 04 vãos), mas, apesar da vida difícil e  simples eram muito felizes. 

O cercado - Certo dia ela escutou alguns garotos falando de uma fazenda    da região  onde lá havia muitas frutas onde eles sempre iam escondido pois se tratava de uma propriedade particular. Não demorou e Nadi reuniu seus irmãos propondo um passeio até a fazenda. Um belo dia durante as férias da escola, após o café da manha, por volta das nove horas, chamou seus irmãos e disse a sua mãe que iria passear com eles. Saíram desembestados  mato a dentro em busca da tão falada fazenda. Andaram muito, onze horas, sol quente, com sede e ainda alguns descalços, já estavam desistindo. Nadi ficou com pena porque percebeu a terra quente nos pés de alguns de seus irmãos, mas, não podia desistir. Depois de horas de caminhada, eureca, achou o lugar (ou parecia ser a fazenda). Entraram no cercado e foram até a casa grande que por sinal estava fechada, pegaram algumas frutas caídas no chão, seriguela,  manga e oliveira para chupar, pois já era mais de meio dia e estavam famintos. Tinha uma torneira no quintal e a turminha tomou água a vontade. Colheram bastantes frutinhas e colocaram nas camisas e blusas que serviram de mochilas. Na saída, erraram o percurso e entraram em cercados com gados e, quando perceberam ficaram apavorados e os gados, pararam de comer para olhar aqueles atrevidinhos. Quando perceberam, soltaram as frutas no chão, botaram as chinelas nas mãos e, perna para que te quero. Correram tanto que caíram e rolaram no chão, se arranharam, se machucaram, foi uma confusão. Sem saber o que fazer, morrendo depena dos irmãos, Nadi só pôde consolá-los e, seguiram adiante tentando voltar para casa. Ela  encontrou uns moradores e perguntou o caminho de volta para a cidade. A tardinha, quase as 18 horas finalmente chegaram em casa da arriscada aventura. A mãe já desesperada começou a questionar onde estavam e Nadi toda desconfiada ficou calada, mas, seus irmãos logo falaram, “mãe, Nadi levou agente para passear numa fazenda, agente comeu frutas e levamos carreira dos bois, depois agente se perdeu mas umas pessoas ensinaram como voltar para casa”, não deu outra, Nadi levou uns belos relas e ficou de castigo por uma semana, sem sair de casa.
A pescaria - Passado uns dias, Nadi escutou seu pai conversando com uns amigos sobre pescaria, ela, muito curiosa. Ficou escondida escutando a conversa e vez ou outra queria fazer perguntas e seu pai dizia “ Nadi, vá brincar,   aqui é  assunto de adulto”.  Pois bem, já superado o episódio anterior, a menina já tramou outra travessura: levar seus irmãos para pescar. Num belo dia ensolarado, depois do café da manhã, lá foram eles, com  uma peneira de plástico e bolsas plásticas, garrafinhas com água, banana e biscoito que pegaram escondidos de sua mãe. Nadi havia escutado seu pai e os amigos conversarem a respeito de um rio que ficava num sitio próximo a cidade. E, La foram eles. Andaram tanto, sem achar o falado rio que quase desistiram. Mas, Nadi não era fácil e, perguntando aqui e ali, encontraram o rio e caíram dentro d’água, tomando banho a vontade. Depois de descansarem começaram a mergulhar a peneira na água na esperança de pegar alguns peixinhos. As horas passando e nada de peixes, apenas uns camarões pequeninos de água doce. Nadi frustrada com a pescaria, vendo as horas passando tinham que voltar antes de escurecer, mas, sem peixe? De jeito nenhum, o rela que iria levar de sua mãe tinha que valer a pena. De repente surge um homem, por coincidência, colega de seu pai. Espantado em ver as  crianças naquele local, logo perguntou o que estavam fazendo ali e se seus pais sabiam. Nadi logo desconversou e disse que tinham ido pescar, o homem riu de chorar com a travessura, mas, decidiu ajudá-los, enfiando as mãos nas locas para pegar peixes e camarão. Nadi ficou horrorizada e disse que não colocaria suas mãos nos buracos, tinha medo de cobra e caranguejo. Contudo, aquele senhor conseguiu alguns camarões grandes e uns peixinhos, a menina então suspirou de alívio e pensou: ainda bem, assim vou mostrar a minha mãe e me livro do castigo e da surra. Eles agradeceram ao homem que também os orientou no caminho de volta para casa. Passava das dezoito e trinta e sua mãe já estava desesperada e chorando sem saber onde seus filhos estavam com medo também de seu marido chegar e não ver os filhos em casa. Quando eles entraram em casa a mãe logo perguntou onde estavam que chegaram àquela hora, todos calados, mas dessa vez  Nadi disse: “mãe, agente foi pescar para o almoço amanhã” e, entregou o que haviam  “pescado”. Mais uma vez, depois de muitos relas, e umas palmadas que levou de sua mãe, Nadi foi tratar os peixes e camarões, tendo ainda que dar explicações a seu pai quando chegasse e, obviamente, uma semana sem sair de casa para brincar.
Surra de aripuá -  Um amiguinho de seu irmão falou de um açude que era muito bom para tomar banho, mas, era perigoso. Não deu outra, La vai Nadi chamar seus irmãos para tomar banho no dito açude e, claro, o amiguinho foi também para guiá-los. Saíram cedinho dizendo que iram brincar num campo de futebol  ao lado de sua casa. Lá foram eles e, para variar o coleguinha errou o caminho, levando um tempão para achar o caminho correto novamente. Ao chegarem ao açude haja banho. Porém, Nadi foi mais para o fundo e uma tragédia ia acontecendo, ela se aproximou de uma área que parecia ser um buraco fundo onde apenas um pé ficou  em terra e o outro não conseguiu apoiar, começou a gritar por ajuda. O amiguinho foi ao seu encontro e  pegou em um de seus braços para puxá-la, na verdade ela desesperada o puxou para o buraco e os dois iam se afogando. O menino então impulsionou seu corpo para  frente e a orientou  a fazer o mesmo e assim conseguiram sair daquele local. Ufa! Foi por pouco. Decidiram então voltar para casa, mas, no caminho de volta, ao passar debaixo de umas árvores espantam uns bichinhos chamados de aripuá que gostam de entrar nos cabelos e assim aconteceu, os bichinhos acertaram as cabeças da turminha que começou a gritar em desespero e tiveram que voltar e cair na água para espantar os intrusos de suas cabecinhas. Finalmente chegaram em  casa  e   vocês podem imaginar o que aconteceu, não foi diferente das outras vezes: relas, palmadas e castigo. Seus irmãos também levavam castigos mas, Nadi por ser a pivô das travessuras levava os castigos maiores. Porém, não tinha jeito, a menina era levada da breca.
NADI ADOLESCENTE
O desafio – Nadi, estudante de escola pública, cursando a oitava série, um belo dia, teve as duas últimas aulas livres. Foi para uma pracinha em frente ao seu colégio com algumas  colegas para papear e paquerar. Ela, se considerando “a adulta” começou a observar a conversa de uns  colegas que estavam desafiando quem conseguiria beber uma caramanhola cheia de cana (cachaça pura). A menina danada, sem nunca ter tocado em álcool, mas, curiosa e atrevida que só ela, aceitou o desafio e tomou a vasilha cheia de cana sem tomar o fôlego. Foi para a casa levada pelas colegas que teve que explicar o ocorrido a sua mãe que, por sua vez escondeu o fato de seu marido para evitar maiores problemas. A mãe de Nadi a levou para o banheiro deu-lhe uma chuveirada e a levou para cama. Minutos depois, (eca), a menina botou tudo para fora  ( o que tinha e o que não tinha) e a mãe a levou novamente para o chuveiro. No dia seguinte lá estava Nadi: com dor de cabeça, boca com gosto de cabo de guarda chuva e estômago embrulhado ”a famosa ressaca braba”, e ainda teve que escutar horas de  sermão de sua mãe. Bem feito, pensou que cachaça era água, se deu mal, mas aprendeu a lição.
As espertinhas – Um grupo de amigos  adolescentes (moças e rapazes) resolveram visitar um fazendeiro bastante conhecido na cidade, inclusive pela fama de paquerador. O objetivo da visita era pegar frutinhas chamadas oliveira, uma das preferidas de Nadi. E lá foi o grupo, e o combinado foi às meninas entreterem o fazendeiro enquanto os meninos enchiam as vasilhas e sacos de oliveira e também de pitombas. Ao chegarem à casa do fazendeiro, assim foi feito, as meninas foram papear com o fazendeiro que serviu bolo com refrigerante, enquanto os meninos faziam a festa nas oliveiras e pitombas. Quando encheram vasilhas e sacos das frutinhas,  um deles deu o sinal e as meninas se despediram do fazendeiro para ir embora e se encontrar com os meninos mais adiante. No final o fazendeiro ofereceu para que as meninas levassem algumas oliveiras e pitombas, elas  olharam entre si e Nadi logo respondeu:  “Não precisa, viemos só para passear e visitá-lo”. Saíram com a consciência pesada pelo mal feito. Depois de alguns minutos elas resolveram voltar e falar para o fazendeiro que seus colegas haviam  colhido  umas frutinhas em quanto elas estavam conversando com ele. O fazendeiro, Para  surpresa das meninas falou que já tinha visto e que deixou que levassem. Acrescentou que achou interessante  a astúcia  do grupo e mais ainda por eles terem voltado para contar o feito e pedir desculpas. O fazendeiro os desculpou e os aconselhou  a agir com respeito e responsabilidade, como fizeram ao pedir desculpas.
O açude. Um belo dia Nadi escutou de suas colegas que havia um açude muito bom para banho, onde turmas de amigos sempre estavam lá aos domingos. Na cabeça de Nadi logo acendeu uma luz  e pensou “já sei, vou lá conferir”. Reuniu seus irmãos cobaias e umas colegas sua e num belo domingo lá iam eles. Avisou a sua mãe que iriam a um piquenique. Para sua surpresa, o açude era longe de doer os pés, pois foram  a pé, caminhando (e que bela caminhada). Mas, chegaram finalmente e logo entraram no açude. Tomaram banho a vontade, se  divertiram a valer. Já pelas tantas,  está Nadi a pedir socorro (afoita que só ela) sem saber nadar, inventou de atravessar o açude e chegando a uma área de maior profundidade estava se afogando. Foi aquele auê, uma correria só. Felizmente os jovens  mais experientes e freqüentadores do açude a socorreram.  Depois do que aprontou, resolveu reunir sua turminha e voltar para casa, encarando o caminho longo de volta. Chegando em casa, um de seus irmãos (dedo duro) contou para a sua mãe que, por sua vez,  depois de um belo sermão e de uns tapinhas nas pernas, a colocou de castigo por uma semana, sem sair de casa. Mas, ao contrário do que se esperava, Nadi passou a freqüentar o açude mais vezes, só que dessa vez com mais prudência e respeito aos limites.
Festa de arromba. Um belo dia, a turma de jovens adolescentes foi enganada por um dos membros da turma. Uma das colegas de Nadi convidou a turma para participar de sua festa de aniversário, num sábado a noite. Todos teriam que levar algo (as meninas levariam pratinhos de salgados e os rapazes refrigerantes e vinho). Pois bem, no sábado da pseudo festa a turma se reuniu e lá foram eles para a casa da colega que para surpresa da turma estava fechada e as luzes apagadas, moral da história, foi uma brincadeira que a colega fez. Aborrecidos e com os pratos e bebidas nas mãos pensaram no que iriam fazer: e agora? Agente vai ficar com essas coisas nas mãos? Que agente vai fazer? Obviamente xingaram bastante a colega. De repente a luz da cabeça de Nadi acendeu: Já sei!! Vamos pra casa de T (T era uma colega dela, mas, a maioria da turma não a conhecia). Lá foram eles. Ao chegarem na casa de T, Nadi contou o ocorrido e logo a menina sugeriu: então vamos fazer a festa aqui já que meus pais viajaram, seremos só nós. A turma armou o barraco, ligaram o som e começaram a festa. Brincaram, riram muito, contaram piadas, dançaram a valer. Numa certa hora, cansados e com sono, um a um foi se arriando na casa de T. A anfitriã, por ser a de maior idade da turma, ficou o tempo todo monitorando os demais. Numa certa hora da noite, antes de dormir, a moça fez uma vistoria  e logo sentiu falta de um dos membros da turma:  Nadi. A moça acordou todo mundo. Todos a procurarem Nadi, se deram conta da hora e, desesperados, depois de muito procurarem, eureca, encontraram a menina que estava dormindo de cócoras no beco da casa.  Todos intrigados com a situação perguntaram o que ela estava fazendo dormindo ali.  Nadi, após gargalhar da própria situação disse: eu me escondi para pregar um susto e, esperando que alguém viesse me procurar, acabei dormindo. Com o avanço da hora, T não os deixou mais irem para suas casas. Resultado: foram dormir novamente, cientes do rela e da surra que provavelmente iriam levar de seus pais. No dia seguinte, logo cedinho, desconfiados e temerosos foram para suas casas. Ao chegar em casa, Nadi, sem saber o que explicar, disse que tinha ido a uma festa e que ficou tarde para voltar para casa. A mãe dela, desesperada e com medo de seu marido descobrir o mal feito da garota de apenas 15 anos, a colocou para dentro e mandou dormir. Lá por volta das 08:00, depois que seu marido saiu para fazer a feira, Nadi foi para a peia. Além do sermão que recebeu, levou lapadas nas pernas e entrou novamente no castigo. Na escola a turma se encontrou e cada um foi contar sua história, todos foram punidos pelos seus pais. Será que a astúcia valeu a pena???
Nadi com certeza aprendeu as lições  em suas travessuras. Ela era uma criança e, posteriormente uma adolescente muito ativa, esperta, mas, amante da família, da natureza e da vida. Boa aluna, boa filha e amiga de seus irmãos. As lições que aprendeu ao longo das etapas de sua vida,  sua família simples mas, feliz, a tornou uma pessoa amiga, amada, solidária, companheira, humilde, alegre e perseverante. Mas, nem tudo foram sempre flores. Houve muitos momentos difíceis que ela teve que enfrentar. Conteremos nos próximos episódios.

                      Anadja Rios (ou Nadi)
25/01/2011

Essa foi demais kkkkkk

Um belo dia de sol escaldante, na cidade de Recife, um amigo meu acordou cedo e foi a cidade de Abreu e Lima (área metropolitana do Recife) verificar um terreno seu que acabara de comprar (para chegar ao terreno ele tinha que subir uma ladeira enorme). Por volta das 11:00, o rapaz sentiu fome e foi comprar um cachorro quente com suco de caju. Depois de comer, matando a fome o rapaz subiu novamente a ladeira, chegou em seu terreno e foi descansar debaixo de uma árvore. Meia hora depois o rapaz deu um pinote ao sentir uma forte cólica intestinal (o suco de caju e o cachorro quente estava fermentando). Sem saber o que fazer, sem conhecer alguém naquela área  e se contorcendo de dor o rapaz não aguentou foi para traz da árvore e suando frio evacuou uma água muito mal cheirosa. E depois o que fazer sem papel higiênico? recorreu as folhas é claro. Pensando que estava livre o rapaz decidiu voltar para casa que aliás pegava dois ônibus. Desceu a ledeira e no ponto de ônibus a barriga volta a doer. Mas ele teve que se segurar, com os olhos cheios de lágrimas, imaginem a cena. Subiu no onibus e foi se contendo. Ao chegar no centro da cidade a dor aumentando correu para um banheiro público e fez o serviço (a fila estava crescendo no banheiro) agoniado, sem papel higiênico, usou a zorba e saiu de fininho deixando aquele horror no banheiro (coitado de quem entrou depois). Foi para a parada de ônibus com destino a sua casa. Gente, ao entrar no ônibus, de novo a cólica, o rapaz ja estava verde e dessa vez não teve jeito, o resultado escorreu pelas pernas por dentro da calça que usava. Desconfiado ele achou um assento e ficou bem espremidinho de dor e vergonha, rezando para ninguém sentar ao seu lado. Não teve jeito, minutos depois senta uma senhora ao seu lado. Ele fixou o olhar para fora da janela sem coragem de imaginar o que poderia vir. A senhora então olhou para ele e disse: hum que mal cheiro é esse? e tapando o nariz indagou: o senhor está sujo de cocô (fezes)? o rapaz coitado, todo desconcertado e sem saber o que fazer, se defendeu dizendo: eu mesmo não, só se for a senhora!!!!! a mulher então com o olhar de desprezo levantou e saiu de perto dele ainda com uma das mãos no nariz. Ao descer do ônibus o rapaz ainda tinha que andar um pedaço a pé até sua casa. Agora com tudo escorrendo até penetrar nos sapatos. Ao chegar em casa, correu para o banheiro, jogando suas roupas e sapatos no lixo. Imaginem como estava? que situação, né brinquedo não. Moral da história, é sempre bom ao sairmos de casa levar na bolsa alguns objetos uteis os quais poderemos precisar. Por isso que dizem que bolsa de mulher tem de tudo. Agente nunca sabe o que pode acontecer e para não correr o risco de sair contaminando o ambiente é melhor se prevenir, inclusive evitando comer certos alimentos que não conhecemos a procedência. Afinal, vamos combinar, dor de barriga em local inadequado é osso. Anadja

 Se não fosse trágico seria cômico

Um dia o pai de 06 irmãos falecera repentinamente. Um dos irmãos estava viajando e não conseguiu vôo para chegar a tempo do sepultamento. Mas, uma semana depois ele veio ficar com a família. Juntos, os seis irmãos foram ao cemitério visitar o túmulo do falecido pai. Ao chegar em casa os seis irmãos sentaram-se na sala para conversar a respeito do futuro agora sem o querido pai. Todos muito tristes e em silêncio, uma das irmãs começa a chorar, olha para todos e pergunta: e agora quem vai ser o próximo? todos pararam, olharam para ela e, de uma só vez tocaram na madeira (o centro da sala) e como um côro disseram: eu heim, Deus me livre, Ave Maria, isola. Em seguida, apesar da tristeza explodiram numa risada só, achando meio macabra a pergunta da irmã. Gente, na hora a situação foi realmente ilária, não deu para segurar o pavor e o riso de uma só vez. Eu  estava lá. Anadja

Causo ilário

Um belo dia de sol 03 irmãos (duas irmãs e um irmão), passeavam pelas ruas da cidade de Itambé - PE, conversando muito, colocando o papo em dia, pois o irmão acabara de chegar de viagem. Por coincidência próximo aos irmãos passou um carro com alto falantes o qual estavam vendendo algum tipo de pomada, gel etc. Na hora em que o carro passou os irmãos tiveram que interromper a conversa por conta do barulho. Tudo bem, acontece. A questão é, coincidencia ou não cada rua que os irmãos entravam lá estava o bendito carro onde uma mulher estava vendendo seus produtos e os irmãos tinham que novamente interromper a conversa. O rapaz era muito bonito por isso ficou a impressão de que a mulher estava o admirando. Chegou um momento em que os três irmãos ja estavam chateados e, numa dessas vezes em que o carro atrapalhou a conversa o irmão soltou uma frase de aborrecimento só para as irmãs "que coisa chata esse carro, vá tomar no..... fica atrapalhando direto" pensando ele que só as irmãs tinham escutado, a mulher no alto falante responde em bom tom: VA VOCÊ QUE ESTÁ ACOSTUMADO!!!!!  e disse isso no mesmo tom em que divulgava seus produtos. Os irmãos se olharam entre si e, logicamente cairam numa gargalhada só. Riram tanto até chegar ao local desejado e isso ainda rendeu horas de riso. MoraL da história, eles acreditam que o alto falante captou o que o rapaz disse ou a mulher o estava paquerando e leu os lábios dele e entendeu a frase, respondendo logo em seguida. Contando assim não parece engraçado, mas, na hora do ocorrido foi ilário. Eu também estava lá. Anadja

O recomeço
Uma linda jovem, desde criança teve uma vida familiar meio desestruturada. Destinada, logo cedo começou a trabalhar para se manter e ajudar em casa. Um belo dia, conheceu um jovem e após algum tempo de namoro, resolveram mudar de cidade e começar uma nova vida. Lutaram muito juntos. Ela o tempo todo apoiando e ajudando seu agora, marido, e depois de muito sofrimento e perseverança,  conseguiram melhorar de vida. Moravam numa bela casa, com piscina, empregados e até tiveram um filho. Mas, a bela jovem, apesar de ter tudo de melhor, vivia dopada de remédios, passou a ser usada pelo marido (que espalhava aos quatro cantos a doença de sua esposa) para se manter num ótimo cargo numa empresa que trabalhava. Apesar da bela casa, alimentação da melhor qualidade, roupas caras  e muitas viagens, a jovem era tratada como um objeto, um bibelô de amostra. Vivia submissa totalmente ao poder do marido.Até que um dia ela começou a despertar e questionar tudo. Percebeu como era tratada e usada e desiludiu-se. Mas, depois de afundar, uniu forças e decidiu deixa-lo. Sofreu muito, saiu  quase com uma mão na frente e outra atrás, depois 15 anos de casamento. Isso porque foi quase uma fulga.  Hoje, mulher feita, libertou-se dos remédios contra depressão e outros, está concluindo um curso técnico na área da saúde, está com um novo amor e, tentando se encontrar novamente na vida. Hoje ele e ela desempregados, mas, com apoio das suas famílias, estam superando a cada dia uma batalha. Com certeza, são grandes as dificuldades, mas, tudo vale a pena, pois ela reconquistou sua   dignidade e respeito como pessoa e como mulher. A jovem acuada, que morria de medo dos gritos do ex marido, hoje consegui se impor diante da vida e das dificuldades, e está lutando para reconquistar seu lugar ao sol. Esse é um dos muito exemplos a ser seguido por aqueles (las) que acham que o mundo acabou, que nada tem jeito, que a vida não vale mais a pena. Força, fé, perseverança e determinação. Anadja

Do analfabeto ao Pós - doutorado
Um dia, um jovem que morava numa cidade do interior da Paraíba, na zona rural, aos 18 anos decidiu a contra gosto de seus pais, ir morar na capital João Pessoa. O jovem era analfabeto, mas, decidido a buscar mais da vida, encontrar seu caminho. Chegou na capital, com pouco dinheiro, ficou um tempo em casa de parentes e entrou no Mobral (alfabetização de adultos), se alfabetizou, fez o supletivo e começou a trabalhar. Ganhava pouco, mas, tinha que sobreviver. Sua função era limpar banheiros de uma fábrica. As vezes não tinha o que comer, então inventava um motivo para ir na casa de algum colega, na hora de uma das refeições do dia, para aventurar a possibilidade de ser convidado a fazer a refeição e assim, segurar o tranco do dia. O jovem sofreu muito, encontrou muita gente boa e muita gente má. Mas, determinado, ele queria conquistar uma vida digna. trabalhando e estudando muito, com dois pares de roupas praticamente, concluiu seus estudos do ensino médio e arriscou fazer vestibular. Se arriscou e passou de cara, numa das melhores colocações. Trabalhando, estudando, passando necessidade, foi galgando seu espaço e hoje, tem até pós doutorado em engenharia de alimentos. É ele quem sustenta o pai, (pois sua mãe é falecida), mantem sua filha, que aliás também é muito estudiosa e determinada, e ocupa um dos lugares de destaque na UFPB. Moral da história: quando uma pessoa decide conquistar seus sonhos, trilhando caminhos tortuosos mas, honesto e digno, há sofrimentos, limitações, mas, o sabor da vitória é sem comparação. Por esses e outros exemplos bem sucedidos, de luta, garra e sucesso, é que não suporto a frase: A violência existe porque a pobreza é grande". Sinceramente, há sim certa influência por conta das limitações, discriminação etc. Mas, é uma questão de índole, educação doméstica, decisão, atitude e forma de ver o mundo e se vê nesse mundo, e, o respeito as pessoas ao seu redor  com suas histórias de vida e que merecem o mesmo respeito e dignidade que você. Logo, esse jovem não precisou matar ou roubar ninguém para conquistar seu lugar ao sol. O Mérito é todo dele, do esforço, determinação e tempo investido. Exemplos como esse sim devem ser seguido, devem servir de espelho. Anadja

Esse é o nosso Brasil!!! ATÉ IMPORTA BANDIDOS.
PAÍS QUE PROTEGE BANDIDOS. LEIS QUE PUNEM CIDADÃOS DE BEM. CÓDIGO PENAL DA DÉCADA DE 40, SISTEMA PENITENCIÁRIO ARCAICO.  POR QUE SERÁ QUE OS DEPUTADOS NÃO ATUALIZAM ESSE CÓDIGO? POR QUE SERÁ QUE OS DEPUTADOS, SENADORES VEREADORES, GESTORES NÃO COLOCAM A REFORMA DAS LEIS DE SEGURANÇA,  REVISÃO DO CÓDIGO PENAL E REFORMA NO SITEMA PENITENCIÁRIO NAS PAUTAS DE PRIORIDADES? ME SINTO EXTREMAMENTE TRISTE  OFENDIDA E DESRESPEITADA COMO CIDADÃ QUANDO VEJO NOS NOTICIÁRIOS FAMÍLIAS PERDEREM SEUS PARENTES NUM ASSALTO, NUM SEQUESTRO OU EM OUTROS CRIMES EDIONDOS. ISSO NÃO É SENTIMENTALISMO, APENAS SINTO NEGADO MEU DIREITO DE IR E VIR COM SEGURANÇA E DIGNIDADE. DISCORDO QUANDO AUTORIDADES DIZEM NORMALMENTE: "NÃO REAJAM A UM ASSALTO" A IMPRESSÃO QUE PASSA É QUE O ERRADO SOMOS NÓS QUE ESTAMOS SENDO AGREDIDOS E NÃO O AGRESSOR.
PERGUNTO:
CADÊ MEU DIREITO DE IR E VIR COM DIGNIDADE E SEGURANÇA?
CADÊ MEU DIREITO DE IR AO TRABALHO (SUSTENTAR ESSA NAÇÃO) EM SEGURANÇA?
CADÊ MEU DIREITO DE USAR AS COISAS QUE COMPRO COM MEU DINHEIRO, FRUTO DE TRABALHO HONESTO?
CADÊ MEU DIREITO DE VER MEUS FILHOS, FAMÍLIAS EM SEGURANÇA?
CADÊ MEU DIREITO DE COMO CIDADÃ QUE TRABALHA DURO PARA SOBREVIVER HONESTAMENTE E SUSTENTAR ESSA NAÇÃO , DE TER MEUS DIREITOS  GARANTIDOS E CONCRETIZADOS PARA QUE EU VIVA EM SEGURANÇA?
POR QUE SERÁ QUE OS ATORES COMPETENTES PARECEM FECHAR OS OLHOS PARA TUDO QUE ESTÁ ACONTECENDO NA VIDA DAS PESSOAS? GUERRA URBANA. NÃO TOMAM MEDIDAS DRÁSTICAS PARA CONTER A VIOLÊNCIA URBANA. FAZEM AÇÕES PONTUAIS,ENCARAR VIOLÊNCIA NO DIA A ADIA E SOFRER POR AQUELES QUE PERDEM SUAS VIDAS DE FORMA  MAS, NÃO ADEQUAM AS LEIS, O CÓDIGO PENAL A REALIDADE ATUAL. TAMBÉM, VIVEM NO LUXO, COM SEGURANÇAS, MUITOS  TÊM SEUS FILHOS E FAMÍLIAS MORANDO NO EXTERIOR. PARA NÓS RELIS MORTAIS SOBRAM AS DUREZAS DE TER QUE BANAL E SUAS FAMÍLIAS QUE CLAMAM POR JUSTIÇA. MAS, É VERDADE, A JUSTIÇA É CEGA. TÃO CEGA QUE NÃO CONSEGUE VER QUE NOSSO PAÍS SE TORNOU UM EXEMPLO EM PROTEGER BANDIDOS, TANTO ASSIM QUE ATÉ OS DE FORA QUEREM VIR MORAR AQUI. AS VEZES ME PEGO A PENSAR: SERÁ QUE SENDO HONESTA, VIVER RESPEITANDO O PRÓXIMO, TRABALHAR DIGNAMENTESESSE É O CAMINHO CORRETO? OU O CORRETO É VIVER NA BANDIDAGEM? PELO MENOS OS BANDIDOS TÊM A PROTEÇÃO DAS LEIS, DO CÓDIGO PENAL, DOS DIREITOS HUMANOS ...... E NÓS TEMOS O QUE PARA NOS PROTEGER? TEMOS LIBERDADE? ONDE? POIS VIVEMOS EM NOSSAS JAULAS RESIDENCIAIS? TEMOS O DIREITO DE USUFRUIR COM TRANQUILIDADE AS COISAS QUE COMPRAMOS COM O DINHEIRO GANHO ATRAVÉS DE NOSSO SUOR? NADA DISSO. CABE A  NÓS CIDADÃOS DE BEM , SUSTENTAR A NAÇÃO, VIVER SEM SEGURANÇA, SUSTENTAR  COM NOSSOS IMPOSTOS BANDIDOS NOS PRESÍDIOS E PEDIR A DEUS TODOS OS DIAS, A TODA HORA QUE NOS GUARDE DAQUELES QUE USAM O DISCURSO DA POBREZA E DA MENOR IDADE PARA COMETER SEUS CRIMES, DAQUELES QUE USAM A CONFIANÇA DO POVO PARA DEFENDER INTERESSES PRÓPRIOS, DAQUELES QUE EXPLORAM TRABALHADORES DIGNOS (SEJA QUAL FOR A PROFISSÃO, A ATIVIDADE, MEIOS DE SOBREVIVÊNCIA, DE FORMA HONESTA) PARA SUSTENTAR UM SISTEMA QUE ESTÁ LONGE DE EFETIVAR O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL. ARACEU.

  Abandono. Uma história triste e real.
Eu e minha família fomos vizinhas de uma senhora por alguns anos. Esta senhora teve dois filhos, onde um ela entregou a uma família com boas condições financeiras e ou outro ela criou. Vivia uma vida dura, cheia de limitações e muito trabalho. Criou seu filho sozinha. Ele cresceu e um dia foi embora para outro Estado em busca de trabalho e, depois de algum tempo casou-se e não fez mais contato com sua mãe. A sebhora, muito sofrida, finalmente conheceu uma pessoa e casou-se novamente, tendso uma filha. Após uns anos o casamento não deu certo e mais uma vez separou-se. Ficou com a filhinha pequena e uma casa que o ex marido deixou para a filha. A senhora continuou a trabalhar para sustentar a ela e a filha que ficou com uma pequena ajuda (pensão alimentícia). Agora já cansada e doente, a senhora continuou sua luta pela sobrevivência. A filha cresceu e aos 10 anos ja acompanhava a sua mãe nas casas onde ela ajudava nos afazeres domésticos em troca de comida e algum dinheiro. A filha logo ficou morando com uma família de boas condições financeiras e passou a ter vergonha da mãe. A senhora continuou sozinha, doente e contando com a ajuda de algumas pessoas, uma delas é minha mãe que a conhece a muitos anos e sabe de seu sofrimento, sempre procurando ajudá-la de alguma forma. O filho nunca mais deu notícias. A filha começou a querer expulsar a mãe da casa que morava alegando que a casa era sua (da filha) e não dela (da mãe). Enfim, a filha ainda muito nova arranjou um marido e realmente expulsou a sua mãe da casa para morar com seu marido e seu pai. A senhora, desesperada, sem ter onde morar e só com seus pertences pessoais, saiu em busca de ajuda, conseguindo alugar um quartinho (um espaço de um vão) e minha família doou um colchão de casal, lençois de cama, entre outras coisas. Essa senhora é uma pessoa muito boa, trabalhadora e sofrida. Não merece esse final de sua vida. Como a filha é adolescente, as Leis de proteção aos menores obviamente incobre sua falta de humanidade com a própria mãe. Minha família faz o que pode para ajudar a pobre senhora, mas, não pode suprir a falta de carinho, amor e apoio que deveria receber de seus filhos. Essa história me deixa triste e furiosa, pois os filhos dela deveriam a acolher, e, se não podem oferecer uma vida melhor, pelo menos deveriam respeitá-la, ajudá-la, apoiá-la e não expulsá-las de suas vidas como um objeto descartável. Deveriam lembrar que o mundo dá voltas e que a idade chega para todos aqueles que não se vão antes de alcançar a melhor idade. Essa é uma história triste e real.
Anadja